Santiago do Cacém e os seus músicos

António Chainho, guitarrista, de Santiago do Cacém
Músicos naturais do Concelho de Santiago do Cacém

O Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e o património musical.

  • Acordeão Fadista (grupo)
  • Ana Castanhito (harpista, n. 1985)
  • António Chainho (guitarrista, n. 1938)
  • Áurea (cantora, n. 1987)
  • Carla Nunes (acordeonista, n. 1970)
  • Carlos Martins (saxofonista, n. 1961)
  • Carlos Soares da Silva (guitarra clássica)
  • Gonçalo Cercas (baixo)
  • Sidónio Pereira (guitarrista, n. 1957 – m. 2014)
  • Tanto Mar (grupo)
Acordeão Fadista

Formado por músicos de Sines e Santiago do Cacém, Acordeão Fadista é um projeto musical instrumental em que a guitarra portuguesa e o acordeão conjugam a dialética do imaginário português urbano e do imaginário português rural. Acompanhados pela viola e pela viola baixo, ao longo de fados e variações, estes dois instrumentos dialogam, improvisam e alternam entre si a função de solista, dando uma nova roupagem ao fado, através dos seus recursos tímbricos e estilísticos.

Carlos Soares da Silva

Carlos Soares da Silva nasceu em Lisboa e ainda menino mudou-se para Santiago do Cacém, Alentejo. Aos 17 anos iniciou a sua carreira acompanhando Jorge Chainho, pai do mestre António Chainho com quem ainda toca. Em Lisboa acompanhou muitos dos principais fadistas e guitarristas portugueses. Gravou com José Fontes Rocha, Manuel Mendes, António Parreira, Paulo Parreira, Ricardo Parreira. Participou em espectáculos com Fontes Rocha, Ricardo Rocha, Francisco Carvalhinho, Mário Pacheco, entre muitos outros. Nos anos 90 foi músico privativo de Nuno da Câmara Pereira. Acompanhou nomes como António Zambujo, Teresa Tarouca, José Manuel Barreto, Katia Guerreiro, Maria da Fé, entre muitos outros. Participou em mais de duas dezenas de gravações discográficas e em inúmeros programas de televisão em Portugal e no estrangeiro. Atuou em algumas dezenas de países do Canadá ao Sri Lanka, passando pela Índia e China. Depois de concluir o Conservatório diplomou-se em guitarra clássica pelo Royal College of Music e formou-se em guitarra de jazz na Escola de Jazz do Barreiro. É diretor artístico do grupo Tanto Mar.

Carlos Soares da Silva, guitarra, de Santiago do Cacém

Carlos Soares da Silva, guitarra, de Santiago do Cacém, créditos Duarte Gonçalves

Gonçalo Cercas

Natural de Ermidas-Sado, Santiago do Cacém, Gonçalo Cercas  descobriu a partir dos 7 anos o gosto pela guitarra clássica. Ainda jovem, integrou várias bandas de garagem de rock e covers com destaque para o Berg. Desenvolveu parte da sua formação na vertente de produção áudio na Escola de Tecnologias Inovação e Criação, em Lisboa. Mais tarde, através de amigos integrou o projeto Tem Avondo como baixista. Desde então o fado e o cante alentejano tornam-se o seu foco artístico levando-o a viajar pela Europa. Na sua carreira tem colaborado e acompanhado vários artistas nacionais, nomeadamente Diamantina, Ana Rodrigues, Pedro Moutinho, Teresa Tapadas, António Pinto Basto, João Chora, António Chainho, entre outros.

Gonçalo Cercas, guitarrista, de Santiago do Cacém

Gonçalo Cercas, guitarrista, de Santiago do Cacém

Tanto Mar

Criado em 2019, Tanto Mar surge da vontade de sete músicos com largos anos de experiência em reinventar a música tradicional portuguesa, originários do litoral alentejano. O grupo propõe-se a viajar à descoberta de novas sonoridades onde assistimos ao cruzamento entre o popular, o fado, as sonoridades contemporâneas e a worldmusic. Com um repertório variado podemos ouvir de Zeca Afonso a Mário Pacheco, com passagem pelo corridinho farense, Armando Torrão e Chico Buarque, entre outros.

Composto por guitarra portuguesa, acordeão, cordofones tradicionais portugueses, guitarra clássica, baixo, percussão e vozes, desenham paisagens musicais, de hoje e de sempre, numa viagem apaixonante às nossas raízes. Tanto Mar representa a descoberta, a inconformidade, a verdade e a necessidade de inovar sobre um património que é de todos. Com direção artística de Carlos Soares da Silva, a pesquisa identitárias do grupo leva-os a um Portugal profundo, esquecido, mas que faz parte da génese do povo lusitano.

Em constante evolução e investigação sobre a relação entre o antigo e o contemporâneo, todos os temas têm arranjos originais e são criados para suscitar no público uma viagem sensorial e arrebatadora. Bruno Mira, Carla Nunes, Carlos Soares da Silva, Catarina Claro, Gonçalo Cercas, Joana Luz e Pedro Sequeira são os músicos que integram o projeto.

António Chainho

António Chainho, guitarrista, de Santiago do Cacém

António Chainho, guitarrista, de Santiago do Cacém

Áurea

Áurea, cantora, de Santiago do Cacém, foto Anabela Santos

Áurea, cantora, de Santiago do Cacém, foto Anabela Santos

Carla Nunes

Carla Nunes é uma acordeonista, investigadora, autora, formadora e docente que se apresenta também com os projetos Tanto Mar e O Acordeão Fadista. É fundadora e professora da MusiCar.

Colaborou, como autora e coautora em 15 artigos com a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, obra de grande fôlego em 4 grossos volumes que foi publicada em 2010.

Carla Nunes, acordeonista, de Sines

Carla Nunes, acordeonista, de Sines

Nascida em Lisboa, a 22 de março de 1970, mudou-se para o concelho de Sines, ainda bebé e reside em Santo André, Santiago do Cacém.

Os seus estudos musicais tiveram início em 1984, na Escola de Música da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, com o professor Manuel Campos, seguindo-se a aprendizagem do acordeão com a conceituada professora e acordeonista Ilda Maria, de Grândola.

Em 1990 estudou no Instituto Musical Vitorino Matono, Lisboa e, em 1993, no Conservatório Musical Regional de Setúbal. Em 1996, fez estudos musicais na Universidade de Barcelona como bolseira do Programa Erasmus.

De 1994 a 1997 fez Bacharelato em Ensino e Habilitação Profissional para Animador Musical e para a docência de Educação Musical no 1.º Ciclo do Ensino Básico, com média de 16 valores, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal.

Entre 1994 e 1998 fez a Licenciatura em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal.

Entre 1990-2000 concluiu o período do Docência do Doutoramento em “Aspectos Escénicos y Coreográficos en Historia de la Música”, na Universidade de Salamanca.

Entre 2002 e 2006 fez o Mestrado em Ciências Musicais – Etnomusicologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Dissertação intitulada “O baile Popular na Cabeça Gorda – a construção social de uma aldeia alentejana”, orientada pela Prof. Dra. Salwa Castelo-Branco, com a classificação final de Muito Bom.
No ano letivo 2009/2010, na mesma Universidade, concluiu a parte curricular do Doutoramento em Ciências Musicais-Etnomusicologia, com média de 18 valores.

De 2002 a 2005 e de 2006 até ao ano lectivo 2007/2008 foi docente de “Introdução à Etnomusicologia I”, “Introdução à Etnomusicologia II” e “História da Música Portuguesa.” na ESE de Setúbal. Na mesma ESE, em 2008/2009 foi docente de “Metodologias de Apreciação e Interpretação Musical” e “Música, técnicas e tecnologias” no Mestrado em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico e orientou trabalhos de investigação.

Professora do Grupo 250, lecionando Educação Musical ao 2.º Ciclo do Ensino Básico, desde 1989, pertence atualmente ao Quadro do Agrupamento de Escolas de Santo André – Santiago do Cacém.

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

Contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759