Folclore em Macedo de Cavaleiros
Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho
- Região: Trás-os-Montes e Alto Douro (Trás-os-Montes)
- Distrito: Bragança
- Concelho: Macedo de Cavaleiros
02 grupos
- Grupo Cultural e Recreativo da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros
- Grupo de Caretos de Podence
Grupo Cultural e Recreativo da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros
Em 1977, o então Grupo Coral da Paróquia de S. Pedro, de Macedo de Cavaleiros, que tinha como atividade exclusiva a animação litúrgica, no que era acompanhada por um órgão já gasto, sentindo a necessidade de adquirir um outro que melhor pudesse desempenhar as suas funções, encontrou no Teatro a aposta ideal para a angariação de fundos que lhe permitisse concretizar tal desejo. Mais tarde a atividade foi estendida também ao folclore.
Os trajes e adereços usados são essencialmente trajes de trabalho já que o concelho de Macedo de Cavaleiros, também antigamente conhecido pelo concelho da foice, era essencialmente um concelho onde a agricultura era a sua atividade principal. Para além destes, de notar ainda os trajes mais ricos – gente rica e abastada. De salientar ainda, pela sua singularidade e espetacularidade, os trajes dos “Caretos de Podence”.
As danças e cantares recolhidas e exibidas fazem parte dos tradicionais jogos de roda que, em alturas festivas, sobretudo na Páscoa e Pascoela, e depois de um período de recolhimento que era a Quaresma, eram dançadas nos largos fronteiriços da antiga vila, depois de os sinos tocarem, no sábado de aleluia e após a Queima do Judas.
Há ainda outras, recolhidas em algumas aldeias do concelho, relacionadas com o trabalho agrícola, nomeadamente a apanha da azeitona, segadas, malhadas e outros que, quando acabavam e apesar do cansaço dos seus intervenientes, transpiravam a alegria, dançando e cantando.
Outras ainda eram cantadas nos longos serões e fiadeiros, transmitidas de geração em geração, ou nas festas cíclicas vividas em cada estação do ano.
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Grupo de Cantares de Podence
Em 1985, os Caretos de Podence organizaram-se e transformaram o grupo numa associação cultural, com o objetivo principal de preservar estes eventos tradicionais. Como símbolo da cultura do nordeste transmontano estes mascarados têm sido convidados a participar em vários acontecimentos culturais e recreativos ao longo do país, sobretudo quando é possível integrar a animação de rua.
A associação, liderada por António Carneiro, tem sido uma verdadeira embaixatriz desta tradição das festividades de Inverno e a grande responsável pela recuperação de uma tradição milenar. Em conjunto com a autarquia de Macedo de Cavaleiros tudo tem feito para preservar esta tradição e para dela fazer património mundial.
Em Portugal, este Grupo tem percorrido o país de norte a sul nos mais diversos acontecimentos culturais e recreativos, sendo ainda tema de investigação na área da Antropologia Cultural e Social, participando também nos mais diversos programas televisivos da atualidade. Conta também com algumas atuações a nível internacional.
Enquadram-se em qualquer festividade ou animação cultural de preferência animação de rua ou “Parade” com parte instrumental. Está-se perante um grupo que faz a diferença em termos de originalidade, alegria, cor, e sedução pelo mistério num clima verdadeiramente fantástico apresentando uma coreografia fora do vulgar.
GCP