Tag Archive for: música em Miranda do Douro

Festival Intercéltico de Sendim

Festivais e outros eventos de música e dança no Concelho

Festival Intercéltico de Sendim

O Festival Intercéltico de Sendim, em Miranda do Douro, regressa em 2022 na 21ª edição, nos dias 5 e 6 de agosto, após dois anos de interregno devido às restrições da pandemia de covid-19, com entrada grátis.

“Regressamos sem bilheteira e todos os concertos e as habituais atividades paralelas e eventos serão gratuitos, de portas abertas para todos quantos queiram usufruir das músicas com as quais costumamos fazer a festa intercéltica”, disse à Lusa o diretor do festival, Mário Correia.

A programação do festival, que vai já na sua 21ª edição, começa na noite do dia 5 de agosto, no palco INATEL, ao som das arruadas de gaiteiros mirandeses. O evento conta ainda com os galegos Parbo, o espetáculo 3×4, com La Musgaña e Vanessa Muela e o grupo mirandês Trasga. No dia 6 de agosto à tarde, na Casa da Cultura, atuam Manuel Guimarães e Carlos Zíngaro, num regresso a Sendim. À noite, de novo no palco INATEL (de novo trazidos para o recinto ao som das arruadas de gaiteiros mirandeses), o espetáculo está a cargo do grupo Cataventos.

Festival Intercéltico de Sendim

Festival Intercéltico de Sendim

Caixa Mirandrum, Portugal
Oficinas de instrumentos musicais em Miranda do Douro

Construção artesanal, reparação e restauro de instrumentos no Concelho

Mirand(r)um

Mirandrum é um ateliê de instrumentos de percussão tradicional, membranofones, idiofones e acessórios. Do seu portefólio constam caixas com corpo de latão, corda com afinadores em couro e bordão de tripa natural; restauro e aumento de correia/cinto para bombo; fabricação de correia com 2 pontas de engate para bombo; tracanholas disponíveis nas madeiras de carrasco (azinheira), buxo, oliveira, granadilho e wengué, com fio em cabedal para se tornarem inseparáveis e bolsa em couro opcional, feita à mão; maços de bombo de madeira de faia com revestimento em pele (couro).

Correio eletrónico: mirandrum@gmail.com

Maços de bombo Mirandrum

Maços de bombo Mirandrum

Caixa Mirandrum, Portugal

Caixa Mirandrum, Portugal

Tracanholas Mirandrum, Portugal

Tracanholas Mirandrum, Portugal

Tracanholas e bolsa Mirandrum, Portugal

Tracanholas e bolsa Mirandrum, Portugal

Associação Filarmónica Mirandesa - Banda de Música
Filarmónicas de Miranda do Douro

Bandas de Música, história e atividades no Concelho

Associação Filarmónica Mirandesa – Banda de Música

AFMBM

Associação Filarmónica Mirandesa - Banda de Música

Associação Filarmónica Mirandesa – Banda de Música

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio
Folclore em Miranda do Douro

Grupos etnográficos, tradições e atividades no Concelho

  • Região etnográfica: Trás-os-Montes e Alto Douro (Trás-os-Montes)
  • Distrito: Bragança

07 grupos

  • Associação Miradanças
  • Grupo de Pauliteiros de Sendim
  • Grupo de Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo
  • Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio
  • Grupo Folclórico Mirandês de Duas Igrejas
  • Lérias Associação Cultural
  • pauliteiros de Miranda
Associação Miradanças

Sediada na freguesia e concelho de Miranda do Douro, a Associação Miradanças foi fundada em 2006.

Trabalha para preservar as tradições da terra. Procura estimular e incutir nas camadas mais jovens o gosto pela divulgação e promoção de uma cultura genuína, plena de uma riqueza invulgar de saberes acumulados ao longo de séculos e transmitidos de geração em geração.

Através do Miradanças, o conhecido baile dos paus bem como os bailes mistos e os jogos típicos do concelho ganharam nova roupagem.

Toda essa cultura, tradicionalmente associada ao mundo rural, recebeu um novo impulso na cidade de Miranda do Douro.

À Associação Miradanças pertencem os seguintes grupos: danças mistas de adultos e danças mistas infantis; grupo de pauliteiras; grupo de pauliteiros; grupo de gaiteiros.

Grupo de Pauliteiros de Sendim

O Grupo de Pauliteiros de Sendim foi fundado em 2007.

Pauliteiros são os praticantes da dança guerreira característica das Terras de Miranda, chamada de dança dos paus, representativa de momentos históricos locais, acompanhada com os sons da gaita de foles, caixa e bombo. Tem  a particularidade de ser dançada por oito homens, que vestem saia bordada e camisa de linho, um colete de pardo, botas de cabedal, meias de lã e chapéu, que pode estar enfeitado com flores e finalmente por dois paus (palos), com os quais estes dançadores fazem uma série de diferentes passos e movimentos coordenados.

O reportório musical da dança dos paus chama-se lhaços, e é constituído pela música, texto e coreografia. Os executantes chamam-se pauliteiros, pois utilizam paus para tocar com danças.

Grupo de Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo

Este tipo de dança de origem indo-europeia, chegou ao Planalto Mirandês provavelmente por via celta. Antes da cristianização, estas danças estavam integradas em celebrações pagãs, que posteriormente o Cristianismo transportou para as suas festas religiosas. Assim em Palaçoulo, a festa anual em que desde tempos imemoriais, compete aos pauliteiros atuarem ritualmente e com todo o cerimonial, é a antiga festa das colheitas, em honra de Santa Bárbara.

Os Pauliteiros de Palaçoulo, após um interregno, aproximadamente de vinte anos, fizeram-se representar novamente em 1978 na Festa de Santa Bárbara, com os seus variadíssimos números denominados “lhaços”, não mais tendo parado de levar a todo Portugal e Estrangeiro este património cultural.

A Associação que os Pauliteiros representam foi fundada em 9 de dezembro de 1980, tendo ao longo dos anos adotado diversos nomes. Atualmente denomina-se de CARAMONICO – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Palaçoulo.

Além do Folclore e em especial as danças dos Pauliteiros, a Associação tem como finalidade a promoção cultural, social, cívica e física dos seus associados, através de cursos, encontros, leituras, publicações, convívios, passeios, espetáculos, projeções com meios audiovisuais, festas, artesanato e valorização físico-desportiva, como sejam, o desporto, a caça, a pesca, o atletismo e outros.

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio

Os primeiros documentos oficiais em arquivo relativos  ao Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio referem a sua deslocação a Londres (Inglaterra) em 1933. Pela primeira vez foram utilizados os seus atuais trajes que para tal efeito foram oferecidos pela embaixada de Inglaterra, dado que as suas danças se assemelhavam aos costumes e tradições da Escócia e da Irlanda do Norte.

A partir de então, o grupo percorreu o país e apresentou-se várias vezes no estrangeiro. Esteve em Londres em 1933; Madrid (Espanha), onde os pauliteiros de Cércio ganharam o 1.º prémio, no concurso internacional de danças e canções a que concorreram dezoito nações, em 1949; Angola, onde permaneceu cerca de três meses em digressão em 1947; França, em 1987; Estados Unidos da América em 1988; Brasil, Salvador da Baía em 2003.

O grupo foi convidado a participar nos anos 1960 no filme “Portugal”, que na época resultou num grande êxito. A partir de 1960, com ressentiu-se com a emigração, tendo ficado inativo durante alguns anos. A reorganização ocorreu em 1964, então com 16 dançadores (caso único) em vez de 8.

Convidado a atuar nos melhores festivais de folclore no país como no estrangeiro, o grupo tem mantido o espírito dos antepassados. Após uma paragem de 5 anos, o grupo voltou a reunir-se com membros mais jovens e com as instruções de alguns membros constituintes das formações anteriores.

GFPC

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio

GFPC

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio, créditos Sérgio Albino

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio, créditos Sérgio Albino

GFPC

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio, créditos Sérgio Albino

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio, créditos Sérgio Albino

GFPC

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio, créditos Sérgio Albino

Grupo Folclórico dos Pauliteiros de Cércio, créditos Sérgio Albino

Flauta e tamboril

Tamborileiro mirandês

Tamborileiro mirandês

Grupo Folclórico Mirandês de Duas Igrejas

O Grupo Folclórico Mirandês de Duas Igrejas (pauliteiros de Miranda) foi fundado em 1945 pelo Padre António Maria Mourinho, pároco da freguesia de Duas Igrejas.

É constituído por 32 componentes, 22 dos quais são homens e 10 mulheres.

A variedade dos seus trajos e adornos e a pureza e autenticidade do seu reportório, constituído por numerosas canções e bailados, fazem dele um interessantíssimo e rico elenco etnográfico distribuído por três secções de danças: danças masculinas (pauliteiros); danças mistas, com coro e acompanhamento; danças mistas sem coros.

Na indumentária, destacam-se o agrupamento das «Flores», suas sombrinhas e outros pertences, e os mordomos da festa de S. João Evangelista, pelo Natal, com suas varas enramadas ao gogo, encimadas por maçãs, fitas e flores e os alforjes a pedirem a esmola para a festa. Estes mordomos depois, no baile, fazem a barba aos festeiros e cortam-lhes o cabelo, dando-lhes uma maçã que eles mordem para desempenharem a cadeira.

Os instrumentos musicais usados são simples e primitivos: gaita de fole, caixa e bombo, flauta pastoril, ferrinhos, conchas, castanholas, pandeiros e pandeiretas.

Formado por simples camponeses, tornou-se escola de conservação e execução do folclore mirandês, pelos mesmos filhos da terra, no seu próprio meio.

Grupo Folclórico Mirandês de Duas Igrejas

pauliteiros de Miranda

À semelhança da maioria das aldeias do planalto Mirandês, teve Fonte de Aldeia desde tempos imemoriais um grupo de pauliteiros (aliás o primeiro registo escrito sobre este tipo de dança alude precisamente a Fonte de Aldeia) que dançava especialmente na festa de Santa Bárbara, (festa de dança), percorrendo as ruas da aldeia pedindo esmola para a referida festa, e na qual o grupo é o organizador (mordomo) da festa.

A partir de finais da década de 1950 esta tradição perdeu-se e foi recuperada em 1998 graças a um grupo de jovens orgulhosos da sua terra, tradição e cultura, determinados em aprender e mostrar ao mundo, esta dança tão característica das Terras de Miranda.

No grande êxito desta recuperação, esteve sempre a ACReFA, a associação cultural e recreativa da aldeia, à qual o grupo esteve sempre ligado.

Desde 2000 que o grupo se encontra ligado ao Galandum Galundaina, prestigiado grupo de música tradicional mirandesa, também ele constituído por filhos da terra.

Desde o seu início, o grupo teve oportunidade de percorrer o país de norte a sul e ilhas com enumeras participações em programas televisivos.

Conta ainda com diversos espetáculos em Espanha bem como na França, Alemanha, Bélgica, Croácia, Cuba e Macau.

EDIÇÕES

cancioneiro tradicional Mirandês

A 20 de setembro de 2021 foi noticiado que está disponível na loja do Museu da Terra de Miranda e na rede de lojas Cultura Norte.

“Já está disponível ao público a reedição do cancioneiro tradicional Mirandês, I e II volumes, uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Norte, ao abrigo do Projeto Territórios Musicais – TERMUS.

A parceria transfronteiriça une o Museu da Terra de Miranda e do Museo Etnográfico de Castilla y León na importante tarefa de preservação da memória da tradição oral musical em Portugal e Espanha.

Reeditada quase quatro décadas após a primeira edição, os registos contidos na obra integram, ainda hoje, o reportório musical dos grupos de música popular tradicional da Terra de Miranda.

É a música popular e religiosa, a dança e coreografia, as canções dos serões, dos fiadouros, das mondas, das ceifas, das trilhas, dos cardadores, de embalar, que dão corpo ao riquíssimo campo do património imaterial mirandês, reunido em dois volumes por António Maria Mourinho etnógrafo e fundador do Museu da Terra de Miranda, e Francisco Serrano Sequeira Baptista, responsável pelo trabalho de recolha publicado no segundo volume desta edição.

A reedição do cancioneiro tradicional Mirandês visa a preservação e recuperação da memória da tradição oral musical, fundamental para a manutenção da cultura popular, num projeto com uma visão mais abrangente do património musical, no qual convergem tradição e modernidade: a tradição associada à memória e à herança cultural musical e a modernidade associada à normal evolução, adaptação e reinvenção das comunidades locais.”

Fontes:

No Musorbis foram revistos todos os historiais de grupos etnográficos. Para facilitar a leitura, foram retirados pormenores redundantes e subjetivos, e foram corrigidos erros de português.

Ponteira, caixa e charamela, Museu Terras de Miranda
Museus de Música em Miranda do Douro

Coleções musicais no Concelho

Museu da Terra de Miranda

O Museu da Terra de Miranda possui e continua a adquirir novas peças para integrar, ampliar, diversificar e atualizar a coleção de instrumentos musicais. Recentemente, foram integradas mais peças: uma charamela, uma caixa e duas ponteiras (estas feitas em madeira de buxo). As aquisições foram concretizadas através do projeto Termus – Territórios Musicais, um projeto europeu de cooperação transfronteiriça desenvolvido pelo Museu da Terra de Miranda e pelo Museo Etnográfico de Castilla y León.

O projeto visa a recuperação, conservação e valorização do Património Material e Imaterial relacionado com a música tradicional e popular na Terra de Miranda (Portugal) e na província castelhano e leonesa de Zamora (Espanha), através da recolha sistemática e da difusão de testemunhos orais que preservem a solidez da memória sonora deste território e a sua diversidade cultural. (25/03/2021)

Ponteira, caixa e charamela, Museu Terras de Miranda

Ponteira, caixa e charamela, Museu Terras de Miranda

O Museu da Terra de Miranda está situado no centro histórico de Miranda do Douro, instalado na antiga Domus Municipalis da cidade, edifício do século XVII. Fundado em 1982, o museu evoca o tempo longo do planalto mirandês. A visita permite descobrir traços característicos da vida social e cultural de uma região cuja forte identidade, manifesta na presença da língua mirandesa (segunda língua oficial da República Portuguesa desde 1999) e ancorada na agricultura, na pecuária e no comércio de fronteira, passa hoje por evoluções profundas e rápidas.

António Maria Mourinho, etnógrafo, de Miranda do Douro
Músicos naturais do Concelho de Miranda do Douro

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

  • António Mourinho (folclorista, 1917-1996)

António Maria Mourinho

António Maria Mourinho, etnógrafo, de Miranda do Douro

António Maria Mourinho, padre, etnógrafo

Com capa de honras no pátio da casa

António Maria Mourinho, etnógrafo, de Miranda do Douro

António Maria Mourinho, etnógrafo, de Miranda do Douro

Programa do Centenário

António Maria Mourinho, etnógrafo, de Miranda do Douro

António Maria Mourinho, etnógrafo, de Miranda do Douro

António Maria Mourinho (14 de fevereiro de 1917 – 13 de julho de 1996) foi padre, professor, historiador, etnógrafo e folclorista. A etnologia e a arqueologia foram áreas de conhecimento que o apaixonaram e às quais se dedicou com entusiasmo e afeição em grande parte da sua vida, podendo colocar a criação do museu como um marco do seu trabalho, e, num dos seus maiores sonhos e ambições. Sonho este, que começa a ganhar forma, através de uma recolha sistemática, pensada para o efeito e orientando também a ideia de preservar toda uma riqueza arqueológica, e etnográfica, orgulho de toda esta região, tão rica em história e em arte, e que se encontrava dispersa deficientemente protegida ou mesmo em vias de destruição.

Por fim, concretizando um desejo de longa data no dia 18 de maio (Dia Internacional dos Museu) de 1982 foi inaugurado o Museu da Terra de Miranda ficando instalado no antigo edifício da Câmara Municipal, e antiga cadeia comarcã, já adaptados para o efeito. António Maria Mourinho era apaixonado pela sua terra, pela sua cultura e pelas suas gentes, trabalhou intensamente para o fortalecimento da identidade da Terra de Miranda pela via da etnografia e da antropologia. Tinha uma visão aberta para o seu tempo, sempre com a preocupação de compreender a sociedade da sua época.

A Direção Regional de Cultura do Norte e o Museu da Terra de Miranda organizaram em 2017 um programa evocativo dos 35 Anos do Museu da Terra de Miranda e do Centenário do Nascimento de António Maria Mourinho, nos dias 18 de maio (Dia Internacional dos Museus) e 20 de maio (Noite dos Museus).

O programa incluiu, no dia 18 maio (Dia Internacional dos Museus) a inauguração da Exposição «António Maria Mourinho – Memórias de uma Vida» (em colaboração com o Município de Miranda do Douro e com o espólio de Ilídio Cristal), o lançamento de Vinho Comemorativo: 35 anos do Museu da Terra de Miranda e 100 anos do Nascimento de António Maria Mourinho (com a colaboração dos vinhos José Preto); e no dia 20 maio (Noite dos Museus), Visitas Guiadas à Exposição de António Maria Mourinho, Fiadouro, representado pela Associação Cultural e Recreativa Duas Igrejas, Reabilitação da «Dança das Flores», realizada pelo grupo de Duas Igrejas, Dança das Fitas, realizada pelo grupo de Sendim, Atuação do Grupo de Pauliteiros de Malhadas.

A Casa da Cultura de Miranda do Douro acolheu, no dia 25 março 2017, o Congresso de Homenagem a António Maria Mourinho, na passagem do 1º Centenário do nascimento daquele que foi um dos maiores vultos da cultura Transmontana e fundador do Museu da Terra de Miranda.

Balbina Mendes, Música de um povo

MÚSICA À VISTA

Elementos para um roteiro musicoturístico no Concelho de Miranda

Mestre Gaiteiro

Mestre gaiteiro, o Pascoal (Manuel Francisco Aires) de Cércio

Mestre gaiteiro, o Pascoal (Manuel Francisco Aires) de Cércio

Mestre gaiteiro, o Pascoal (Manuel Francisco Aires) de Cércio, créditos Jorge Lira 2023

Mestre gaiteiro, o Pascoal (Manuel Francisco Aires) de Cércio

Mestre gaiteiro, o Pascoal (Manuel Francisco Aires) de Cércio, créditos Jorge Lira 2023

Cércio, frente ao largo defronte da Associação de Pauliteiros de Cércio, Miranda do Douro

Iconografia Musical

Balbina Mendes (Malhadas, Miranda do Douro, 1955-)

“A paisagem teve um peso muito importante no início da minha pintura. Depois, ainda quando eu estava a pintar a série do Douro, em que pintei o Douro desde a nascente até à foz, fui pintado vários aspectos das características dos dois povos irmãos, nomeadamente arquitectura tradicional, algumas tradições em vias de extinção, como por exemplo os rituais de inverno com máscaras.” (Balbina Mendes)

Balbina Mendes, Música de um povo

Balbina Mendes, Música de um povo

Balbina Mendes, Música de um povo, 2005, 70×60.

Pauliteiros, 2005, 70×60.

.

Pauliteiros

Pintura do artista açoriano Domingos Rebelo e data de 1943, foto tirada no Museu da Terra de Miranda, Sónia Duarte

Pintura do artista açoriano Domingos Rebelo

Pintura do artista açoriano Domingos Rebelo e data de 1943, foto tirada no Museu da Terra de Miranda (Sónia Duarte)

Sé de Miranda do Douro

Órgãos de tubos do concelho de Miranda do Douro [1]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Sé de Miranda do Douro

de Miranda do Douro

Concatedral de Miranda do Douro

Elevada a antiga vila de Miranda à categoria de cidade e de sede de diocese em 1545, o projeto da Catedral apareceu em 1549, e as obras iniciaram-se em 1552 sob a direção de Gonçalo de Torralva e Miguel de Arruda. O projeto insere-se na tipologia de Sés mandadas construir por D. João III, com uma fachada harmónica – em que um corpo central é ladeado por duas poderosas torres -, e um interior em três naves abobadadas à maneira gótica, com cruzaria de ogivas de nervuras visíveis.

O retábulo-mor é já uma obra seiscentista, terminada em 1614, e deve-se ao trabalho de Gregório Fernández, mestre galego radicado em Valladolid e responsável por uma oficina bastante ativa durante o período maneirista. Igualmente digno de nota é o retábulo de Nosso Senhor da Piedade, em talha barroca de boa qualidade, e o órgão do século XVIII, de igual modo profusamente decorado com talha dourada.

A história da cidade foi bastante atribulada, pela sua condição de fronteira. Em 1710, por exemplo, caiu em poder espanhol e novamente em 1762. Terá sido esta ocupação estrangeira o motivo principal para a mudança do bispo para Bragança, cidade menos exposta a ameaças externas. Esta posição do titular da diocese e respetivo cabido deu início à decadência de Miranda enquanto sede episcopal. D. José dividiu o território entre Bragança e Miranda, mas a evidente pobreza deste espaço fez com que o bispado se instalasse definitivamente em Bragança, em 1780, intitulando-se Diocese de Bragança e Miranda.

À semelhança da cidade, também a antiga de Miranda do Douro acompanhou a decadência da localidade, e não se vislumbraram obras significativas na igreja nos últimos séculos.

Fonte: IPPAR / IGESPAR

No coro alto encontra-se um órgão histórico de tipo ibérico da autoria de Geraldo Vieira Porto em 1696, restaurado por António Simões em 1995, a expensas do IPPAR.

Montra do órgão Barroco

Órgão histórico da concatedral de Miranda do Douro

Órgão da concatedral de Miranda do Douro

Manúbrios da direita

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696, créditos Paulo Meirinhos

Manúbrios da esquerda

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696, créditos Paulo Meirinhos

Tubos

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696, tubos, créditos Paulo Meirinhos