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Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília
Filarmónicas de Ansião

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

  • Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília

Fundada em 18 de Fevereiro de 1903, a Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília é uma instituição de utilidade pública que inclui quatro valências: Banda Filarmónica, Orquestra Ligeira, Coral Polifónico e Escola de Música. Nos últimos anos, a Banda Filarmónica da SFASC tem-se apresentado ao público ansianense com grande regularidade, seja nas Festas do Concelho, em concertos de aniversário da coletividade, em concertos de Natal e de Ano Novo, nas principais festas religiosas das várias freguesias do Concelho de Ansião, no desfile anual de marchas Populares de S. Pedro e Rainha Santa Isabel e nas corridas de toiros de Santiago da Guarda.

Das atuações que levou a cabo um pouco por todo o país, destacam-se as de Caldas da Rainha (1999), Figueira da Foz e Romariz – Vila da Feira (2003), Alhadas (2004), Abiúl (2011) e Tomar (2011 e 2012).

Numa dinâmica de intercâmbio cultural, participou nos encontros de bandas de Montargil (1998), Juncal (1999), Cascais (2000), Figueiró dos Vinhos, Avelar, Janes – Cascais (2002), Ourém (2011), Penela (Coimbra), Santar (Viseu), Mogadouro (Bragança) e Tomar (2013).

Além fronteiras, a Banda teve a oportunidade de visitar, em 2000, a cidade de Erbach (Alemanha) participando em várias iniciativas de índole cultural, experiência que repetiu em Julho de 2012 ao abrigo do protocolo de geminação entre aquela cidade e a vila de Ansião. Em 2003, a convite da Filarmónica Portuguesa de Paris, participou no Festival Internacional de Música de Paris. Ainda em 2003, aquando das comemorações do seu 100º aniversário, apresentou o seu primeiro trabalho discográfico e foi convidada a integrar a gravação do CD “As Melhores Bandas Filarmónicas da Região de Leiria”.

Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília

Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília

Desde 2011, durante a semana santa da Páscoa, promove o Curso de Jovens Músicos de Ansião denominado Filarmonias.

Banda da Sociedade Filarmónica Avelarense

A Sociedade Filarmónica Avelarense é uma coletividade fundada em 7 de novembro de 1915. Está sediada na Vila de Avelar, concelho de Ansião e distrito de Leiria e tem sede própria. A Banda da Sociedade Filarmónica Avelarense é composta por cerca de 50 elementos, onde predomina a juventude. Tem um repertório diversificado e tem como principais atividades abrilhantar festas religiosas, e tocar em encontros de bandas e concertos.

Quando foi fundada e até ao princípio dos 1980, a SFA possuía apenas uma Banda. Por esta altura, foram criadas várias valências que ainda hoje estão em atividade: Grupo Coral, Grupo de Cantares Populares, Orquestra Juvenil e Escola de Música que ministra aulas de Acordeão, Viola, Piano, Órgão, Iniciação Musical e Formação Musical, e onde andam cerca de oitenta alunos.

Além das valências musicais referidas, a Sociedade Filarmónica Avelarense tem ainda uma Biblioteca em fase de expansão.

Rancho Típico de Alvorge
Folclore em Ansião

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

  • Grupo Folclórico Cantares de S. Tiago
  • Rancho Folclórico Danças e Cantares de São Domingos
  • Rancho Infantil Serras de Ansião
  • Rancho Típico de Alvorge
Grupo Folclórico Cantares de S. Tiago

O Grupo Folclórico Cantares de S. Tiago é parte integrante do Centro de Amizade e Animação Social de Santiago da Guarda e constitui a sua mais antiga atividade. Fundado em 1985, logo a seguir à escritura de constituição deste Centro, teve a sua primeira atuação em Santiago da Guarda no dia 28 de julho. As músicas, as danças e os trajes deste grupo são o resultado de uma recolha feita na nossa vasta freguesia, que nos levou a conhecer algumas pessoas, idosas mas de memória fresca e viva, guardando recordações duma juventude e dum tempo passados em que os usos e costumes eram ainda a vivência da tradição mantida por séculos.

Grupo Folclórico Cantares de S. Tiago

Grupo Folclórico Cantares de S. Tiago

Recuperou preciosos elementos do património cultural da zona: as danças de roda e de quatro pares, as saias, as modas de trocar o par, a porca rabicha, o fadinho e outras de que só os mais velhos se lembram. Também o vestuário, de sorrebeco, merino, baeta, pano branco, catrapianha, armur, astracão e outros padrões quase perdidos, veio enriquecer o espólio deste Rancho, reconstituindo as várias formas de fatos de trabalho (campo), de ir ao mercado e domingueiros.

O seu folclore, sendo o fruto duma recolha local, traduz os usos e costumes destas terras serranas. A localização geográfica de Santiago da Guarda, próximo do Litoral mas dele separada pela Serra da Sicó, dá às suas modas uma tonalidade mista de ritmos vivos da beira-mar e das danças mais serenas das serranias do interior.

Tem ainda, por vezes, o cunho indelével das trocas culturais com a vizinha província do Ribatejo, para onde o povo migrava sazonalmente em busca de trabalho. Foi daqui que durante séculos saíram os “ratinhos” para as ceifas no Alentejo e os “barrões” para a zona de Torres Novas onde se apanhava o figo e a azeitona ou para o Vale do Tejo às vindimas. Tais trocas enriqueceram o património etnográfico de uma e outra região, originando um folclore vivo e variado em ritmo e melodias.

Rancho Folclórico Danças e Cantares de São Domingos

Sediado no lugar e freguesia da Lagarteira, concelho de Ansião, o Rancho Folclórico Danças e Cantares de São Domingos é uma associação de natureza etnográfica constituída a 12 de maio de 2000.

Rancho Folclórico Danças e Cantares de São Domingos

Rancho Folclórico Danças e Cantares de São Domingos, no Porto Santo, 2016

Rancho Infantil Serras de Ansião
Rancho Infantil Serras de Ansião

Rancho Infantil Serras de Ansião

Rancho Infantil Serras de Ansião, Leiria

Rancho Típico de Alvorge

O Rancho Típico de Alvorge pertence à Secção de Folclore do Centro Social, Cultural e Recreativo de Alvorge. Teve a sua fundação em 1984, por iniciativa de um grupo de pessoas que entendiam que as tradições da sua região deviam ser preservadas e divulgadas. Foi feita uma exaustiva pesquisa e recolha dessas mesmas tradições e património etnográfico, que hoje se pode apreciar nas representações deste grupo. O Rancho é composto por cerca de 50 elementos. Pretende representar, com a maior fidelidade possível, a forma como o povo desta região trajava, cantava e dançava em finais do século XIX, entre outras vivências que ficaram gravadas na memória do tempo.

Rancho Típico de Alvorge

Rancho Típico de Alvorge

Tem feito várias recriações etnográficas, como o cantar das Janeiras, o dia da espiga, a matança do porco. Tem participado em variadíssimos festivais de folclore nacionais e internacionais e em outros eventos culturais, quer no nosso país, quer no estrangeiro, onde já representou a cultura portuguesa por dezenas de vezes.

Com o objetivo de incentivar as gerações mais novas a aderirem ao folclore, tem este grupo, desde 2010, uma Escola Infantil de Folclore onde participam dezenas de crianças.

Para complementar a sua atividade ao serviço do Folclore, tem, desde 2014, um Centro Etnográfico, onde estão preservadas e expostas ao público cerca de 800 peças que fizeram parte da vivência do povo da sua terra durante centenas de anos.

Fontes do Musorbis Folclore:

No Musorbis foram revistos todos os historiais de grupos etnográficos. Para facilitar a leitura, foram retirados pormenores redundantes e subjetivos, e foram corrigidos erros de português.

Virgílio Caseiro, maestro, de Ansião
Músicos naturais do Concelho de Ansião

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

Frei Acílio Mendes

Frei Acílio Mendes, compositor, de Ansião

Frei Acílio Mendes, compositor, de Ansião

António Simões

António Simões, organeiro, de Ansião

António Simões, organeiro, de Ansião

Jorge Fontes

Jorge Fontes nasceu em Avelar, concelho de Ansião, onde iniciou os estudos musicais na escola de música da Filarmónica local. Mais tarde, prosseguiu-os no Conservatório de Música de Coimbra, concluindo aqui o curso secundário de Piano na classe de Fernanda Casais, e depois na Escola Superior de Música de Lisboa, como aluno de Miguel Henriques, onde terminou a licenciatura em Piano.

Foi igualmente aluno do professor Constantin Sandu no âmbito do Mestrado de Interpretação Artística na ESMAE.

Realizou como pianista concertista inúmeros recitais em Portugal e Espanha, dos quais se destacam os seguintes: recital no Museu Nogueira da Silva em Braga; recital no Salão Nobre do Palácio Foz em Lisboa; recital no Consulado de Portugal em Sevilha; dois ciclos de concertos comentados “Sonatas de Primavera” na Casa-Museu Bissaya Barreto em Coimbra; os vários recitais incluídos na programação artística de 2018 do Parque das Artes na Curia, onde colaborou com músicos de renome tais como Carla Bernardino, o Quarteto de Saxofones de Coimbra, e António Victorino d’Almeida. Digno de nota também foi a realização em julho de 2021 de um recital de piano celebrativo dos 250 anos de Beethoven na Igreja do Convento de São Francisco em Coimbra, para além da colaboração desde 2010 com a associação cultural Nova Acrópole, realizando inúmeros concertos e conferências nos seus polos de Coimbra, Porto, Lisboa e Oeiras-Cascais.

Clique AQUI para ler a biografia completa.

Virgílio Caseiro

Maestro, professor, musicólogo, “figura cultural, Virgílio Caseiro iniciou a aprendizagem em música ainda muito novo, com o barbeiro da terra onde nasceu, Ansião. Aos 16 anos mudou-se para Coimbra com dois objetivos: “um, continuar a estudar música, que era o que mais me agradava, e outro, estudar Engenharia Mecânica, porque o meu pai era industrial de automóveis”. Simultaneamente, inscreveu-se no Orfeon Académico onde foi 1.º tenor, iniciou também a sua prestação na Tuna académica e fez ainda parte do grupo de danças regionais G.E.F.A.C. (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra).

Virgílio Caseiro

Virgílio Caseiro, maestro, de Ansião

Virgílio Caseiro, maestro, de Ansião

Em 1969 ingressou no serviço militar e optou, definitivamente, pela carreira musical. Com as modificações académicas decorrentes do 25 de Abril, e já a cantar no Orfeon desde 1972, teve oportunidade de dar aulas de matemática e ciências, aproveitando os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia Mecânica. Em 1978 terminou o Curso Superior de Canto, no Conservatório de Música de Coimbra, e licenciou-se em 1988 em Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa completando depois o mestrado na mesma área pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Por esta altura começou a dar aulas de música como profissional livre: “Comecei a dar aulas na ACM – Associação Cristã da Mocidade de Coimbra.  Entre a década de 80 a 90 foi Maestro do Coro de Professores de Coimbra, criou e dirigiu a Orquestra da Câmara de Coimbra e o Grupo de Música medieval e renascentista “Ars Musicae”. Foi também maestro do Coro do Hospital Pediátrico de Coimbra e da Orquestra Clássica do Centro (além de co-fundador deste projeto nascido em 2003), e ainda professor adjunto na Escola Superior de Educação de Coimbra durante vários anos.

Esteve 16 anos no comando do Orfeon Académico de Coimbra. Hoje além de professor de música na ACM, é ainda o maestro titular do Coro dos Antigos Orfeonistas, onde cessará funções no dia 8 de Julho do ano corrente, concluídos, assim, 15 anos com essa responsabilidade artística, precisamente no dia em que celebra 70 anos.