Tag Archive for: música em Elvas

Coral Públia Hortência de Castro, Elvas

Coros de Elvas

Agrupamentos vocais, história e atividade

Coral Públia Hortensia Castro

O Coral Públia Hortênsia de Castro participa em concertos de Natal e de Reis e outras festividades. Em 2024 celebrou o 36º aniversário no Museu de Arqueologia e Etnografia António Tomás Pires. Apresentou-se em concerto com a Banda 14 de Janeiro e com coros de Portugal e de Espanha.

Coral Públia Hortência de Castro, Elvas

Coral Públia Hortência de Castro, Elvas

Coro Beato Aleixo Delgado

O Coro Beato Aleixo Delgado é um coro com repertório vocacionado para a liturgia que celebrou a 17 de novembro de 2024, o seu 10º aniversário com um concerto solidário, na Igreja de São Domingos, em Elvas.

Coro Beato Aleixo Delgado

Coro Beato Aleixo Delgado

Coliseu Comendador José Rondão Almeida

Auditórios de Elvas

Centros de artes e espetáculos

Auditório São Mateus

Localizado no Largo Luís de Camões, o auditório foi renovado pela Câmara Municipal de Elvas, o Auditório São Mateus em Elvas é um espaço cultural de grande qualidade que acolhe uma variedade de eventos, incluindo cinema, palestras, reuniões, concertos e outras atividades culturais.

Coliseu Comendador José Rondão Almeida

Propriedade do Município, o Coliseu de Elvas é um pavilhão multiusos projetado para eventos de todo o tipo. Inaugurado em 2006, foi a segunda praça de touros de Portugal a estar coberta depois da Praça de Touros do Campo Pequeno em Lisboa. Dispõe de uma cobertura movível que permite a realização de espetáculos em qualquer altura do ano.

Coliseu Comendador José Rondão Almeida

Coliseu Comendador José Rondão Almeida

Ronca de Elvas, créditos Sete Maravilhas de Portugal

Instrumentos de Elvas

Roncas e outros instrumentos tradicionais

Ronca

ronca é o instrumento musical que acompanha os cantos de Natal em Elvas. É um membranofone de fricção constituído por uma estrutura cilíndrica com uma pele esticada numa das aberturas. É friccionado por uma cana fixada no centro da membrana. O executante, com a mão molhada, fricciona a cana fazendo vibrar a pele e produzir um ronco. Existe, com muitas designações (ronca, zamburra, zambomba, na Europa, África e América do Sul.

Luís pedras é, atualmente, o único artesão em Elvas a manter o fabrico de Roncas, numa cidade que já teve uma comunidade de oleiros e ceramistas (ainda existe a rua dos Oleiros). Foi introduzido na profissão de oleiro através de formações em cerâmica.

ronca é o instrumento musical que acompanha os cantos de Natal em Elvas. Os homens juntam-se nos espaços públicos em grupos informais. Cada um com a sua, tocam em conjunto e cantam à vez, improvisando sobre uma base poética tradicional.

Em Elvas, as roncas guardam-se em casa e só são usadas perto do natal. “As roncas não se emprestam” é um provérbio de Elvas que avisa quem empresta a sua ronca de que corre o risco que a devolvam danificada e imprópria para os cantes de natal.

Ronca de Elvas, créditos Sete Maravilhas de Portugal

Ronca de Elvas, créditos Sete Maravilhas de Portugal

O grupo Roncas d’Elvas tem reavivado e divulgado as tradições alentejanas e da cidade fronteiriça no Dia de Reis em várias localidades incluindo Lisboa, onde no Terreiro do Paço e na Casa do Alentejo. Em Dia de Reis não pode faltar o cantar ao menino. Animou utentes da ABAT em Terrugem onde foi acompanhado pelos pequenos reis do infantário da mesma instituição. Comemorou em Campo Maior onde, entre cantigas, a tomada de posse da nova presidente da CURPI, Anselmina Caldeirão. Apresentou-se em Arronches aos utentes da UCC da Santa Casa da Misericórdia. Na Casa da Cultura de Elvas, integrada na programação de Natal da Câmara Municipal de Elvas, expôs dezenas de roncas, instrumento típico da época natalícia e essencial nos cantares do Natal de Elvas.

Roncas D’Elvas – ARKUS, Associação Juvenil
Avenida 14 de janeiro n.º 15
Elvas, Portugal
Tlm. 969 514 374
Correio eletrónico: roncasdelvasarkus@gmail.com

Coreto do Jardim Municipal de Elvas, grades, créditos Júlia Galego, 2011

Coretos de Elvas

Coreto é um equipamento ao ar livre, em praças e jardins, concebido para bandas de música em concerto, festa e romaria. Em Portugal, é encontrado praticamente em todas as povoações, no seu centro ou junto a igrejas, santuários ou capelas. Também é hoje utilizado para outras apresentações musicais e culturais.

Elvas

Coreto do Jardim Municipal de Elvas

Coreto do Jardim Municipal de Elvas, grades, créditos Júlia Galego, 2011

Coreto do Jardim Municipal de Elvas, grades, créditos Júlia Galego, 2011

Coreto do Jardim Municipal de Elvas, grades, créditos Júlia Galego, 2011

Coreto do Jardim Municipal de Elvas, grades, créditos Júlia Galego, 2011

O Jardim Municipal de Elvas é o maior espaço verde da cidade e está localizado à saída da principal ligação do centro histórico aos bairros mais modernos da cidade. Para além de um parque infantil, o jardim dispõe de uma área para desportos radicais, um centro de ténis e um polidesportivo.

Num dos seus recantos mais pitorescos, um coreto recorda os tempos áureos das bandas filarmónicas. Entre finais de maio e início de junho, o Jardim Municipal de Elvas acolhe a Feira Escolar, onde os estabelecimentos de ensino do concelho fazem exposição e demonstração das suas principais atividades, atraindo centenas de pessoas.

Fonte: CME

Vila Boim

Coreto de Vila Boim, créditos José Trindade

Coreto de Vila Boim, créditos José Trindade

Segundo José Pernão, este coreto foi edificado em Elvas, na Praça, transitou para o Parque da Piedade, seguindo para Vila Boim.

Cidade de Elvas

Música em Elvas

Músicos, instituições, história, património, atividades e arte de temática musical no Concelho

O Musorbis é um projeto inovador de mapeamento musical do País e tem condições de ser desenvolver quando há parcerias com os municípios.

Conheça o melhor da cultura musical de Elvas:

músicos
personalidades ligadas à música (interpretação, instrumento, canto, composição, musicologia);

bandas filarmónicas
bandas de música

coros
agrupamentos vocais, história e atividade coral (Coral Públia Hortênsia de Castro, Coro Beato Aleixo)

ranchos folclóricos
grupos etnográficos

escolas de música
estabelecimentos de ensino da arte musical;

instrumentos
ronca de Elvas e seu papel na música, religião e sociedade;

órgãos de tubos
património organístico, órgãos históricos e modernos;

auditórios
centros de artes e espetáculos (Auditório São Mateus); Coliseu Comendador José Rondão Almeida

coretos
Jardim Municipal de Elvas

Cidade de Elvas

Cidade de Elvas

Academia de Música de Elvas
Escolas de Música em Elvas

Estabelecimentos do ensino de música no Concelho. Em geral, as bandas filarmónicas também possuem a sua escola de música: veja ao fundo informação sobre as bandas de música do Concelho.

Academia de Música de Elvas

Sítio: www.academiademusicadelvas.pt
Tel. (+00 351) 268 629 996

A Academia de Música de Elvas (AME) é uma escola do ensino vocacional da música reconhecida e tutelada pelo Ministério da Educação.

Academia de Música de Elvas

Academia de Música de Elvas

Rancho Folclórico de Elvas
Folclore em Elvas

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

Rancho Folclórico de Elvas

O Rancho Folclórico de Elvas foi fundado em 1975 para preservar e divulgar as tradições e a cultura popular alentejana. O conjunto representa os usos e costumes tradicionais dos antepassados através das músicas, das danças e passando pelos melodiosos cantares num claro tributo ao mundo rural.

Todas as danças foram recolhidas na região do Alto Alentejo, principalmente no concelho de Elvas, sendo as mais genuínas as “Saias de Elvas”. Do reportório do Rancho Folclórico de Elvas fazem também parte as “Saias da Orada”, “Saias de Campo Maior”, “Ora vai Tu” (Elvas), “Moda da Helena” (St.º Aleixo), “Vira de Seis” (Fronteira), “Dança dos Ovos” (Sousel), “Fandango Alentejano” (Arronches), “Moda da Navalha” (Vila Fernando), “Picadinha Alentejana” (Elvas), “Tai Pum” (Elvas), “Chapéu de Ganhão” (Portalegre), “Saias de S. Roque” (Elvas), “Saias de S. Romão”, “Saias de Vila Viçosa”, “Picadinha Valseada” (Fronteira), “Ao Passar do Ribeirinho” (St.º Aleixo) ou “São João” (Elvas).

As danças acima citadas representam os trabalhos, sobretudo agrícolas, do povo do norte alentejano (ceifa, desfolhada, apanha da azeitona, mondas das searas, os guardadores de gado e quadras festivas).

O Rancho Folclórico de Elvas exibe ainda uma variedade de trajes, tais como o/a azeitoneiro/a, ceifeiro/a, mondadeira, pastor, semeador, aguadeiro, cozinheira, entre outros. Desde o seu aparecimento, este grupo procura manter-se fiel aos valores culturais de extrema riqueza patrimonial na região do Alentejo.

O grupo tem feito e com sucesso a sua divulgação e promoção da sua cultura, não só com participações anuais em diversos eventos tanto a nível nacional, em festivais de folclore e iniciativas de norte a sul do país, como a nível internacional. Tem atuado em países europeus, com particular destaque para as comunidades de emigrantes portugueses no estrangeiro. É dentro deste espírito que o Rancho Folclórico de Elvas desenvolve a sua atividade, procurando assim, estabelecer laços de amizade com outras gentes.

É constituído por cerca de três dezenas de elementos, entre os 5 e os 70 anos de idade, que representam as tradições agrícolas e outras raízes da cidade de Elvas.

O Festival Internacional de Folclore conta sempre com a atuação do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico de Elvas. A iniciativa, que decorre sempre na Praça da República, ia na 28ª edição em 2018, pelos 45 anos de existência do Rancho.

Rancho Folclórico de Elvas

Rancho Folclórico de Elvas

Fontes do Musorbis Folclore:

A “Lista dos Ranchos Folclóricos” disponível na Meloteca e a informação nesta plataforma resultam de uma pesquisa aturada no Google e da nossa proximidade nas redes sociais. Foram revistos todos os historiais de grupos etnográficos de modo a facilitar a leitura.

Banda 14 de Janeiro (f. 1955)
Filarmónicas de Elvas

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

Banda 14 de Janeiro (f. 1955)

A Banda 14 de Janeiro foi criada em fevereiro de 1952 na Sociedade Recreativa 1º de Dezembro que lhe atribuiu o nome de Banda 1º de Dezembro. Por razões de ordem pessoal desligou-se da coletividade e em 12 de janeiro de 1955 foi-lhe, por Estatuto, atribuído o atual nome de Banda 14 de Janeiro.

Banda 14 de Janeiro (f. 1952)

Banda 14 de Janeiro (f. 1952)

A data de 14 de janeiro tem um forte e importante significado histórico para a cidade de Elvas, pois nela ocorreu e se comemora, ano após ano, a célebre Batalha das Linhas de Elvas em que se consolidou a Independência Nacional e se estabeleceu o feriado municipal do concelho de Elvas.

Embora muitos documentos se tenham perdido, as raízes e tradições musicais da cidade de Elvas são centenárias. Na data da criação da Banda (1952) foi integrado um grupo de músicos oriundos das antigas bandas militares das unidades sediadas em Elvas (Infantaria 35 e Caçadores 8) que ao tempo eram os grandes veículos e suportes da cultura musical enraizada nas populações ao redor. Desses músicos, a sua maior parte já era de idade avançada, muitos deles na faixa dos sessenta anos.

A Banda teve com seu primeiro regente e fundador Francisco Miranda Raposo, verdadeiro obreiro e exemplo de dedicação impar à causa da Música, sendo de toda a justiça salientar e enaltecer elogiosamente toda a ação que desenvolveu em prol das Bandas de Música. Tem participado ao longo da sua vida em numerosas atividades musicais, quer em Portugal quer em Espanha.

Possui cerca de 36 elementos executantes. Mantém em funcionamento uma Escola de Música com principal incidência nas camadas jovens, donde saem a maioria dos seus executantes. Além da Banda de Música possui uma Orquestra Ligeira com 22 elementos repartidos por uma área instrumental e outra de cordas, teclas e canto.

A Banda 14 de Janeiro foi distinguida em 1980 pela Câmara Municipal de Elvas com o Diploma de Honra da Cidade de Elvas. É Membro da Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio desde 1980. Aderiu à Federação das Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre em 2001 sendo admitida como Membro Efetivo.

Banda 14 de Janeiro (f. 1955)

Banda 14 de Janeiro (f. 1955)

O seu estandarte de cor e fundo bordeaux tem ao centro bordado a ouro a lira como símbolo da música e o brasão de armas da Cidade de Elvas ladeados por espigas de trigo atadas em laçarote de pontas estendidas com os seguintes dizeres Banda 14 de Janeiro e em toda a volta é envolvida com franja dourada.

Em 2025 celebra 70 anos.

Gilberta Paiava, pedagoga, de Elvas
Músicos naturais do Concelho de Elvas

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

Gilberta Paiva

Gilberta Paiava, pedagoga, de Elvas

Gilberta Paiava, pedagoga, de Elvas

Paco Bandeira

Paco Bandeira, cantautor, de Évora

Paco Bandeira, cantautor, de Évora

Órgãos de tubos do concelho de Elvas [8]

De acordo com as informações de que dispomos, os órgãos de tubos existentes no concelho são os seguintes:

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

[ dos Terceiros ]

As Ordens Terceiras são associações de leigos católicos vinculadas às tradicionais ordens religiosas medievais, de franciscanos (São Francisco de Assis), carmelitas (do Monte Carmelo) e dominicanos (São Domingos).

A igreja é um edifício de arquitectura religiosa, barroca, Rocaille, popular.

A palavra portuguesa “barroco” define uma pérola de forma irregular (pérola imperfeita). O estilo, da primeira metade do século XVIII, seguiu-se ao estilos renascentista e maneirista.

Igreja setecentista com Capela-mor e retábulos que a ladeiam todos forrados a ouro, decorados com putti (meninos gosrdinhos), os símbolos da Eucaristia, atlantes (figura antropomorga titânica), contracurvados, querubins (anjos) no Estilo Nacional; silhar de azulejos azuis e brancos com cenas da vida de São Francisco de Assis (1181/1182-1226) com legendas em cartelas (elementos decorativos ovais), e molduras com concheados; portais e janelas rematados por frontões curvilíneos e contracurvados, retábulos laterais em mármore.

A riqueza da decoração interior; o edifício anexo do exterior sugere uma construção palaciana com o seu andar nobre com janelas de sacada coroadas por frontões curvilíneos.

O pavimento composto por lajes de mármore branco emolduradas por tiras de mármore negro-azulado, compondo tampas de sepultura numeradas para organização do espaço permite perceber como era a organização do espaço funerário e encontra paralelo na igreja de São Domingos, e nas igrejas da Conceição e dos Agostinhos em Vila Viçosa; certos cargos da Ordem como o dos “síndicos” e dos “definidores” tinham local de enterramento especifico como demonstram as inscrições gravadas em algumas tampas de sepultura demonstrando que o espaço funerário não era aleatório.

Fonte: Moumentos

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

Igreja de Nossa Senhora das Almas

[ de São Lourenço das Almas ]

A igreja de São Lourenço em Elvas é referida desde 1332, pelo que se julga ter sido construída entre os séculos XIII e XIV. No entanto, a atual igreja de São Lourenço viria a ser edificada no séc. XVI. No exterior destaca-se um painel de azulejos do séc. XIX com a representação de São Lourenço.

No interior, observa-se o altar-mor de talha dourada do séc. XVII, dominando a parte superior um retábulo representando “São Lourenço implorando pelas almas”.

Fonte: CME

São Lourenço, também conhecido como Lourenço de Huesta ou Valência, nasceu em 225 e morreu martirizado em 258, no dia 10 de agosto, em Roma. Está entre os diáconos do início da Igreja de Roma. Eles eram considerados os guardiões dos bens da Igreja e dispensadores de ajuda aos pobres. O nome Lourenço é o mesmo que Laureamtenens, que significa Coroa feita de Louro, como os vencedores recebiam após suas vitórias. Lourenço obteve a vitória na sua paixão. São Lourenço foi ajudante do Papa Sisto II e responsável por um centro dedicado aos pobres.

Igreja de Nossa Senhora das Almas

Igreja de Nossa Senhora das Almas

Igreja de Nossa Senhora das Dores

A construção da atual igreja de Nossa Senhora das Dores começou em 1780 e terminou em 1796, no local onde antes estava a Igreja de Santa Maria Madalena.

No interior do templo não podemos deixar de destacar não só a Capela-mor e os quatro altares laterais pintados a imitar mármore, mas também os variadíssimos trabalhos em alvenaria que aí se encontram desde a temática profana a emblemas religioso.

Ao lado da Igreja, num quintal anexo, situava-se o antigo cemitério da Santa Casa da Misericórdia desde o séc. XVI até 1845.

Fonte: CME

A devoção à “Mater Dolorosa”, muito difundida, sobretudo nos países do Mediterrâneo, desenvolveu-se a partir do final do século XI. Em 1814, o Papa Pio VII incluiu-a no calendário litúrgico romano, fixando-a em 15 de setembro, no dia seguinte à festa da Exaltação da Santa Cruz. O “Stabat Mater”, atribuído ao Frei Jacopone de Todi (1230-1306), está na origem de obras primas da música (sendo de Pergolesi a mais conhecida). No século XV, encontramos as primeiras celebrações litúrgicas sobre Nossa Senhora das Dores, “em pé” junto à Cruz.

Igreja de Nossa Senhora das Dores

Igreja de Nossa Senhora das Dores

Igreja de Santa Maria de Alcáçova

A Igreja de Santa Maria de Alcáçova foi construída no séc. XIII no local onde se encontrava a principal mesquita de Elvas. Inicialmente de padroado real, foi doada à Ordem de Avis por D. Dinis em 1303.

A sua adaptação de mesquita a igreja cristã foi feita ao longo dos tempos, o que faz que hoje do templo islâmico só possamos observar os vestígios de um mirhab no exterior e a grande cisterna.

A Capela-mor é funda e do séc. XVIII. Destaca-se também a talha dourada de uma Capela colateral do séc. XVII e de uma Capela lateral do séc. XVIII.

Igreja de Santa Maria de Alcáçova, Elvas

Igreja de Santa Maria de Alcáçova, Elvas

Igreja de São Domingos

[ do antigo Convento de São Domingos ]

Igreja de São Domingos

Igreja de São Domingos

Edifício modelo da arquitectura gótica mendicante portuguesa, o Convento de São Domingos foi fundado em 1267 e construído durante o último terço do séc. XIII no local da ermida de Nossa Senhora dos Mártires.

Sofreu várias modificações a partir do séc. XV, no séc. XVII recebeu uma nova fachada ao estilo Barroco e no século seguinte as capelas laterais em mármore.

Funcionava em São Domingos não só um convento mas também uma albergaria e um hospício, demolido durante as Guerras da Restauração, porque esta parte do convento coincidia com a construção do novo lanço de muralhas.

A igreja, com uma fachada barroca, mas com um interior gótico é um extraordinário exemplo da arquitectura medieval. Destacam-se a Capela-mor e colaterais, do séc. XIII, as capelas laterais do séc. XVIII, a azulejaria setecentista que conta a vida de São Domingos, a Sala do Capítulo com o seu mobiliário e ainda o grande órgão construído pelo alemão Hulenkampf no séc. XVIII.

Em 1834, após a extinção das ordens monásticas, o que restou do convento foi secularizado ao albergar um quartel militar, e hoje faz parte do Museu Militar de Elvas.

Órgão J. H. Hulenkampf ? construído no século XVIII; desmontagem, inventariação e proposta de restauro pela Oficina e Escola de Organaria, de Esmoriz, em 1996, opus 19.

Igreja do Senhor Jesus da Piedade

[ Santuário do Senhor Jesus da Piedade ]

Igreja do Senhor Jesus da Piedade

Igreja do Senhor Jesus da Piedade

Excelente exemplar da arquitetura religiosa setecentista, de estilo Barroco, a Igreja do Senhor Jesus da Piedade situa-se extramuros da cidade de Elvas, junto ao atual Parque da Piedade, onde anualmente, a 20 de setembro, se faz a Feira de São Mateus.

Com características barrocas que mesclam a tradição nacional com influências da Europa Central e do Brasil, a Igreja foi construída entre 1753 e 1779. Tem como antecedente uma Capela construída em 1737, por iniciativa do Padre Manuel Antunes. A cura do próprio pároco e de muitos que se deslocaram ao local criaram um mito acerca do local que rapidamente se alastrou a toda a cidade e às suas redondezas.

No seu interior destacam-se a Capela-mor e as capelas laterais onde estão telas pintadas por Cyrillo Volkmar Machado representando “Nossa Senhora da Graça” e o “Arrependimento de São Pedro”. Na sacristia, existe um visitável núcleo museológico onde está patente uma coleção de milhares de ex-votos desde 1737 até à atualidade, dedicados ao Senhor Jesus da Piedade.

Fonte: CME

Antiga [ Catedral ] de Elvas

[ Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Assunção ]

Antiga Sé Catedral de Elvas

Antiga Catedral de Elvas

A construção da então igreja de Nossa Senhora da Praça foi principiada em 1517 segundo o traço do arquitecto régio Francisco de Arruda que trabalhava ao mesmo tempo no Aqueduto da Amoreira. Possui um carácter fortificado, com uma torre como fachada.

Em 1570 com a criação do bispado de Elvas pelo Papa Pio V, a igreja de Nossa Senhora da Praça transformou-se na de Elvas, título que viria a perder em 1881.

Em termos artísticos, a de Elvas é um templo originalmente manuelino, mas que perdeu esta traça durante os séculos após alterações mandadas fazer nele pelos bispos da cidade.

São de salientar no exterior o seu portal Neoclássico e os portais laterais manuelinos, enquanto no interior o visitante poderá ver uma decoração feita com motivos fito, zoo e antropomórficos, próximos do imaginário medieval.

Em redor de todo o corpo da igreja corre um silhar de azulejo policromo de laçaria e rosas.

A Capela-mor, em mármore de várias cores, é de estilo Barroco.

Destaca-se ainda o soberbo órgão situado no coro-alto.

coro altoórgão histórico da autoria de D. Pascoal Caetano Oldovini (Oldoni, Oldovino ou Olduvini), 1763, [ II ; 8 (3+5) ]; restaurado pela Oficina e Escola de Organaria, em 2016, opus 68.

órgão positivo histórico [ I; 4(0+1) ] da autoria de D. Pascoal Caetano Oldovini (Oldoni, Oldovino ou Olduvini), construído em 1758, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria em 2015, opus 66.

Além do património organístico, há a considerar o património sineiro que tem um lugar importante na paisagem sonora de Elvas e na própria arquitetura. Há igrejas que têm uma ou duas torres sineiras e outras que não têm.

FOI NOTÍCIA

Linhas.pt noticiava a 26 fevereiro 2016:

Um recital comemorativo marca a conclusão da obra de conservação e restauro do órgão da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga de Elvas, na próxima sexta-feira, 4 de Março, pelas 21 horas.

O concerto inaugural deste majestoso órgão, restaurado após quase 80 anos sem tocar, conta com a presença do Arcebispo de Évora, D. José Alves; do presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha; da directora Regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, entre outras entidades.

O recital conta com apresentação de Rui Vieira Nery, sendo que no órgão vai estar João Vaz, conceituado músico que tem tocado em vários órgãos no país, e marca o regresso da música à de Elvas por este instrumento musical, sendo que será um espectáculo único e inesquecível.

Esta é uma organização da Câmara Municipal de Elvas, Direcção Regional de Cultura do Alentejo e Fábrica da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Assunção.

Este foi um investimento na ordem dos 150 mil euros, financiado através de um contrato de financiamento a projectos de património cultural (Conservação e Restauro dos órgãos Históricos), promovidos pela autoridade de gestão do INALENTEJO, e que incluiu o restauro da caixa, assim como o tratamento da superfície da estrutura, que apresentava peças muito danificadas, e das disjunções, para que fosse possível que o órgão voltasse a tocar e a ficar funcional.