Salvaterra de Magos e os seus músicos
Músicos naturais do Concelho de Salvaterra de Magos
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e a música do Concelho.
- António Paulo Cordeiro (maestro, compositor)
- Armando Calado (tenor, produtor)
- João Viana (fadista)
Armando Calado
Armando Calado é um tenor lírico e produtor que nasceu na vila de Muge, Salvaterra de Magos, distrito de Santarém, Ribatejo. Começou a cantar no coro da Igreja Matriz de Muge, onde também dirigiu o coro paroquial. Entrou no seminário com 16 anos. Esteve dois anos no pré-seminário em Santarém e o mesmo período no seminário em Almada. Para entrar no Conservatório de Música de Lisboa não precisou de qualquer audição. Depois de o ouvirem os próprios professores de canto propuseram o seu nome para ser aluno e foi admitido.
Mais tarde, foi por telefone que o tenor Armando Calado fez uma audição diretamente para a Royal Academy of Music, em Londres. A cantora lírica Ana Ester Neves fez o primeiro contacto e a professora da escola de música ouviu-o e disse-lhe que o queria como aluno. Em Setembro de 1996 foi para Londres onde viveu onze anos.
O musical Evita adiado para o primeiro semestre de 2021 por motivos da pandemia, é produção de Armando Calado. A produção mantém os locais de estreia: Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota (no Porto) e Altice Arena (em Lisboa).
Armando Calado foi também o produtor artístico que, em 2019, produziu, a nível nacional, O Fantasma da Ópera, e conta com encenação de Pedro Ribeiro e coreografia de Sofia Loureiro. Do elenco fizeram parte Sofia Escobar (Christine Daaé), Lara Martins (Carlotta), Jorge Baptista da Silva (Fantasma). Bruno Almeida (Fantasma), Filipe de Moura (Raoul), David Ripado (Raoul), Ricardo Panela (Firmin), Mário Redondo (André), Cátia Moreso (Madame Giry), Patricia Quinta (Madame Giry), Hélia Castro (Cover Christine), Ana Cosme (Cover Carlota), Armando Calado (Cover Raoul) Pedro Ribeiro (Encenador).
António Paulo Cordeiro
António Paulo Cordeiro nasceu em 1876, como muitos outros músicos a aprender solfejo na escola de música da banda. O seu instrumento favorito era o Cornetim. Entre as muitas “histórias” de que foi protagonista, conta-se que, num concerto de bandas civis em Santarém, em que participou a Banda dos Bombeiros de Salvaterra, António Cordeiro tocava uma peça de difícil execução, as variações do Carnaval de Veneza. O vento forte que se fazia sentir no local do concerto, levou-lhe as partituras. O maestro ficou atrapalhado, mas o exímio musico continuou pávido e sereno a executar a solo, que lhe valeu uma ovação da assistência.
Esteve à frente de várias bandas da região e da própria banda de Salvaterra como maestro. Ensinou a arte da música a muitos jovens e conseguiu apresentar crianças em concertos a tocar áreas de música clássica. Entre as várias peças que criou como compositor, destacam-se a marcha fúnebre Coroa de Espinhos e o Passe Doble Faculdades, em homenagem ao toureiro do primeiro quartel do séc. XX, de nome Faculdades.
FOI NOTÍCIA
Em 1987, vinte e dois anos depois do seu falecimento, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, homenageou-o. O ato solene teve lugar, no dia 1 de janeiro de 1987, com o descerrar na vila, numa rua de construção recente, uma placa toponímica com o seu nome e, foi distribuído um folheto com a informação do António Paulo Cordeiro – Músico! Tal folheto, José Gameiro fez publicá-lo, no jornal “O Ribatejo” de que era colaborador, e saiu na edição de 9 do mesmo mês.
Antigo músico, maestro e compositor, António Paulo Cordeiro, salvaterrense já desaparecido, foi agora homenageado, dia 1, pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e pela Banda de Música dos Bombeiros Voluntários. A homenagem a este homem que muito contribuiu para o desenvolvimento cultural de Salvaterra, foi constituída pelo descerramento de duas placas toponímicas com o seu nome, no antigo largo da Casa do Povo, a que estiveram as entidades locais; presidente da câmara e vereadores, o filho do homenageado, Dr. João Paulo Cordeiro, entre muitos outros salvaterrenses.
Fonte: José Gameiro
João Viana
João Manuel Viana Rodrigues nasceu em Salvaterra a 22 de abril de 1947, filho de Rita Viana e Joao Caniço. Viveu até aos 11 anos em casa do seu avô adotivo, José Raimundo, depois juntou-se aos pais numa propriedade na Lezíria onde permaneceu até se mudar para Lisboa. Canta desde pequeno. Recorda que no campo se cantava ao desafio e que, enquanto não trabalhavam com os homens, os rapazes acompanhavam as mulheres nas mondas. “Ouvia-as cantar e cantava com elas”. Terá herdado da mãe 0 gosto pela música, bem como os seus irmãos, a primeira geração dos “Irmãos Viana”.
Os seus netos Pedro e Bernardo reconhecidos músicos profissionais, terão começado a aprender música porque gostavam de poder acompanhar 0 avô. Pedro, na guitarra portuguesa, atualmente musico da fadista Cuca Roseta e Bernardo, na viola de fado, músico da fadista Raquel Tavares, podemos assim falar de uma nova geração dos “Irmãos Viana”. Confessou ter pensado muitas vezes reunir a família para gravar um disco, poderia fazê-lo em exclusivo com músicas da sua autoria, pois para além de cantor é também compositor. João Viana fez parte do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos, mais de 20 anos, onde para além de cantar, tocava harmónica de boca.
Xerife
Xerife é o nome de uma banda de originais “Xerife” cujos membros são oriundos, na sua maioria, do concelho de Salvaterra de Magos.
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