Filarmónicas de Estremoz
Bandas de Música, história e atividades no Concelho
- Sociedade Filarmónica Artística Estremocense
- Sociedade Filarmónica Lusitana de Estremoz
- Sociedade Filarmónica Veirense
Sociedade Filarmónica Artística Estremocense
A Sociedade Filarmónica Artística Estremocense foi fundada em 11 de agosto de 1871. Desde o primeiro momento, a sua principal atividade foi na música filarmónica com a constituição e manutenção da Banda Filarmónica. O seu primeiro fardamento foi estreado em 1891, custeado pelos músicos filarmónicos a partir de atuações realizadas em diversos eventos. Foi-lhe conferido, pela Comissão Administrativa Municipal de Estremoz, em 1926, o título de Banda Municipal, tendo-lhe sido entregue uma fita com as armas de Estremoz para o estandarte. Foi galardoada com a Medalha de Dedicação da Cruz Vermelha Portuguesa em 1929. É Sócia Benemérita da Liga dos Combatentes desde 29 de setembro de 1955. É associada do INATEL, da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto e da Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Évora.
Tem sido ponto de encontro de gerações e gerações de estremocenses, sendo de salientar a fundação, no seu seio, do Orfeão de Estremoz “Tomaz Alcaide” em 1930 e a Orquestra Típica Alentejana e o seu Rancho Folclórico em 29 de Setembro de 1955. Na lira do seu estandarte encontram-se testemunhos e recordações das várias localidades visitadas pela Banda Filarmónica, desde o Norte ao Algarve, passando pela Região de Lisboa, por todo o Alentejo e pela Extremadura (Espanha). Para além da participação nas marchas Populares e noutros eventos locais, tem colaborado desde sempre no Carnaval de Estremoz.
SFAE
Sociedade Filarmónica Artística Estremocense
A coletividade conta atualmente com 200 associados e mantém em funcionamento a Banda Filarmónica, constituída por 40 músicos com idades entre os 10 e os 68 anos. Tem igualmente em atividade uma Banda Juvenil, cuja primeira apresentação pública se realizou em 2006. A Escola de Música encontra-se a funcionar em pleno, contando com 48 alunos, sendo a respetiva formação ministrada por 4 professores de diversas áreas.
Sociedade Filarmónica Lusitana de Estremoz
A Sociedade Filarmónica Lusitana de Estremoz foi fundada a 25 de agosto de 1840, quando ostentava no seu nome o título de “Real”. A escola da Lusitana conta atualmente com uma dezena de jovens aprendizes, que recebem lições gratuitas, ministradas por músicos que integram a banda e pelo maestro Luís Ferreira de Matos, sendo que não recebem qualquer remuneração. A filarmónica – nascida a partir da extinta Banda Marcial do Batalhão de Voluntários de Estremoz da Senhora D. Maria II conta com um total de 30 músicos – conta, na sua composição, com uma maioria de jovens com idades entre 15 e 30 anos.
Sociedade Filarmónica Lusitana de Estremoz
O nome “Luzitana” surgiu em 1875 e, em janeiro de 1894, por despacho da Direção Geral da Administração Política e Civil do Ministério dos Negócios do Reino, D. Carlos distinguiu-a com o galardão de “Real” – denominação que viria a perder com o fim da monarquia em 1910. No mesmo ano, o monarca foi eleito seu presidente honorário. Na época, a filarmónica deslocava-se regularmente ao Paço Ducal de Vila Viçosa para animar festas e jantares com a presença do rei D. Carlos.
A Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio classifica-a como a Banda Filarmónica mais antiga de Portugal com atividade ininterrupta e esta coletividade já foi agraciada com a medalha de ouro de Instrução e Arte e com a medalha de Mérito Municipal.
SFL
Sociedade Filarmónica Lusitana de Estremoz
Sociedade Filarmónica Veirense
Em 1870 deu-se a primeira aparição pública e oficial da Banda de Música da Sociedade Filarmónica Veirense sob a regência do professor primário e seu primeiro maestro Joaquim Paulo de Albuquerque. Foi José Maria Cortes, seu fundador e grande latifundiário residente na Vila de Veiros que, em 1869, deu início a ao processo.
Os executantes desta banda pertenciam às mais variadas profissões. O esforço levado a cabo por estes homens no sentido de conciliar o seu trabalho e a aprendizagem da música foi meritório não só porque possuíam uma fraca e, por vezes, inexistente formação escolar, mas também porquanto viviam numa época de grande agitação política e social.
Muitos foram os que contribuíram para manter a coletividade, com destaque para o benemérito e continuador da obra do seu tio, José Mota de Matos Cortes. A banda da Sociedade Filarmónica Veirense manteve ininterrupta a sua atividade musical ao longo da História. Participou em inúmeros encontros de bandas, corridas de touros, festividades religiosas e profanas, cerimónias oficiais, intercâmbios e algumas participações em Espanha.
Desempenhando uma prestimosa função nas áreas da cultura artística e recreativa, que muito valoriza a terra e a cultura musical da região, em geral, a Banda de Música da Sociedade Filarmónica Veirense conta com um quadro efetivo de 55 músicos. Em 1981 passou a ser dirigida pelo Maestro Francisco António Bagorro Lopes. Além da banda, a S. F. V. conta com uma Escola de Música, frequentada por 40 alunos.