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Instrumentos Musicais Populares da Lousa
Genebres

No País, o instrumento aparece apenas na freguesia de Lousa, concelho de Castelo Branco. É um atributo peculiar da “Dança dos Homens”,  conhecida também por “Dança da Genebres”. Ela tem, nessa dança, um carácter cerimonial, sendo usada apenas nessa ocasião, até porque pertence à comissão de festas e passa anualmente dos velhos festeiros para os novos.

Às genebres os antigos da Lousa chamam, por terem também ouvido chamar, «naves ou geneves». Consta de catorze pauzinhos de pau-ferro, redondos, de tamanhos diferentes, enfiados, nas extremidades, em uma correia de couro. Crescendo em extensão, do primeiro ao último, por forma regular e progressiva, o maior deve ter de comprimento, pouco mais ou menos, o dobro do primeiro.

Genebres, Joaquim Brilhantino

Genebres, Joaquim Brilhantino

É uma espécie de moderno xilofone e o homem que a leva comanda as marcações da dança e representa o elemento libertino que nela figura. Trá-la pendurada ao pescoço (os paus mais curtos para cima) pela correia de couro que liga os paus e que aí faz aselha; afasta-a do corpo com a mão esquerda, que segura a correia em baixo, e bate a bagueta (chuço) com a direita não em cada pau individualmente, mas correndo todos os paus ao mesmo tempo, de baixo para cima e vice-versa, produzindo sons mais ou menos arrastados, mais ou menos vivos, consoante a vontade do tangedor e o compasso que a dança requer.

Fonte: Dora Lourenço (2000)

Viola beiroa, ou bandurra

Este cordofone pertence à família das violas de arame tradicionais portuguesas. Também é chamada bandurra ou viola de Castelo Branco, sendo originária da região da Beira Baixa. Esta viola é, provavelmente, o parente popular do instrumento de corte chamado vihuela, muito tocado na Península Ibérica nos séculos XVII e XVIII.

Uma das diferenças em relação às suas congéneres do Norte, Sul e Ilhas de Portugal são duas cordas muito agudas, as requintas, que não podem ser pisadas sendo tocadas só com a mão direita. O instrumento foi desaparecendo da cena musical campestre, sendo substituído por outros, nomeadamente a guitarra clássica e o acordeão.

A primeira afinação conhecida da viola Beiroa é ré, si, sol, ré, lá, ré, que não permitia fazer melodias acompanhadas, sendo usada na Lousa desde o século XVII para acompanhar a “Dança das Virgens” e a “Dança dos Homens”. A sua forma de execução era semelhante à da guitarra portuguesa na mão direita, tal como o Manuel Moreira a tocava na Lousa. Não sendo conhecidos construtores deste instrumento, pensa-se que os tocadores compravam estes instrumentos nas romarias da Senhora da Póvoa e da Senhora do Almortão.

Viola beiroa, Manuel Moreira

Viola beiroa, Manuel Moreira

A afinação atual da viola beiroa, definida por Alísio Saraiva, tem como base a da guitarra portuguesa de Lisboa. As primeiras quatro ordens da viola beiroa estão exatamente uma quinta abaixo da guitarra portuguesa de Lisboa, sendo que a quinta ordem é uma segunda maior acima e as requintas são a mesma nota que a sexta ordem da guitarra, mas numa oitava diferente. Percebe-se aqui que os tocadores definem as afinações segundo os seus conhecimentos de outros instrumentos.

Fonte: Susana Vicente da Silva Dias (licenciada e mestre em Música /Guitarra Clássica)

A Associação Recreativa e Cultural Viola Beiroa

A criação da Associação Recreativa e Cultural Viola Beiroa, em 2013, foi essencial para a recuperação, revitalização e divulgação deste instrumento. Na sede, cedida pela Câmara Municipal de Castelo Branco, na Rua Tenente Valadim, em pleno Centro Histórico da cidade, decorrem várias atividades semanais.

Desde logo a sede acolhe a sala de ensaios da Orquestra Viola Beiroa, que conta com 15 elementos: o mais jovem tem 15 anos e o menos jovem 80 anos. As solicitações para concertos deste agrupamento têm vindo de todo o País e permitem divulgar este instrumento e o repertório da música de tradição oral da Beira Baixa.

Esta sede é também escola onde se aprende a tocar a Viola Beiroa. Os alunos integram depois a Orquestra Viola Beiroa.

A realização de cursos de construção de viola beiroa permitiu aos elementos da Orquestra Viola Beiroa fazerem os seus próprios instrumentos. Além destas pessoas, houve outras que depois de participarem no curso decidiram integrar a Orquestra. A sede acolhe, igualmente, a Oficina que, devidamente apetrechada de ferramentas e materiais, permite que o Mestre Eduardo Loio ministre estes cursos.

A atividade de investigação que tem sido feita pelos elementos desta Associação já originou uma tese de mestrado sobre esta temática, apresentada pela Mestre Susana Dias, onde se projeta a integração do ensino da viola beiroa nos conservatórios e escolas de música.

Foi elaborado também um método de ensino deste instrumento, concebido pelo Professor Doutor Miguel Carvalhinho com edição da Fundação INATEL e a conceção gráfica da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Paralelamente, foi gravado o CD Viola Beiroa com edição de autor, no qual o Professor Doutor Miguel Carvalhinho apresenta uma série de arranjos de músicas tradicionais da Beira Baixa e um tema original de sua autoria. Este CD teve o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco e teve divulgação nacional através da Antena 1.

Durante um Encontro de Violas de Arame na cidade estiveram presentes vários instrumentistas: Fernando Deghi com a Viola Caipira do Brasil, Pedro Mestre com a Viola Campaniça, Guilherme Órfão com a Viola de Arame da Madeira, Daniel Cristo com a Viola Braguesa e João Vila com a Viola Toeira.

Destaque, ainda, para o papel do etnomusicólogo Domingos Morais, responsável pela explicação sobre a origem desta família de instrumentos.

Nos anos 60, aquando da 1ª edição do livro “Instrumentos Musicais Populares Portugueses”, o autor Ernesto Veiga de Oliveira, referia-se a esta viola como muito rara e em vias de total extinção. Felizmente o cenário mudou e, embora não seja muito comum encontrar tocadores desta viola, ela está viva e a ser explorada não só para folclore mas também por quem procura novas sonoridades.

A loja Porto Guitarra tem à venda violas beiroas com diferentes configurações de construção, sendo as mais usuais:

Tampo: em tília, pinho (abeto)
Ilhargas e costas: nogueira
Braço: mogno
Escala: panga panga, pau santo, ébano
Mecanismo de afinação: carrilhão

Tampo: em tília, pinho (abeto)
Ilhargas e costas: mogno, cerejeira, plátano, pau santo
Braço: choupo, mogno, cedro
Escala: panga panga, pau santo, ébano
Mecanismo de afinação: cravelhas de madeira, carrilhão

Viola Beiroa

No distrito de Castelo Branco existe um interessante instrumento, de grande importância organológica e etnológica, a viola beiroa, ou bandurra. Trata-se de uma viola popular portuguesa de cinco ordens de cordas de arame, hoje muito rara. Era sobretudo usada na zona arraiana para acompanhar descantes festivos, aos domingos, nas tabernas e, sobretudo, nos parabéns e serenatas aos noivos, nas vésperas e na noite da boda. Quase desapareceu e apenas pode ser encontrada em ocasiões cerimoniais, destacando-se a sua aplicação na dança dos homens, nas festas de maio, em honra da Senhora dos Altos Céus, na Lousa. Aqui, aparece figurando a par com a genebres.

A bandurra tem o braço semelhante ao das violas ocidentais, com 80 cm de comprimento. A boca é redonda e pequena, com cerca de 6 cm de diâmetro, rodeada de frisos circulares lineares. De todas as violas portuguesas, esta é ao mesmo tempo a mais rústica e a que apresenta maior profusão de motivos ornamentais. As cravelhas, em muitos casos, foram feitas por pastores e são por vezes finamente recortadas. O cravelhal mostra dez cravelhas dorsais que correspondem a outras tantas cordas, num encordamento de cinco ordens de cordas duplas de arames.

Esta viola possui um traço peculiar que a distingue de todas as outras violas portuguesas: além desse cravelhal normal, existe um outro, situado no fundo do braço, no ângulo que este faz com a caixa, para duas cravelhas, também dorsais, a que correspondem duas cordas igualmente de arame, simples, agudas e curtas – as requintas – , que não são trilhadas e se tocam sempre soltas, como na harpa.

A “Viola Beirã”, como é conhecida, é utilizada pelas mãos de homens lousenses que a tratam com um certo cuidado e aplicam nela uma estimação tal como se fosse uma “pedra preciosa”. Na realidade até se pode considerar uma, pois estas violas já têm mais de 400 anos, segundo testemunho confirmado por um tocador das mesmas, que afirma: “Estas violas são utilizadas na Dança dos Homens e têm passado de mão em mão, desde 1640, creio eu, quando começou esta dança. Apenas uma conseguimos conservar agora connosco, algumas desapareceram e uma delas está na Gulbenkian exposta”.

Tocada apenas com o esforço das unhas dos homens, a “Viola Beirã”, é feita de madeira de casquinha e trabalhada à mão, aplicando nela alguns motivos que lhe fornecem uma certa alegria para além daquela que ela própria consegue colocar junto do nosso ouvido, através das dez cordas que possui.

Na Dança dos Homens, dão-se por contadas cinco violas que dão alegria à dança. Como apenas só foi possível conservar uma, as restantes já foram feitas à cerca de 30 anos ou mais, afirma o tocador, havendo ao todo seis, as quais tentam ser, o quanto possível, idênticas às que têm sido passadas de geração em geração. Segundo reza a história, são os descendentes que têm feito com que estas ainda sejam tocadas como à 400 anos. Também a musica que foi passada de geração em geração, se conserva intacta, e, segundo o tocador, nunca sofreu nem sofrerá alterações. Não é tocada por acordes, mas é ensinada aos descendentes, que pelo ouvido aprendem. E tudo isto se conserva desde o inicio do século XVII, desde que os homens se decidiram dedicar às Danças em honra da sua padroeira, Nossa Senhora dos Altos Céus.

Dora Lourenço, 2000 (com ligeiras adaptações)

MÚSICA À VISTA

Sugestões de património edificado

para uma rota musicoturística no Concelho de Castelo Branco

Malpica do Tejo

José Afonso

Monumento a José Afonso em Malpica do Tejo

Monumento a José Afonso em Malpica do Tejo

O monumento a José Afonso na Malpica do Tejo, datado de 2014, é da autoria do escultor Cristiano Ferreira.

Ao lado do Tejo, a Malpica é vizinha de Espanha e foi imortalizada por Zeca Afonso que se inspirou em quatro músicas do cancioneiro local. A mais conhecida é Maria Faia. O músico e compositor visitava com alguma regularidade a Malpica embora não tivesse aqui qualquer relação de parentesco. Nos anos 60 as visitas tornaram-se mais frequentes. Nestas deslocações encontrou no campo grupos de trabalhadores agrícolas em que era usual cantarem a trabalhar.

Zeca Afonso gravou algumas destas músicas e compôs e editou quatro canções: cantiga da Maria Faia, A moda do Entrudo, Oh que calma vai caindo e Lá vai Jeremias. Com estas músicas Zeca Afonso imortalizou Malpica o que honra os locais e retribuem com uma homenagem que é o Festival Zeca Afonso.

O Festival José Afonso contou com a participação gratuita de músicos que trabalharam com José Afonso. Numa das ruas principais da aldeia há um restaurante com o nome Tasca da Maria Faia e segundo um dos proprietários, José Manuel Galvão, é uma homenagem ao cantor e às mulheres de Malpica. Maria Faia não é o nome de uma mulher. Faia é relativo a trabalho no campo. A música Maria Faia é sobre as campesinas de Malpica. Muitas das pessoas que vão ao restaurante cantam a Maria Faia e quem não sabe tem a letra escrita numa das paredes.

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração), realiza oficinas de música durante o ano letivo e dinamiza atividades em colónias de férias. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

Contacte-nos:

António José Ferreira
962 942 759

Músicos naturais do Concelho de Castelo Branco
Filipa Castilho

A violoncelista Filipa Maria Cerqueira Correia Castilho nasceu a 27 de maio de 1993 em Castelo Branco. Iniciou os estudos musicais no Conservatório Regional de Castelo Branco (CRCB), aos 4 anos na classe de violino de António Martelo. Aos 7 anos mudou para Violoncelo, tendo estudado com os professores Miguel Matias, Samuel Santos, Guenrik Elessine e Ana Catarina Claro, com quem termina o 8º grau do Conservatório.

Em 2012 entra para a Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), na classe de Miguel Rocha, onde iniciou a licenciatura em Violoncelo. Em setembro de 2014 ingressou na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) no âmbito do programa Vasco da Gama, na classe de Clélia Vital e de Paulo Gaio Lima. Em setembro de 2015 voltou para a classe de Miguel Rocha e, ao mesmo tempo, frequenta 8 unidades curriculares do Mestrado em Ensino de Música.

Em setembro de 2016 ingressa na Universidade de Évora na classe de Nelson Ferreira, onde acabou a Licenciatura, em junho de 2018. No mesmo ano ingressou na Universidade de Aveiro na classe de David Cruz, para frequentar o mestrado em Ensino de Música, na especialidade de Violoncelo e termina o mesmo em julho de 2020, com a defesa do trabalho de investigação com o título “A Canção: Uma proposta pedagógica no ensino aprendizagem do violoncelo”.

Filipa Castilho, violoncelista, de Castelo Branco

Filipa Castilho, violoncelista, de Castelo Branco

Ao mesmo tempo frequenta ao Mestrado em Ensino de Música, na especialidade de Formação Musical na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco, o qual termina em fevereiro de 2021, com a defesa do trabalho de investigação com o título “Perfil do docente vs perfil do aluno: processos de ensino-aprendizagem na disciplina de Formação Musical”.

Participou com uma comunicação com o título “Song: a pedagogical proposal in teaching learning violoncelo”, no dia 7 de novembro de 2020 na 48th Internacional ESTA Conference: Bridges between research and practice, organizada pela ESTA – European String Teachers Association – Portugal e realizada no Porto, através de vídeo conferencia entre 30 de outubro e 8 de novembro de 2020.

Como instrumentista tem participado em várias classes de aperfeiçoamento com os professores Miguel Rocha, Nuno Abreu, Paulo Gaio Lima, Filipe Quaresma, entre outros. Também tem participado em várias orquestras a nível nacional e internacional, como a Orquestra BISYOC (Inglaterra), Orquestra do Conservatório Superior de Música de Badajoz (Espanha), Orquestra Clássica do Sul, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra da Escola Superior de Música de Lisboa, Orquestra Barroca da ESART, Orquestra Sinfónica da ESART, Orquestra da Universidade de Évora, Orquestra Sinfónica da Universidade de Aveiro, Orquestra do Conservatório Regional de Castelo Branco, Orquestra Scutvias, Orquestra Mima, entre outras. Foi membro da Orquestra Clássica de Fátima em 2017 e desde janeiro de 2019 é membro da Orquestra Sinfónica de Tomar.

Foi professora de Expressão Musical no Jardim Escola João de Deus de Castelo Branco e professora do naipe de violoncelos na Academia de Música de Abrantes. Leciona Violoncelo no Agrupamento de Escolas Nº. 2 de Abrantes desde o ano letivo 2017/2018 e Formação Musical desde o ano letivo 2019/2020 na mesma instituição.

Bio facultada por Filipa Castilho em 24 de fevereiro de 2021

Reciclanda

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Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração), realiza oficinas de música durante o ano letivo e dinamiza atividades em colónias de férias. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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João Ferreira

João Ferreira licenciou-se em Formação Musical na ESART (Castelo Branco) e em Composição Musical na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo – ESMAE (Porto). Aí concluído também o Mestrado em Composição e Teoria Musical com Dimitris Andrikopoulos e Eugénio Amorim, onde desenvolveu um trabalho composicional na área do trabalho colaborativo entre a música e as outras artes.

Tem ainda um Mestrado em Ensino de Música pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (Porto), onde foi bolseiro por mérito.

Frequentou classes de aperfeiçoamento com Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Marko Cicilliani, Pascal Dusapin, entre outros.

Leia AQUI a biografia completa.

Maria Inês Pires

Natural de Castelo Branco, Maria Inês Pires frequenta o Doutoramento em Ciências Musicais Históricas da Unidade NOVA de Lisboa (FCSH NOVA). É licenciada em saxofone e mestre em Ensino de Música pela ESART, (Castelo Branco). Estudou no Pôle d’Enseignement Supérieur Musique et Danse de Bordeaux, na classe de Marie-Bernadette Charrier.

Maria Inês Pires

Maria Inês Pires, saxofonista, de Castelo Branco

Maria Inês Pires, saxofonista, de Castelo Branco

Em 2014, obteve o prémio Melhor Intérprete no concurso interno do CRCB, alcançou o 2º prémio no Concurso Nacional de Clarinete e Saxofone Sons de Cabral e foi finalista do Concurso Internacional de Saxofone Vitor Santos. Participou no 17º e 18º World Saxophone Congress, em Strasbourg e Zagreb. Em 2017 e 2019, estreou peças de jovens compositores portugueses no Festival Mónaco Electroacoustique.

Frequentou classes de aperfeiçoamento com Jean-Marie Londeix, Claude Delangle, Vicent David, Lars Mlekusch, Christophe Grèzes, Jean-Michel Goury, Marcus Weiss, Andrés Gomis, entre outros.

Ricardo Mateus

Ricardo Mateus, violetista, nasceu em 1976 na cidade de Castelo Branco. Iniciou os estudos musicais no conservatório regional da mesma cidade com António Ramos e António Oliveira e Silva, com quem começou a estudar Violeta.

Foi também aluno na Escola de Música do Conservatório Nacional, tendo concluído a Licenciatura em Violeta na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Alberto Nunes.

A sua formação foi orientada em diversos cursos e classes de aperfeiçoamento com Bruno Pasquier, Ana Bela Chaves, Gerard Caussé, Pedro Muñoz, Ceciliu Isfan e Antonieta Maestri.

Em 1995 foi finalista do Nível Médio do Prémio Jovens Músicos tendo sido distinguido com “Diploma de Mérito”.

Em 1998 participou na Orquestra de Jovens do Mediterrâneo, ocupando o lugar de 2º Solista do naipe de Violas, sob a direçao do Maestro Henri Gallois, tendo com esta orquestra participado em concertos em França, no Cairo, em Damasco, em Beirute e em Rabat, tendo como professor de naipe o Professor Bruno Pasquier.

Como músico convidado, já participou em concertos com Orquestra Metropolitana de LisboaOrquestra Sinfónica PortuguesaOrquestra GulbenkianOrquestra Filarmonia das Beiras e Sinfonietta de Lisboa.

Clique AQUI para ler a biografia completa.

Ricardo Mateus, violetista, de Castelo Branco

Ricardo Mateus, violetista, de Castelo Branco

HISTÓRIA DA MÚSICA

Eugénia Lima

Eugénia Lima, acordeonista, nasceu em Castelo Branco, a 29 de março de 1926 e morreu em Rio Maior, 4 de abril de 2014. Foi uma acordeonista prodígio e compositora portuguesa, autora de mais de duas centenas de temas e com uma discografia que excede as 50 gravações. Estreou-se publicamente como solista do Acordeão aos oito anos de idade, tendo sido à hora da sua morte a mais velha acordeonista no ativo com oitenta anos de carreira e oitenta e oito de vida.

Eugénia Lima

Eugénia Lima, acordeonista, de Castelo Branco

Eugénia Lima, acordeonista, de Castelo Branco

Eugénia Lima essencial

Disco Essencial, de Eugénia Lima

Disco Essencial, de Eugénia Lima

Órgãos de tubos do concelho de Castelo Branco

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Antiga e concatedral de Castelo Branco

Antiga sé e concatedral de Castelo Branco

Antiga e concatedral de Castelo Branco

A Igreja de São Miguel está erigida num local onde, desde 1213, existem notícias da existência de um templo, cuja propriedade é atribuída aos templários. Elevada a Concatedral em 1956, foi reedificada no século XVII, em estilo renascentista. São visíveis os elementos das diferentes fases de construção: arco cruzeiro do século XVI, retábulos e painéis do século XVII e Capela-mor e sacristia dos séculos XVIII-XIX. Devido à escassez de meios para fazer uma obra monumental, foi D. Martim Afonso de Melo, Bispo da Guarda, que a reedificou no último quartel do século XVII. Tem apenas uma nave que é separada da Capela-mor por um belo arco renascentista, no fecho do qual está o brasão de armas do Bispo D. Martim Afonso de Melo. Ao segundo bispo da diocese de Castelo Branco, Frei Vicente Ferrer da Rocha (1782-1814), deve-se a construção (em estilo Barroco), dos dois corpos laterais, com os quais foi aumentado o templo: a Sacristia Grande e a Capela do Santíssimo Sacramento.

Fonte: CMCB

Localizado na Capela-mor, lado da Epístola, foi construído por Joaquim António Peres Fontanes no século XVIII. Foi restaurado por António Simões em 1987, e restaurado novamente em 2018 pela Oficina e Escola de Organaria de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, sediada em Esmoriz. A  obra foi promovida pela Câmara Municipal.

tribuna e montra do órgão

Órgão da Concatedral de Castelo Branco

Órgão da Concatedral de Castelo Branco

Igreja de S. José Operário
Igreja de São José Operário

Igreja de São José Operário

Órgão da Igreja de São José Operário, Castelo Branco, do organeiro Oliver Schulte, créditos André Bandeira

Órgão da Igreja de São José Operário, Castelo Branco, restauro por Oliver Schulte, créditos André Bandeira

Órgão da Igreja de São José Operário, Castelo Branco, restauro por Oliver Schulte, créditos André Bandeira

Órgão da Igreja de São José Operário, Castelo Branco, restauro por Oliver Schulte, créditos André Bandeira

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração), realiza oficinas de música durante o ano letivo e dinamiza atividades em colónias de férias. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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FOI NOTÍCIA

Segundo Diário Digital de Castelo Branco, de 01 maio 2013, o órgão instalado na igreja de São José Operário encontrava-se numa igreja de Liverpool e foi restaurado na firma Oliver Schulte, na Alemanha.

Foi no primeiro dia do mês de maio que o órgão de tubos instalado recentemente na Igreja de S. José Operário, Cansado, se ouviu pela primeira vez. A missa da bênção do órgão foi celebrada durante a amanhã, com a participação do coro paroquial, com a direção de Ana Paula Oliveira e José Carlos Oliveira ao órgão.

Para o maestro o órgão é uma mais valia para a igreja, mas acima de tudo para a cidade, “este órgão vai permitir termos outro tipo de eventos culturais diferentes dos que tínhamos até aqui, alargando o conhecimento deste instrumento”.

O órgão que agora está na Igreja de S. José Operário, é segundo o maestro, “um órgão de tubos já com características de grande órgão, em direção a um órgão romântico inglês” apesar de não ser um órgão sinfónico José Carlos Oliveira explica que já tem muitas características de um órgão desse tipo, “com vários timbres e variados e que permitem fazer muito reportório”.

A missa da bênção do órgão foi celebrada pelo padre Agostinho Dias, que destacou o facto de o órgão, “vir contribuir para que a divina liturgia seja mais bela e solene”.

A aquisição do órgão foi possível graças a um protocolo celebrado entre a Paróquia de S. José Operário e a Câmara de Castelo Branco, através do qual a autarquia contribuiu com 118 mil euros, para a aquisição do órgão datado do século XIX.