Tag Archive for: música em Arganil

Grupo Folclórico da Região de Arganil
Folclore em Arganil

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

  • Grupo Folclórico da Região de Arganil
  • Rancho Folclórico Rosas de Côja
  • Rancho Infantil E Juvenil de Côja
  • Rancho Folclórico Flores do Casal de São João
  • Rancho Folclórico Juvenil da Casa do Povo de Arganil
  • Rancho Folclórico “Os Malmequeres” de Cerdeira
  • Rancho Infantil e Juvenil “Os Columbinos”
Grupo Folclórico da Região de Arganil

O Grupo Folclórico da Região de Arganil é uma coletividade de natureza etnográfica que tem por principal objetivo manter vivas as tradições e vivências dos antepassados.

963 297 247
Email: gfrarganil@sapo.pt
Morada: Rua José da Costa Ferreira 3300-071 Arganil

Grupo Folclórico da Região de Arganil

Grupo Folclórico da Região de Arganil

Rancho Folclórico Rosas de Côja

Tl. 960 025 200 / 965 255 505

Email rancho.rosas@gmail.com

Morada: Rua Comendador Eduardo Francisco Filipe, nº 96, 3305-196 Côja

Rancho Infantil E Juvenil de Côja

Tl. 969 885 398 / 965 407 442
Email rancho.ij.coja@gmail.com
Morada: Rua do Cemitério, nº 23, 3305-134 Côja

Rancho Folclórico Flores do Casal de São João

Tlm. 932 848 712

Morada: Casal de São João, 3305-281 Vila Cova de Alva

Rancho Folclórico Juvenil da Casa do Povo de Arganil

Contactos Telefónicos: 927 441 151 / 966 443 582

Email: rancho.juvenil.arganil@gmail.com

Morada R. Condessa de Canas 3300 Arganil

Rancho Folclórico “Os Malmequeres” de Cerdeira

Tlm.: 968 118 448
Email: rancho_malmequeres44@live.com.pt
Morada: Largo Santo Amaro nº.1 3305-050 Cerdeira

Rancho Infantil e Juvenil “Os Columbinos”

Rua Visconde Sanches de Frias, nº 215 3300-318 Pombeiro da Beira

Fontes do Musorbis Folclore:

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Associação Filarmónica de Arganil

Filarmónicas de Arganil

Bandas de Música do Concelho de Arganil

  • Associação Filarmónica de Arganil
  • Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Coja
Associação Filarmónica de Arganil

Foi em 1853, por iniciativa do Padre Manuel da Costa Vasconcelos Delgado, que foi formada a primeira Filarmónica em Arganil, continuada posteriormente por seu sobrinho, também padre, Joaquim Inácio de Vasconcelos. Entretanto, logo em 1853, o Professor Ribeiro de Campos, fundaria outra Filarmónica, com regência do Maestro José Tomás de Aquino. Em 1856, falecia o Padre Vasconcelos Delgado e a Banda por ele formada, entrava em decadência.

Associação Filarmónica de Arganil

Associação Filarmónica de Arganil

Com alguns músicos desta banda e outros da já então extinta Banda do Prof. Ribeiro de Campos, fundaria mais tarde, o Padre Dr. Luís Caetano Lobo, uma outra banda que chegou a atingir grande nível artístico, pois era seu regente o próprio Padre Caetano Lobo, que além de cultivar o canto, com uma excelente voz de tenor, era um exímio violinista.

Seria esta então a Banda Recreativa Independente Arganilense. Entretanto, a Filarmónica inicialmente formada pelo Padre Vasconcelos Delgado reorganizava-se sob direção do Padre Joaquim Inácio de Vasconcelos (a depois famosa Banda do Padre Inácio) e que viria a ser a Filarmónica Constança Arganilense.

Coexistiram assim, durante muitos anos em Arganil as duas Bandas de Música que, apesar de terem engrandecido culturalmente a sua terra, também lhe trouxeram «muitas horas de intranquilidade e sobressalto e até uma certa fermentação de ódios».

Beneficiando da abertura social com o advento da República em 1910, logo da parte dos amantes da cultura musical isenta, se gerou um movimento no sentido da fusão das duas bandas, que efetivamente acabaria por se dar, embora com algumas vozes discordantes, em 1911. Assim, sob a presidência do Padre Francisco de Vasconcelos e regência de José Mendes Ribeiro, as duas Bandas dão origem à Filarmónica Arganilense, que com alguns altos e baixos, chega até aos nossos dias.

Além de vários maestros que ocasionalmente e por curtos períodos de tempo a regeram, foram seus principais regentes por maior dinâmica lhe transmitirem, além de José Mendes Ribeiro, os também Arganilenses e saudosos, José Augusto da Costa Ferreira, Adriano Ribeiro Mendes e João Martins Vinagre.

Durante vinte e cinco anos e até 2005, sob a regência do arganilense Fernando da Silva Martins, atuou a Filarmónica em vários espetáculos, nomeadamente dois televisivos: «Ou vai ou taxa» em Arganil e «Sol de Verão», no Porto.

Atuou ainda na Feira de Sousel ( Alentejo); na Feira Agrícola de Santarém; Pavilhão dos Desportos (Lisboa); Pavilhão Norton de Matos (Coimbra); Expo 98 (Lisboa) e Feira Internacional de Lisboa. A sua internacionalização começou em 1995 quando se deslocou a Torres de Cotillas, Murcia (Espanha); em 1997, foi representar a Beira Litoral na 34ª Europeada do Folclore e da Música Popular que se realizou na cidade Suíça de Martigny, com atuação também na cidade de Sion; em 1998, esteve presente na 35ª edição do mesmo certame realizado em Rennes (França) com actuação na Fortaleza do Monte San Michele no Canal da Mancha; em Julho de 2001, na 38ª Europeada em Zamora (Espanha); em 2002, na 39ª Europeada, desta vez realizada em Antuérpia (Bélgica) e por fim em Julho de 2006 esteve de novo em Zamora na 43º edição das Europeadas.

No fim da década de 90, começou a ser premente a necessidade de dinamizar e melhorar a Associação, enquanto Banda de Música, pois a sua recente entrada para a Federação das Filarmónicas de Coimbra (da qual foi Banda fundadora), intuiu a perceção da Filarmónica Arganilense começar a ficar desatualizada.

Encetaram-se então estratégias de desenvolvimento e modernização que passaram nomeadamente por atualização de todo o instrumental para afinação normal; concessão do Estatuto de Utilidade Pública; filiação no INATEL como Centro de Cultura e Desporto; organização interna a nível da contabilidade e saneamento financeiro, para então se alcançar o grande objetivo que era a escola de música com um professor/maestro que possibilitasse a projeção técnica e pedagógica da Filarmónica, que haveria por se concretizar, com a vinda do Maestro João Alberto J. Sousa.

O resultado já é visível. Apresentamos uma banda a caminho da modernização e recheada de juventude bem motivada, alguns até já a frequentarem o Conservatório de Música de Coimbra. Para isso muito contribuiu a clarividência dos últimos presidentes de direção, nomeadamente, Alberto Cruz Almeida, António Lopes Nogueira, Cristina Figueiredo e Abel Ventura Fernandes.

A Associação Filarmónica de Arganil foi agraciada em 2003 com a Medalha de Ouro do Município de Arganil.

Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Coja

A Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Coja é uma coletividade centenária com sede na vila de Coja. Foi fundada a 01 de novembro de 1868 pelo cojense Dr. José Albano de Oliveira que, à sua custa, adquiriu os primeiros instrumentos e contratou o seu primeiro regente, dando-lhe o nome de Filarmónica Progresso de Coja. Com a sua morte, a instabilidade gerada foi ultrapassada pelo interesse do Padre Simões Dias que dotou a Banda da primeira bandeira e foi seu professor de música e regente. A implantação da República acrescentou à designação da Banda “Pátria Nova”.

Em1985 foram elaborados e registados os primeiros Estatutos da Associação, cuja última alteração ocorreu em 2000. É filiada no INATEL, no RNAJ e na FFDC. Tem desde 1994 o Estatuto de Coletividade de Utilidade Pública. A hoje designada Associação Filarmónica Pátria Nova de Coja desde sempre foi composta maioritariamente por juventude e hoje 80% dos seus executantes, num total de 56, com média de 19 anos. É regida por Daniel Simões Gonçalves que, fruto do seu trabalho na Academia de Música, incrementou a aprendizagem da música não só como fonte de executantes para a Associação mas como fonte de educação e ocupação dos jovens na Vila de Coja e região.

Filarmónica mais antiga do concelho de Arganil, com atividade ininterrupta, a Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Coja tem nos últimos anos intensificado a qualidade que empresta aos serviços de festas e romarias para os quais é solicitada, na sua componente religiosa, mas também na versatilidade de reportório que procura executar em diferentes palcos e contextos.

Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Coja

Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Coja

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Teatro Alves Coelho

Auditórios de Arganil

Salas de Espetáculo do Concelho

Teatro Alves Coelho

O Teatro Alves Coelho foi classificado Monumento de Interesse Municipal.

Teatro Alves Coelho

Teatro Alves Coelho

Localizado na avenida principal de Arganil, o edifício será também abrangido por uma Zona Especial de Proteção. O processo de classificação teve início em outubro de 2024, no âmbito da preparação da candidatura à requalificação deste emblemático espaço a fundos comunitários. Inaugurado em 1954, o Teatro Alves Coelho é um dos mais representativos exemplos da arquitetura de espetáculo do século XX em Portugal, integrando o movimento dos Cine-Teatros e destacando-se como expressão do estilo Moderno. A sua classificação reconhece o valor artístico, histórico e cultural deste equipamento, que é uma referência para Arganil e para toda a região.

Baixos-relevos do escultor Aureliano Lima na frontaria do Teatro Alves Coelho, em Arganil

Baixos-relevos do escultor Aureliano Lima

Baixos-relevos do escultor Aureliano Lima na frontaria do Teatro Alves Coelho, em Arganil, edifício inaugurado em abril de 1954. O pintor Guilherme Filipe executou várias pintura nas salas do teatro.

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

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Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Alves Coelho, maestro, de Arganil
Músicos naturais do Concelho de Arganil

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

Alves Coelho
João Rodrigues Alves Coelho, conhecido por Alves Coelho, filho de João Rodrigues Alves (natural da povoação de Cabeçadas) e D. Libânia Pereira Coelho, nasceu em Arganil no dia 27 de janeiro de 1882.
Alves Coelho, maestro, de Arganil

Alves Coelho, maestro, de Arganil

Alves Coelho casou com D. Anália da Conceição Henriques Alves Coelho e teve dois filhos: João Sérgio Alves e Alberto dos Anjos Alves Coelho. Alves Coelho, logo nos seus tempos de meninice, começou por mostrar vislumbres de uma bela e sã inteligência, distinguindo-se entre os seus condiscípulos, o que o tornou querido dos mestres.

Frequentou a aula do reitor Luís Caetano Lobo, que foi um excelente professor de música e logo se tornou um dos mais diletos discípulos do mestre.

Porém, o pai faleceu em 1898 o que o levou a abandonar os estudos. Alves Coelho partiu então para Lisboa onde frequentou a Escola Normal Primária de Lisboa. Concluídos os exames finais, foi considerado habilitado para exercer o magistério primário e nomeado para a escola oficial de Mafra. Passado algum tempo demitiu-se do cargo de professor e foi nomeado para um cargo do Ministério de Instrução. Sendo mais tarde, reintegrado no seu cargo de professor e nomeado regente da Escola Municipal nº 78 em Lisboa.

Em 1893 Alves Coelho partiu para Coimbra matriculando-se no Seminário, onde ainda realizou os exames preparatórios.

“Foi um professor sempre considerado, mas (…), a celebridade que veio a conhecer foi devida à música. Com efeito, não obstante as suas funções de mestre-escola lhe absorverem a maior parte do tempo, não se esquecia da arte que trazia na alma desde criança. Em rigor, era essa a sua grande paixão e não tardou que começasse a
compor.”

(Amândio Galvão in Figuras notáveis de Arganil. Arganil: Câmara Municipal, 1991)

Alves Coelho estreou-se no teatro ligeiro em 1902, com a música de uma opereta chamada Visões de Rabi, de autoria de Raimundo Alves. “Esta peça foi apresentada ao público em Lisboa numa academia de recreio da Travessa do Despacho, a Santa Marta, e, como tivesse agradado bastante, foi mais tarde exibida várias vezes no antigo Teatro da Rua de S. Bento. Isto passava-se em 1902. Era a sua estreia de compositor no teatro musicado.”

(Amândio Galvão in Figuras notáveis de Arganil. Arganil: Câmara Municipal, 1991)

Entre 1902 e 1905 fez o seu primeiro trabalho para teatro de revista: foi para Saúde e Fraternidade, espectáculo estreado num teatro do Porto. Mas havia de ser só em 1911 que iniciaria uma colaboração assídua neste género de teatro, visto até 1931, ano da sua morte, só em 1923 e 1924 se não terem estreado revistas com música da sua autoria.

Em 1911 Alves Coelho foi o único compositor da revista Está Certo, escrita por Júlio Dumont, estreada no Teatro Chalet. No mesmo ano compôs em colaboração com Tomás Del Negro os temas musicais da revista Peço a Palavra, escrita por João Bastos e Álvaro Cabral.

Neste ano Alves Coelho colabora em mais duas revistas levadas à cena na cidade do Porto: em colaboração com Bernardo Ferreira musicou Cigarro Brejeiro, em 2 actos e 14 quadros; e em colaboração com Raul Portela e António Lopes compôs para a revista Pica-Pau, em 2 actos e 9 quadros. Ambas as revistas da autoria de Ascensão Barbosa e Abreu e Sousa.

“Independentemente do êxito do trabalho alcançado em 1922, principalmente no Teatro Maria Vitória, em 1923 e 1924 não se conhece nenhum trabalho de Alves Coelho, quer a nível de operetas, quer no campo do teatro de revista, a não ser o que musicou para as produções levadas a cabo pelo grupo de teatro de empregados do Banco Nacional Ultramarino.”

(Luciano Reis in Maestro Alves Coelho. Lisboa: Sete Caminhos, 2009)

Neste ano Alves Coelho colabora em mais duas revistas levadas à cena na cidade do Porto: em colaboração com Bernardo Ferreira musicou Cigarro Brejeiro, em 2 actos e 14 quadros; e em colaboração com Raul Portela e António Lopes compôs para a revista Pica-Pau, em 2 actos e 9 quadros. Ambas as revistas da autoria de Ascensão Barbosa e Abreu e Sousa.

Gitana, uma das peças musicadas por Alves Coelho para a Revista Cigarro Brejeiro e interpretada pela actriz Julieta Soares.

Para este grupo musicou a revista Era uma vez, Tristezas… Não pagam dívidas e Furta-Côres, produções em que desempenhou também o cargo de director musical.

Em Fevereiro de 1924, promovido pelo “Diário de Notícias”, o Dr. Augusto de Castro, jornalista e um dos fundadores da Sociedade de Escritores e compositores, organizou um grande espectáculo a favor dos pobres no Coliseu dos Recreios. Alves Coelho foi o director musical deste espectáculo.

Em 1925, em colaboração com Raul Portela, Alves Coelho foi autor da música para a revista Frei Tomás ou o Mistério da Rua Saraiva de Carvalho, estreada nesse mesmo ano no Éden Teatro.

Alves Coelho alcançou em 1926 um grande triunfo junto do público com a revista Cabaz de Morangos da autoria de Lino Ferreira, Silva Tavares, Luna de Oliveira, Acúrcio Pereira e Lopo Lauer.

“Da composição musical foi encarregada uma parceria formada por três verdadeiros «monstros sagrados» da música ligeira: Wenceslau Pinto, Raul Portela e Alves Coelho (…) de todos os seus quadros o que obteve maior adesão foi sem dúvida o «Dia da Espiga», que havia sido musicado pelo maestro arganilense..”

(Amândio Galvão in Figuras notáveis de Arganil. Arganil: Câmara Municipal, 1991)

Ainda em 1926, Alves Coelho colaborou na revista FungagáTarifa I e Sempre fixe.

“No ano seguinte, 1927, aparece em cena, também no Éden-Teatro, a revista Rosas de Portugal em perfeito alinhamento ideológico com cabaz de morangos. Aí José Clímaco era mesmo um dos seus autores, sob o pseudónimo de José Romano; os restantes foram: Silva Tavares, António Carneiro e Feliciano Santos. Da música encarregaram-se de novo Wenceslau Pinto, Raul Portela e Alves Coelho. A este último compositor coube musicar uma canção de Silva Tavares, intitulada «Giestas» (…)
provavelmente o trabalho mais inspirado do seu autor (…)”

(Amândio Galvão in Figuras notáveis de Arganil. Arganil: Câmara Municipal, 1991)

Para além do êxito alcançado com Giestas, outras obtiveram igual sorte, nomeadamente CapicuaRapazes Cuidado e Rancho da Azeitona.

Ainda em 1927 Alves Coelho entrou na produção da revista Aldeia dos Macacos e colaborou na produção da opereta de costumes populares Bairro Alto e na opereta A Madragoa.

Em 1928 Alves Coelho colaborou em duas revistas no Éden-Teatro: O Manjerico e Terras
de Cantigas. Para além destas duas produções, colaborou ainda em CarapinhadaPilha d’AlcantaraA Gandaia e Gomes Freire-Avenida.

Em 1929 participa na revista Chá de Parreira, estreada no Teatro Variedades e, levada também à cena, no Teatro da Trindade. Escrita por José Galhardo, Alberto Barbosa e Santos Carvalho, foi musicada pelo arganilense Alves Coelho em colaboração com Frederico de Freitas.

Neste mesmo ano Alves Coelho colaborou com Raul Ferrão e L. Costa na revista Sol de Portugal, da autoria de Álvaro Leal e Lourenço Rodrigues. Também colaborou com Venceslau Pinto e Raul Portela na revista Pó de Maio, escrita por Félix Bermudes, João Bastos e Pereira Coelho. Desta produção dois temas tiveram o privilégio da edição musical: a canção dueto Branquinha e Farrusca e a canção Dona Chica e Senhor Pires.

Em 1930, um ano antes da sua morte, Alves Coelho que se encontrava no auge do seu potencial criativo, então com 48 anos, participou na produção de 5 revistas e uma opereta, todas elas em parceria com os colegas Raul Portela e Venceslau Pinto: Biscaia Lambida, A Bola, A Cigarra e a FormigaMarcha AtrásSalada de Alface e a opereta História do Fado.

No ano da sua morte Alves Coelho ainda colabora em mais 5 revistas: A Greve do Amor, A Lei do InquilinoRevista SonoraToma Teresa e Vamos ao vira. Também nesse ano em parceria com Raul Portela musicou a adaptação para Portugal da peça El Nino d’Oro do espanhol José Maria Granada.

O compositor e maestro Alves Coelho faleceu a 23 de Outubro de 1931 vítima de congestão cerebral.

“Vale a pena sublinharmos a dificuldade com que trabalhou Alves Coelho, pois tinha que conciliar a sua vida musical com a de professor. Mas, a sua excepcional capacidade de improvisação, permitiu-lhe atingir os seus objectivos. Dizia-se, na época, que a música para o Dia da Espiga, foi escrita em meia hora.(…)

(…) Organizou e dirigiu um agrupamento musical, denominado “Troupe Portugal”, que actuou com grande êxito, com músicas suas, em Portugal, Espanha e Marrocos. O governo português conferiu-lhe o grau de cavaleiro de São Tiago da Torre e Espada.(…)

A vila de Arganil nunca o esqueceu. O seu nome dá nome a uma rua e, no dia 9 de Maio de 1954, num gesto de grande solidariedade à memória deste arganilense, inaugurou-se um teatro com o seu nome (…)”

(Amândio Galvão in Figuras notáveis de Arganil. Arganil: Câmara Municipal, 1991)

“Morreu cedo, apenas com 49 anos de idade. O seu falecimento causou a maior consternação na capital, principalmente no meio teatral, em que era estimadíssimo. O funeral realizou-se para o cemitério dos prazeres. O seu talento e paixão pela música ligeira ainda tinham muito para dar, independentemente de ter atingido inolvidáveis e merecidos triunfos e de conseguir ser alguém no meio musical.

Integrou as melhores parceiras de compositores na cidade de Lisboa, criando músicas que trouxeram aos teatros da capital, multidões de pessoas, sequiosas de assistir a bons espectáculos, onde a sátira social e política, era um ponto forte. (…) As suas obras triunfaram em Lisboa, na cidade do Porto, nas digressões por todo o país, por Angola, Moçambique, Brasil e Espanha. (…) Um dos nossos melhores talentos da composição, criou imensos êxitos que alcançaram a edição discográfica e folha de música. (…)”

(Amândio Galvão in Figuras notáveis de Arganil. Arganil: Câmara Municipal, 1991)

Antero da Veiga

Antero da Veiga, guitarrista, de Arganil

Antero da Veiga, guitarrista, de Arganil

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Igreja de Santo António
Órgãos de tubos do concelho de Arganil [4]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja da Misericórdia de Arganil

[ de Santa Isabel ]

Igreja da Misericórdia

Igreja da Misericórdia

Localizada no centro da vila, a Igreja da Misericórdia de Arganil é um edifício de planta irregular, implantado no ângulo das ruas da Misericórdia e Condessa das Canas. Fundado na segunda metade de Setecentos, o templo apresenta um programa híbrido, com estrutura exterior barroca e espaço interior já Rococó, resultante de uma extensa campanha construtiva que se arrastou pelo século XIX. Na fachada principal destaca-se o portal Barroco, concebido em conjunto com a janela do coro alto, numa composição una que se prolonga ainda pelo brasão de armas da Misericórdia, patente no tímpano do frontão contracurvado. Estes elementos são complementados por apontamentos decorativos oitocentistas, como os fogaréus, a grade da varanda, e o remate da torre sineira.
O interior, de nave única, apresenta também uma dicotomia na ornamentação. O retábulo-mor, de talha dourada, remonta ao último quartel do século XVIII, tal como os retábulos colaterais, pintados de branco e com concheados, que se encontram implantados na diagonal, junto ao arco triunfal, numa solução que confere dinâmica ao espaço. As restantes obras de talha, nomeadamente a balaustrada do coro alto, o púlpito e a varanda do órgão, são já do final do século XIX.

Fonte: DGPC, Catarina Oliveira

Órgão inglês [ I;2 (10+10) ], c. 1900, montado em 1902 por J. Linhares, de 1 teclado para as 2 secções (54 notas), restaurado pela Oficina e Escola de Organaria de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, em 1998, opus 23.

Igreja do Convento de Santo António de Vila Cova de Alva

Igreja de Santo António

Igreja de Santo António

De fundação setecentista, o convento de Santo António de Vila Cova de Alva foi edificado entre 1713. Os primeiros religiosos chegaram em 1712, instalando-se em casas próximas para orientar os trabalhos do novo edifício. Estas, decorreram céleres, cabendo a concepção do projecto a João Coelho coluna, um frade ou leigo, natural de Alvite, que se encontra sepultado sob a galilé. O edifício, que já havia sofrido fortes danos com as Invasões Francesas, foi vendido em hasta pública no ano de 1841, tendo sido, a partir de então, objeto de remodelações constantes que o descaracterizaram profundamente. O claustro, com cinco vãos e muro a suportar a colunata de capitéis toscanos e arquitrave, conserva a sobriedade original, apesar da adulteração do segundo registo, fechado por janelas.
A igreja, de planta cruciforme, conserva, no interior, o esplendor da talha dourada que caracterizou os espaços barrocos no nosso país, contrastando vivamente com a austeridade própria da Ordem, bem visível da arquitetura depurada do conjunto conventual. A fachada, em empena de cunhais rusticados rematados por pináculos, é aberta por um arco abatido, também rusticado, sobrepujado pelo janelão do coro, e por um óculo. O portal, de verga reta, exibe, sobre a cornija, um nicho decorado por enrolamentos. No interior, a austeridade arquitetónica, com cornija na nave, arcos de volta perfeita a marcar o transepto arco triunfal também de volta perfeita, e restantes vãos de verga reta é equilibrada pelos altares colaterais, de talha dourada de Estilo Nacional, pelas sanefas que rematam as imagens sobre o arco triunfal, pelas pinturas deste último, e pelo imponente retábulo-mor, da mesma época. No coro-alto destaca-se o cadeiral de duas ordens, em talha. Na cerca conventual conservam-se várias fontes e bicas de água, que convidavam à meditação e repouso.

Fonte: DGPC, Rosário Carvalho

Igreja Matriz de Arganil

[ Igreja Paroquial ] [ S. Gens ]

Igreja Matriz de Arganil

Igreja Matriz de Arganil

O edifício atual da Igreja Matriz de Arganil provém de finais do século XVII. A parte mais antiga é a Capela dos Fonsecas. A frontaria, de cunhais apilastrados e linha da empena de cantaria de granito, tem portal retangular dominado por um nicho e um óculo poligonal. O corpo é de cobertura apainelada que contém em cada painel uma pintura hagiográfica, de execução artificial, de autoria de Oliveira Trovão, mandada executar em 1762 por três irmãos padres da vila: Manuel Veloso de Paiva, José de Almeida Veloso e António da Silva Veloso. O retábulo principal é do fim do século XVII, com reformas posteriores. À esquerda encontra-se a Capela instituída pelo capitão-mor da Vila, Pêro da Fonseca, cujo terreno foi demarcado em 1658. Encontram-se nesta Capela duas esculturas de madeira do século XVII: a Senhora da Conceição e S. Pedro. A Capela do Sacramento (do mesmo lado) é da primeira metade do século XIX. Aí se encontram duas imagens setecentistas de S. Francisco e Santo António. A torre encontra-se separada da Igreja e num nível mais elevado sendo, por isso, um motivo urbanístico muito interessante.

Fonte: CMA

Igreja Matriz de Coja

[ Igreja Paroquial ] [ São Miguel ]

Igreja Matriz de Coja

Igreja Matriz de Coja

A Igreja Matriz de Coja tem como orago S. Miguel. É um edifício de arquitetura religiosa de linhas setecentistas que deve ter sido reconstruída no século XIX. A linha da frontaria é funda e elegantemente recortada. O retábulo principal (1881) e os colaterais (1893), em linhas setecentistas, são do entalhador da Cerdeira, José Gonçalves de Abreu. As imagens de Santa Catarina e S. Sebastião são esculturas medievais em pedra. Outras imagens vieram de conventos ou colégios universitários de Coimbra. São imagens em madeira do século XVII.

Fonte: CMA

Pormenor da montra do órgão

Órgão da Igreja Matriz de Arganil

Órgão da Igreja Matriz de Arganil

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

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