O MIA é um evento organizado em torno das vertentes artísticas e pedagógicas na área da experimentação e da inovação musical, sob o lema da cooperação e da partilha entre os artistas criadores.
O Encontro nasceu da vontade de realizar um concerto de música improvisada no concelho de Peniche, dado que o PREC (Projecto Ressonante Experimental Criativo), sendo um grupo local, registava na altura uma atividade artística considerável fora desta região, mas nunca tinha atuado “perto de casa”.
O auditório da Sociedade Filarmónica União 1o de Dezembro de 1902 de Atouguia da Baleia, sendo o espaço com melhores condições do concelho, foi desde logo a primeira escolha.
A ideia de convidar alguns artistas para esse concerto, depressa se estendeu a um conjunto alargado de músicos, o que acabou por desembocar na opção MIA que se desenvolveu através da realização de diversos concertos com grupos aleatórios, ensembles e a apresentação do próprio PREC. A escolha da sigla para o evento, apenas teve a ver com as iniciais de Música Improvisada em Atouguia – MIA.
Esta aposta inédita e alternativa, numa zona onde as iniciativas culturais eram diminutas, visava essencialmente alcançar o objetivo da descentralização e proporcionar a igualdade de oportunidades no acesso à arte contemporânea, dada a inexistência de difusão de produtos culturais menos “acessíveis”, menos comerciais e não massificados e dada igualmente a convicção dos organizadores de que a arte nunca deve ter fins elitistas. A aposta teve ainda por base o pressuposto de que o fenómeno da improvisação vinha assumindo um relevo cada vez mais notório nas diversas correntes musicais, desde as mais tradicionais até às mais vanguardistas. Todas as atividades integradas no Encontro foram projetadas para ter carácter público e gratuito.
O MIA é um evento organizado em torno das vertentes artística e pedagógica na área da experimentação e da inovação musicais, sob o lema da cooperação e da partilha entre os artistas criadores. Se hoje podemos afirmar que há uma efetiva comunidade de improvisadores em Portugal, estejam eles ligados ao jazz ou percorram vias mais “exploratórias”, deve-se tal, em grande parte, à existência de um evento como o MIA (…) é como que um congresso de improvisadores, em que pessoas dos mais variados níveis de experiência criativa no momento e, igualmente, de domínio instrumental têm a oportunidade de estabelecer uma cooperação.
(Rui Eduardo Paes – Jazz.pt)
O MIA é como poucos outros festivais. Música ao ar livre, showcases de improvisação e séries de concertos (…) O compromisso e a cooperação demonstrados entre organizadores, músicos e a própria Atouguia da Baleia garantem que a tradição de excelência musical continuará a avivar essa “aldeia fantástica” nos anos vindouros.
(Ken Waxman – Jazzword)
Música Improvisada em Atouguia – MIA
Reciclanda
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.
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Tuna Académica da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche
Tuna Académica da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche Santuário de Nossa Senhora dos Remédios
Campus 4
Peniche
Correio eletrónico: amartuna@gmail.com
A_marTuna – Tuna Académica da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche
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Bandas de Música, História e Atividades no Concelho
Sociedade Filarmónica União 1º de Dezembro de 1902
Sediada no lugar e freguesia de Atouguia da Baleia, concelho de Peniche, a Sociedade Filarmónica União 1º de Dezembro de 1902 é uma associação de natureza, educativa, cultural e filarmónica constituída a 18 de janeiro de 1950. Foi criada por um grupo de homens da terra que quiseram dar início à atividade musical.
Sociedade Filarmónica União 1º de Dezembro de 1902
Banda Filarmónica “A Serrana”
A Banda Filarmónica “A Serrana”, assim designada por fazer parte da Associação com esse nome, foi fundada em 1909, então com o nome de “Sociedade Filarmónica de Serra D’El-Rei” fez a sua primeira atuação no Domingo de Páscoa do ano de 1910.
No final da década de 60, o Grupo Desportivo da Serra e a Sociedade Filarmónica de Serra D’EL-Rei uniram-se dando origem à “Serrana”. Da sua diversificada atividade, salientam-se as participações em festas populares e religiosas, festivais, encontros de bandas e concertos para as populações, tanto na região como em vários pontos do País. Em 1991 representou o Distrito de Leiria no 1º Encontro Nacional de Bandas Filarmónicas, promovido pela C . M. de Lisboa. Sempre preocupada com o futuro, tem em funcionamento a sua Escola de Música, dando formação a todos aqueles que nela queiram ingressar, desde os 6 aos 96 anos.
Banda Filarmónica “A Serrana”
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Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho
Rancho Folclórico “As Lavadeiras dos Bolhos”
Rancho Folclórico de D. Pedro I
Rancho Folclórico de Geraldes
Rancho Folclórico “Os Camponeses da Beira-mar”
Rancho Folclórico “As Lavadeiras dos Bolhos”
O Rancho Folclórico “As Lavadeiras dos Bolhos” é uma associação de natureza etnográfica sediada em Ferrel, Peniche. Em 2017, participou no VII Festival de Folclore do Concelho de Peniche, no Fórum da Parreirinha.
Rancho Folclórico de D. Pedro I
O Rancho Folclórico de D. Pedro I é uma associação de natureza etnográfica do concelho de Peniche. Foi fundado em 26 de agosto de 1984. É composto por dois grupos, o Infantil e o Adulto. Ao longo da sua existência o Rancho Folclórico D. Pedro I já realizou 21 edições do Festival Anual de Folclore e participou em centenas de festivais de Folclore em todo o país. Em 2017, participou no VII Festival de Folclore do Concelho de Peniche, no Fórum da Parreirinha.
Rancho Folclórico de Geraldes
O Rancho Folclórico de Geraldes foi fundado em 1984. Desde 2013 tem aprofundado o seu trabalho de pesquisa, assumindo um importante papel como representante dos usos e costumes do Conselho de Peniche. O Grupo tem vindo a apresentar-se em prestigiados festivais de norte a sul do país e também em Espanha. Tem participado em programas de televisão, recriações histórias, serões de tradições, mostras do trajo, feiras à moda antiga e outras recriações à época. Tem dinamizado a etnografia do concelho de Peniche, através da organização de eventos como exposições do traje, tertúlias e workshops sobre temáticas do folclore. Já efetuou vários encontros de escolas de folclore e organiza anualmente o seu festival.
Rancho Folclórico de Geraldes
O seu reportório musical e etnográfico tem como base as pesquisas e as recolhas efetuadas no concelho, através dos arquivos do Museu da Cidade de Peniche, Centro Interpretativo de Atouguia da Baleia e da memória dos mais idosos. O trabalho de recolha assenta em várias vertentes das vivências locais: objetos, trajes, modas, danças, superstições, orações, provérbios, jogos, brincadeiras, festas, círios e medicina popular.
Peniche foi lugar propício para o estabelecimento de uma povoação marítima, tendo em conta a riqueza das águas envolventes e a localização geográfica ideal para desenvolvimento da atividade piscatória. Com o grande desenvolvimento da indústria conserveira, através da salga, vieram gentes de várias zonas do país que aqui se fixaram, influenciando os hábitos e costumes nativos. As modas apresentadas são na sua maioria modas de roda. Os trajes são réplicas dos utilizados no final do século XIX e inícios do século XX no concelho de Peniche, representando aspetos da vida local. Destacam-se, entre outros: Trajes Abastados e Remediados, Trajes de “Ir à Missa” (festa), Mulher e Homem do Mar, Traje de Luto, Moleiros, Rendilheira, Atadeira, Criança e Trabalhadores do Campo.
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Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.
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Rancho Folclórico “Os Camponeses da Beira-mar”
O Rancho Folclórico “Os Camponeses da Beira Mar” é uma associação de natureza etnográfica sediada em Ferrel, Peniche (Rua do Cerco, n.º 24 – 2520-142 Ferrel). Em 2017, participou no VII Festival de Folclore do Concelho de Peniche, no Fórum da Parreirinha.
https://www.musorbis.com/wp-content/uploads/2021/05/peniche-rancho-folclorico-de-geraldes.jpg400400António Ferreirahttp://musorbis.com/wp-content/uploads/2020/11/logo-musorbis-com-nome-300x300.pngAntónio Ferreira2021-05-29 20:56:362024-11-10 12:01:31Peniche e o seu folclore
Peniche é uma cidade e concelho indissociável do mar, “um dos maiores portos de pesca tradicional de Portugal e um grande centro atlântico de atividades marítimo-turísticas.” Merecem destaque o centro histórico, o “Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, as Igrejas de São Pedro e da Misericórdia, e o Forte de Peniche, construído no séc. XVI/XVII para a defesa da costa em cruzamento com o Forte da praia da Consolação e o forte na Ilha das Berlengas.” No que se refere a órgãos de tubos, de acordo com as informações de que dispomos, os órgãos de tubos existentes no Concelho são os seguintes:
Igreja de São Pedro
Em Peniche, “os primeiros templos terão sido edificados em meados do século XV, integrando-se neste conjunto possivelmente a Capela do Espírito Santo. Foi precisamente no local desta Capela que em 1589 se fundou a Igreja de São Pedro, cuja construção da estrutura estaria concluída cerca de 1593. O templo paroquial apresenta um corpo central retangular disposto longitudinalmente, que corresponde aos espaços da nave e da Capela-mor, ao qual foram adossados lateralmente a sacristia e uma sala de arrumações. A fachada principal apresenta um modelo de linhas robustas, dividido em três panos, que correspondem à disposição das naves.
Os panos laterais possuem dois torreões, o da direita com sineira. Ao centro foi aberto um nártex com duas colunas alteado ao centro. Sobre este foi rasgado um óculo, e o frontispício é terminado em empena. As fachadas laterais são marcadas pela disposição de portas no primeiro registo e cinco janelas retangulares de cada lado. O espaço interior divide-se por três naves cobertas por teto de madeira, marcadas por cinco tramos que assentam sobre colunas toscanas. No interior da torre do lado do Evangelho foi edificada uma Capela batismal, com cúpula, onde foi colocado um painel figurativo de azulejos azuis e brancos, de feitura setecentista, proveniente do Convento de São Bernardino. Na torre oposta foi construída a escada de acesso ao coro-alto.
A Capela-mor é coberta por abóbada, sendo esta decorada com pinturas de motivos de gosto Neoclássico que se estendem pelas paredes laterais. Aqui foi também disposto um cadeiral de madeira, da mesma proveniência dos azulejos do batistério. No programa decorativo do templo destacam-se as telas emolduradas por talha, que representam cenas da vida de São Pedro, estando uma assinada com a seguinte inscrição, PINTOR Pº PEIXOTO. E. DE 1711. Possui altares colaterais em talha dourada, com frontão em arco pleno, e altares laterais da mesma tipologia, com frontão triangular. Possui ainda uma imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, de grande devoção entre a comunidade piscatória da vila.
Cf. Catarina Oliveira, GIF/IPPAR/2006
Igreja Matriz de São Pedro, Peniche
A Igreja Paroquial de São Pedro de Peniche possui um órgão histórico de tipo ibérico (positivo de armário) [ I; 2 (4+5) ] construído por Pietro António Boni em 1771. Foi restaurado em 2015 pela Oficina e Escola de Organaria (Esmoriz), de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, opus 65.
Órgão de armário
Órgão de tubos da Igreja Matriz de São Pedro
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FOI NOTÍCIA
A 08 de abril de 2015, o sítio do Município de Peniche, agendava para o fim-de-semana, dias 11 e 12, as celebrações de inauguração do órgão de tubos da Igreja de São Pedro, em Peniche. No sábado, dia 11, às 21.30 horas, realizar-se-ia um recital inaugural com os organistas internacionais Eva Brandazza e Marco Brandazza e o Coral Stella Maris de Peniche, por ocasião do seu 38º aniversário. No domingo, às 10-30 horas teria lugar uma eucaristia acompanhada pelo órgão de tubos e pelos grupos corais da Paróquia de Peniche.
O órgão de tubos da igreja de São Pedro, data do século XVIII e estava parado desde a década de 40 do século passado. A recuperação deste órgão secular esteve integrada no âmbito da parceria para a regeneração urbana na candidatura liderada pelo Município de Peniche ao Programa Operacional Centro, para as obras de reabilitação da Igreja de São Pedro, reaberta ao culto no mês de novembro passado.
De acordo com Fernando Engenheiro, em artigo publicado na edição nº 1192 da “Voz do Mar” de 24 de Outubro de 2006, “ desde os fins do século XVIII, mais propriamente na sua última década, a Igreja de São Pedro passou a ser possuidora de um grande órgão, instrumento musical de teclas com sons por tubos construídos em estanho. No interior daquele templo, ao levantarmos a vista para a altura do coro, na época também designado por coreto, os nossos olhos prendem-se, no seu velho órgão que, pela imponência, nos maravilha com a sua caixa, ensamblamento e toda a composição onde encerra os tubos e a sua maquinaria”.
Na altura, este instrumento musical foi adquirido com “a colaboração dada pelas Confrarias das Almas e de Nossa Senhora do Rosário, aprovadas pelos seus Juízes, Oficiais e Mordomos, com assento na Igreja de S. Pedro, sendo assim possível ajudar a compartilhar nas despesas da sua aquisição, a cargo da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja de S. Pedro”, pode ler-se no artigo.
O novo órgão teve “a sua solene inauguração na festa anual que se fazia naquele templo em louvor de Nossa Senhora do Rosário, a cargo da sua Confraria, cuja imagem se venerava no altar onde hoje se rende o culto a Nossa Senhora da Boa Viagem. A partir de então e até à abolição das Ordens Religiosas (que ocorreu a partir de 1834), foi a manutenção do órgão entregue aos cuidados do Convento do Bom Jesus de Peniche até porque ali existiam elementos competentes para o desempenho de funções de organista.
Nessa época “aqui vivia José Leal Moreira, mestre da música da então Vila de Peniche, com o partido de quarenta mil réis em cada um ano pagos pelo “Cofre dos Sobejos das Sisas” da mesma Vila sendo o dito mestre obrigado a ensinar de graça os moradores de Peniche por provisão da Rainha D. Maria I, de 5 de Dezembro de 1778. Pensa-se que, talvez a ideia da aquisição do órgão para a Igreja de São Pedro se deva ainda que de uma forma indirecta àquele professor de música, habilitado a formar alunos organistas”, explica o historiador.
Desde então, por longos anos ecoaram naquele templo os sons do velho órgão, “enchendo a alma” e acompanhando celebrações solenes como “Te Deum Laudamos”, ou Acções de graças a Deus, especialmente cantados quando em Peniche eram recebidos membros da realeza, altos eclesiásticos e militares de alta patente. Fernando Engenheiro acrescenta ainda que “outros organistas exploraram as capacidades deste majestoso órgão de tubos, mas não há memórias da sua actuação até aos primeiros anos do século XX, aquando das solenidades litúrgicas que assinalavam os dias do corpo de Deus, de S. Pedro, orago do templo, da Cadeira de S. Pedro, de Nossa Senhora do Rosário, ou ainda o Domingo de Páscoa e o Natal”.
Mais tarde, já em pleno século XX e já depois da Implantação da República, pela mão do mestre José Cândido de Azevedo Mello, o velho órgão continuou a encher de sonoridade musical a Igreja de São Pedro. José Cândido de Azevedo Mello, figura ímpar na arte musical em Peniche, fez realçar aquele instrumento em momentos litúrgicos de grande esplendor. Alguns alunos seus também o usaram, como os organistas Joaquim Desidério Júnior e sua nora D. Romana Ester Caldas Pereira Fausto de Mello”, explica o artigo de Fernando Engenheiro.
No entanto, alguns anos antes da morte do mestre José Cândido, ocorrida a 1 de outubro de 1950, mergulhou aquele grande instrumento musical num silêncio profundo, até aos dias de hoje. Sessenta e cinco anos depois, esta verdadeira jóia do património religioso e cultural de Peniche voltou a fazer-se ouvir, num recital que marca oficialmente a inauguração deste histórico instrumento musical.
De acordo com o Correio da Manhã, 11 abril 2015, Pedro Silva, pároco de Peniche, afirmou: “é uma alegria para a igreja, mas também para o concelho voltar a ouvir o órgão”, não só pelo acompanhamento litúrgico que vai permitir fazer, mas sobretudo pela importância patrimonial e artística.
O restauro custou cerca de 40 mil euros e foi feito pelo organeiro Pedro Guimarães.
O órgão foi construído em 1771 pelo italiano Pietro Antonio Boni, responsável pela manutenção de instrumentos da Sé Patriarcal de Lisboa a partir de 1758, ano em que aí vendeu e montou um órgão, na sequência da destruição provocada pelo terramoto de 1755, vindo a falecer poucos anos depois, em 1774.
Pelo estado gasto das teclas e outros mecanismos, terá tido muito uso durante 160 anos, estimou a paróquia.
O blogue Terra de Mar e Sol noticiava também a 12 de abril de 2015:
Acontecimento há muito esperado teve ontem o seu desfecho na Igreja de São Pedro com a inauguração do seu Órgão de Tubos. Antes do Recital, o nosso Prior, Padre Pedro procedeu à Bênção do Órgão. O Recital Inaugural teve a participação dos organistas internacionais Eva e Marco Brandazza e o Coral Stella Maris de Peniche, dirigido pelo Maestro João Sebastião, no dia em que este Coro comemorou o seu 38º aniversário.
https://www.musorbis.com/wp-content/uploads/2020/11/peniche-matriz-sao-pedro-igreja.jpg400400António Ferreirahttp://musorbis.com/wp-content/uploads/2020/11/logo-musorbis-com-nome-300x300.pngAntónio Ferreira2020-11-24 00:06:202024-11-10 12:00:54Peniche e os seus órgãos de tubos
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