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Mauro Ribeiro, guitarrista de Condeixa-a-Nova
Músicos de Condeixa-a-Nova

Músicos naturais do Concelho

  • Mauro Ribeiro (guitarrista jazz)
Mauro Ribeiro

Natural de Condeixa-a-nova, Mauro Ribeiro iniciou os estudos musicais aos 8 anos com o professor João Paulo Devesa, ingressando aos 11 anos no curso de guitarra clássica no Conservatório de Música de Coimbra.

Ao frequentar um workshop de jazz, ministrado pelo guitarrista Luis Lapa, demonstrou um gosto especial pelo estilo. Foi aí que, além das aulas de Classe de Conjunto no Conservatório dadas pelo professor Daniel Romeiro, que começou a frequentar aulas com João Paulo Vieira e Serafim Lopes. Mais tarde, foi estudar para o Hot Clube de Portugal com Vasco Agostinho, Bruno Santos, Vasco Mendonça, Eng. Bernardo Moreira, entre outros.

Participou em workshops com o “Trio Azul” (Carlos Bica, Frank Mobus e Jim Black), Mário Delgado, Federico Casagrande, Stefano Senni, entre outros. Além de lecionar Guitarra Jazz, Harmonia e Combo no curso de jazz da escola Sítio de Sons em Coimbra, partilhou o cargo de direção pedagógica da escola.

Depois de dois anos de aulas com Jeffery Davis ingressou na Licenciatura de Música em Guitarra Jazz na Universidade de Évora onde estudou com com Mário Delgado, José Menezes, Filipe Melo, Juan Galiardo, Johannes Krieger, Christopher Bochmann, entre outros.

Em 2011 representou a Universidade de Évora na 9a edição da Festa do Jazz do S. Luiz. Desde de 2012 que é professor de Guitarra Jazz e também de disciplinas como Técnicas de Improvisação, Combo, Teoria e Análise Musical e Secção Rítmica no Curso Profissional de Instrumentista de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra.

Em 2019 concluiu o Mestrado em Ensino de Música na Universidade de Aveiro onde teve aulas de instrumento com Miguel Amado, Mário Delgado e Bruno Pedroso.

Faz parte de alguns projectos como Vértice Trio, Inquiet’Ensemble, Dixie Gringos Jazz Band, marcando presença em Festivais como os Bons Sons, Noites Ritual, Festivais de Jazz de Loulé, Tomar, Águeda, Mealhada, Barcelos, e em salas emblemáticas como o Hot Clube de Portugal, Convento São Francisco, Theatro Circo de Braga, entre outras.

Discografia

The Casino Royal – From Portugal with love – 2012
The Casino Royal – Life is waiting for you – 2014
Ensemble Portugal em Jazz – Prémio de Composição Bernardo Sassetti – Vasco Miranda – 2016
Inquiet Ensemble – Que dia é hoje? – 2022
Vértice Trio – A Longa Marcha – 2022

Mauro Ribeiro, guitarrista de Condeixa-a-Nova

Mauro Ribeiro, guitarrista de Condeixa-a-Nova

Rancho Folclórico e Etnográfico de Eira Pedrinha
Folclore em Condeixa-a-Nova

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

  • Região: Beira Litoral (Gândara, Bairrada e Mondego)
  • Distrito: Coimbra
  • Concelho: Condeixa-a-Nova
Rancho Folclórico e Etnográfico de Eira Pedrinha

O Rancho Folclórico e Etnográfico de Eira Pedrinha foi fundado em 1983, para preservar a história, os usos e costumes da aldeia.

Ao longo dos anos o grupo tem vindo a desenvolver a sua atividade no sentido de salvaguardar, divulgar e reproduzir o mais fielmente possível as vivências, o trajar, as danças e os cantares das gentes da região de Coimbra e da Serra de Sicó, entre o final do século XIX e o início do século XX.

A vida muito simples e essencialmente ligada às atividades agrícolas e religiosas é refletida nos trajes. São essencialmente trajes de trabalho no campo, alguns de vendedeiras, outros de romaria e de domingo, e ainda os noivos e lavradores mais abastados, sem esquecer as crianças.

As danças são também reflexo do estilo de vida de trabalho. São na maioria de roda a passo de passeio ou de valsa, a maioria à voz do mandador.

Além da representação em festas e encontros de folclore, o Rancho zela pela preservação de tradições da aldeia e tem a seu cargo o Museu Etnográfico de Eira Pedrinha, onde estão guardados e expostos a maioria dos objetos e utensílios antigos que constituem o espólio do grupo.

É sócio efetivo da Federação do Folclore Português e filiado no INATEL.

Rancho Folclórico e Etnográfico de Eira Pedrinha

Rancho Folclórico e Etnográfico de Eira Pedrinha

Fontes do Musorbis Folclore:

A “Lista dos Ranchos Folclóricos” disponível na Meloteca e a informação nesta plataforma resultam de uma pesquisa aturada no Google e da nossa proximidade nas redes sociais. Foram revistos todos os historiais de grupos etnográficos de modo a facilitar a leitura.

Banda Filarmónica de Condeixa, 1850
Filarmónicas de Condeixa-a-Nova

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

Banda Filarmónica de Condeixa-a-Nova

Sediada na vila, freguesia e concelho de Condeixa-a-Nova, a Banda Filarmónica é uma associação de natureza cultural e recreativa constituída como associação a 27 de abril de 1981.

Banda Filarmónica de Condeixa, 1850

Banda Filarmónica de Condeixa, 1850

Fatores de ordem histórica são invocados quando se trata de perceber as motivações que favoreceram a constituição da primeira filarmónica condeixense, ainda em 1850. Com as guerras civis de oitocentos, a localização geoestratégica de excelência converteria Condeixa em ponto de passagem obrigatório de diversos regimentos militares, nos quais vinham integradas, com frequência, bandas musicais; deste modo, e ainda que num enquadramento de hostilidade bélica, essa circunstância seria determinante, despertando o interesse da vila por esta arte.

Tendo como sólido baluarte Fortunato dos Santos Bandeira, a primeira filarmónica da vila era então fundada e, decorridos dois anos, abrilhantava a receção à rainha D. Maria II que, em 1852, terá passado na vila com o seu séquito, pernoitando no palácio de Francisco de Lemos (atual palácio Sotto Mayor). Se até ao ano de 1877 a filarmónica se manteve em funcionamento, as dissensões políticas dos vários membros acabaram por ditar a sua cisão, numa réplica do próprio Portugal, dividido entre regeneradores e progressistas.

Lealdade Condeixense – Música Velha

Por volta de 1895, contudo, dar-se-ia a fusão das duas filarmónicas numa só, que tomou o nome de Lealdade Condeixense; amparada pela generosidade de Manuel Ramalho, sobreviveu esta filarmónica largos anos, tendo-lhe mesmo sido atribuído, por decreto, o título de Real. E voltaria a marcar presença em mais uma visita régia, a do rei D. Carlos, em 1907.

EXTINTAS

Fina Flor de Condeixa – Música Nova

Pela antiguidade da sua fundação, esta filarmónica tornar-se-ia vulgarmente conhecida como “Música Velha”, donde todas as filarmónicas que se lhe seguiram (caso da “Fina Flor de Condeixa”, que se estreou em 1920) ficaram conhecidas como “Música Nova”. Em 1949, depois de uma existência de quase um século, a Lealdade Condeixense cessou a sua atividade.

Orquestra de Simaria

A única orquestra que existiu em Condeixa-a-Nova foi provavelmente constituída em 1893. Era dirigida por Simaria, um músico conceituado na época que chegou a compor várias sinfonias, interpretadas com distinção pelos seus músicos. A orquestra de Simaria, como se tornou nos meios artísticos de Coimbra e do Centro, acabou em 1895.

Banda Filarmónica de Condeixa, 1850
Coros de Condeixa-a-Nova

Grupos corais e atividade coral no Concelho

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

Filarmónicas, ranchos, corais, diferentes formas de organização e orientação musical atestam uma mesma realidade, tradicional e consensualmente reconhecida – a da apetência musical dos naturais do concelho. Desempenhando um papel preponderante nas festividades religiosas e populares, as instituições musicais condeixenses representaram, em tempos idos, uma mais-valia enquanto fator de identidade e coesão social, servindo ao mesmo tempo à promoção do próprio concelho, pela divulgação da música nele cultivada.

Grupos Folclóricos

Encontros de Maio é evento que decorre anualmente em Condeixa com o objetivo de promover a cultura popular. Estes encontros convocam, a cada edição, a participação dos diversos grupos tradicionais do concelho, assegurando a preservação e divulgação do património etnográfico condeixense. São disso exemplo o Grupo Folclórico e Etnográfico de Belide, o Grupo Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Condeixa, o grupo etnográfico da Freguesia de Anobra ou o Rancho Folclórico e Etnográfico de Eira Pedrinha. Nestes grupos, tanto ao nível do repertório e das danças, como sobretudo dos trajos – tricana, fato de trabalho, fato domingueiro – é bem notório o entrecruzamento de influências que o concelho, pela sua própria localização, sempre favoreceu.

COROS

Grupo de Cantares de Condeixa

Por seu turno, o Grupo de Cantares de Condeixa, constituído em 1995, recuou até cem anos num esmerado trabalho de recolha do repertório tradicional e original da vila e trouxe também até nós, inicialmente, na pessoa do maestro Ramiro de Oliveira uma parte importante da história da música de Condeixa. Contando, num primeiro momento, apenas com vozes, este grupo passou a integrar um suporte instrumental a partir de 1999, já sob a orientação do musicólogo António Simões. Nas suas apresentações, tanto ao nível do país, como do estrangeiro, proporcionadas por intercâmbios culturais, o grupo encontra, invariavelmente, um forte acolhimento.

Destaque-se também o Grupo de Cantares de Anobra “ENCANTA”, o Grupo de Cantares da Freguesia de Vila Seca, a Tuna e Cantares de Ega, o Grupo de Cordas da ASA (Associação Sempre a Aprender) ou o Grupo de Bandolins da Casa Museu Fernando Namora.

A existência periódica de ranchos de tricanas e ranchos infantis em Condeixa pode ser comprovada desde 1900; se, inicialmente, a sua presença era apenas solicitada por ocasião das fogueiras dos santos populares, cedo passaram a apresentar-se em todas as festividades religiosas da vila. Conduzidos por personalidades gradas de Condeixa – António Pena, Dr. João Antunes, Isac Pinto, António de Oliveira, entre outros – o repertório musical destes ranchos era renovado anualmente, com canções compostas sobretudo por António de Oliveira; mais tarde, os filhos Ramiro e Saul de Oliveira estariam também ligados ao folclore, ensaiando vários ranchos.

Orfeão Dr. João Antunes

O canto coral renasceu em Condeixa em 1997, pela mão dos irmãos Pedro e João Paulo Devesa. O Orfeão Dr. João Antunes – numa justa homenagem a essa figura ímpar da cultura de Condeixa – conta com cerca de quarenta elementos que interpretam música sacra e profana do século XVI à atualidade, com prevalência para a música popular portuguesa. O Orfeão tem feito apresentações um pouco por todo o país e colhido as mais favoráveis apreciações do público.

Orfeão dos Trabalhadores e Artistas de Condeixa

Fundado pelo Dr. João Antunes, o Orfeão dos Trabalhadores e Artistas de Condeixa dispõe de um repertório onde se incluem compositores consagrados como Beethoven ou Bach (a par de compositores nacionais). O grupo coral notabiliza-se sobremaneira pela mestria das suas interpretações. Conta com uma média de oitenta elementos, que impressiona também pela heterogeneidade harmoniosa da sua composição: um magma humano coeso, onde se fundiam diferenças etárias e sociais.

BANDAS

Nos últimos anos, as formações musicais têm-se diversificado e vários jovens músicos de Condeixa se têm afirmado no panorama musical português. São disso exemplo Luís Santos, que integra projetos recentíssimos e tão diferentes como “Mancines” ou “Second Skin”; Mauro Ribeiro, guitarrista dos “Casino Royal” ou a cantora Sara Ribeiro, finalista da primeira edição do programa televisivo “Factor X”.

Fonte: Município de Condeixa-a-Nova

Igreja matriz de Condeixa-a-Nova
Órgão de tubos do concelho Condeixa-a-Nova [2]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja Matriz de Condeixa-a-Nova

[ Igreja Paroquial ] [ Santa Cristina ]

Igreja matriz de Condeixa-a-Nova

Igreja Matriz de Condeixa-a-Nova

Erguida no século XVI por determinação de D. Manuel I, aquando da sua passagem pela vila, a Igreja de Santa Cristina veio substituir uma velha igreja existente no mesmo local. Se a construção da matriz ficou em grande parte a cargo do Mosteiro de Santa Cruz, os paramentos e ornamentação do edifício estiveram a cargo da população. O desenvolvimento da moagem e a riqueza agrícola da região favoreceram o financiamento da obra. Concluído provavelmente em 1543, o templo viria a ser saqueado e incendiado em 1811, aquando das invasões francesas. A sua reconstrução, em 1821, alterou-lhe o traçado conferindo-lhe o atual recorte Neoclássico. De características manuelinas encontram-se a pia batismal e a Capela-mor. De inspiração renascentista é a Capela de Santa Teresa e a do Senhor dos Passos. De Setecentos mantém-se o retábulo. Destaque ainda para os baixos-relevos de João Machado e João de Ruão, representativos da escola de Coimbra.

Fonte: CMC

Igreja Matriz de Ega

[ Igreja Paroquial ] [ Nossa Senhora da Graça ]

Igreja Matriz de Ega, Condeixa-a-Nova

Igreja Matriz de Ega, Condeixa-a-Nova

A estrutura original do templo, sobretudo o programa decorativo, foi profundamente modificada na primeira metade do século XVI. Cerca de 1520 deu-se início à obra de reconstrução, dirigida pelo arquiteto Marcos Pires, edificador do claustro de Silêncio da Igreja de Santa Cruz de Coimbra. Esta primeira fase das obras originou um templo de planimetria longitudinal, com espaço interior de nave única, destacando-se no programa decorativo executado pelo mestre o portal principal e o arco triunfal do templo. Na década de 40 do século XVI a direção das obras de reconstrução da matriz passou para o arquiteto Diogo de Castilho. Da autoria do mestre biscainho é a Capela-mor e a abóbada de nervuras que a cobre. Em 1543 foi executado o retábulo do altar-mor, um tríptico que apresenta no painel central a representação de Nossa Senhora da Graça, padroeira da igreja, tendo como volantes a Conversão de São Paulo e a Queda de Simão Magno. Esta obra, da autoria de Gregório Lopes, foi mandada executar por D. Afonso de Lencastre, comendador de Ega, representado como o cavaleiro ajoelhado junto à Virgem na composição central do conjunto. Terá sido nesta época que foram executadas as pinturas a fresco quinhentistas que decoram o arco triunfal e a zona fundeira dos altares laterais, descobertas na década de 40 do século XX sob o revestimento azulejar seiscentista.

Fonte: DGPC, Catarina Oliveira