Tag Archive for: música em Salvaterra de Magos

Festival Entre Quintas
Festivais em Salvaterra de Magos

Ciclos, festivais, temporadas e encontros de música e dança no Concelho

Festival Entre Quintas

Falar do Festival Entre Quintas é fazer memória de duas quintas com história secular – Casa Cadaval e Quinta do Casal Branco – que assumiram a realização de uma experiência de diálogo entre a música, a arte e a enologia, com eventos que proporcionam a todos a possibilidade de aliar o prazer musical com a experiência vitícola, emoldurados pela elegância e pela beleza dos espaços envolventes. ‘Entre Quintas’ apresenta concertos e recitais entre os dias 1 e 10 de Julho, em diferentes espaços destas propriedades, usufruindo de cenários naturais que unem estas facetas da arte portuguesa de bem receber, enaltecida pela música. Dois fins-de-semana passados em harmonia, entre a arte e a natureza, que tornam a Quinta do Casal Branco e a Casa Cadaval, locais de atração turística e cultural. O Festival inclui ainda em 2022 concertos na Igreja de Muge e Casa do Povo de Muge.

Festival Entre Quintas

Festival Entre Quintas, Ribatejo 2022

Academia de Música Salvaterrense

Escolas de Música em Salvaterra de Magos

Estabelecimentos do ensino especializado de música no Concelho. Em geral, as bandas filarmónicas também possuem a sua escola de música: veja ao fundo informação sobre as bandas de música do Concelho.

Academia de Música Salvaterrense

2120-073 Salvaterra de Magos
Correio eletrónico: info.amsalvaterrense@gmail.com

A Academia de Música Salvaterrense tem como objetivo a formação musical de crianças, jovens e adultos.

Academia de Música Salvaterrense

Academia de Música Salvaterrense

Rancho Folclórico "Os Avieiros" do Escaroupim
Folclore em Salvaterra de Magos

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

  • Região: Ribatejo
  • Distrito: Santarém

06 grupos

  • Grupo de Danças Os Lusitanos de Marinhais
  • Rancho Etnográfico da Várzea Fresca
  • Rancho Folclórico da Casa do Povo de Glória do Ribatejo
  • Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos
  • Rancho Folclórico do Granho
  • Rancho Folclórico “Os Avieiros” do Escaroupim”
Grupo de Danças Os Lusitanos de Marinhais

Renascido em 1980 do rancho fundado nos anos 60, o Grupo de Danças Os Lusitanos de Marinhais tem participado em muitos festivais de folclore, quer a nível nacional, quer em Espanha, França e Holanda.

Os trajes, exemplos da maneira como se vestiam os antepassados, são alusivos ao meio rural, passando pelo rico, domingueiro de trabalho, cocheiro, moleiro, e trabalhador rural. Nas mulheres, temos a mordoma, ceifeira, domingueira, aguadeira e outros trajos.

Grupo de Danças Os Lusitanos de Marinhais

Grupo de Danças Os Lusitanos de Marinhais

Rancho Etnográfico da Várzea Fresca

O Rancho Etnográfico da Várzea Fresca foi fundado a 24 de janeiro de 2009, tendo como objetivo representar os usos, costumes e tradições do seu povo. Distinguem-se dos demais pelas suas modas que representam as experiências da vidas e suas origens: moda a dois passos, valsa do fidalgo, verde-gaio valseado, bailarico de todos, valsa danada, passo largo, corridinho, trigueirinha, fandango.

Rancho Etnográfico da Várzea Fresca

Rancho Etnográfico da Várzea Fresca

Rancho Folclórico da Casa do Povo da Glória do Ribatejo

O Rancho Folclórico da Casa do Povo da Glória do Ribatejo nasceu pela mão de Celestino Graça, Fez uma primeira apresentação, em 1956, na Feira do Ribatejo, em Santarém. Foi integrado na Casa do Povo, em 1962, e adotou, a partir daí, a nomenclatura por que hoje é conhecido.

A sua atuação ultrapassa, em muito, o canto, a dança e o traje, promovendo a recriação de ambiências e vivências, como o casamento, o trabalho, a tradição oral, a praça, a taberna, a gastronomia, a festa, a infância, o lazer, a religião, o sentimento, o luto, o traje. O seu espetro de intervenção restringe-se à sua freguesia, representando, dessa forma, a charneca ribatejana e, em particular, as singularidades da cultura gloriana.

O Rancho é membro efetivo de várias instituições de defesa e promoção do património cultural, da Federação do Folclore Português, INATEL, Homo Taganus e Aldeias Históricas de Portugal.

Esta atitude constante de entrega e defesa da causa pública tem sido reconhecida em diversas ocasiões, de que se destacam a atribuição da Medalha de Mérito Municipal – grau de prata, em 1997, e o Estatuto de Instituição de Utilidade Pública, publicado no Diário da República, em 1 de março de 2011.

Rancho Folclórico da Casa do Povo da Glória do Ribatejo

Rancho Folclórico da Casa do Povo da Glória do Ribatejo, foto Música Portuguesa

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos

O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos foi fundado em 1980. Não houve nessa altura grandes cuidados etnográficos, tendo enveredado por uma formação estereotipada com o traje único do emblemático Campino, e manteve-se assim durante 2 décadas.

Em 2000, o Rancho de Salvaterra encetou um rigoroso processo de reestruturação e ao longo destes anos tem tentado recuperar tudo o que ainda é possível, com o intuito de poder representar, promover e divulgar as gentes de Salvaterra e suas vivências em finais do século XIX, princípios do Séc. XX, preservando assim as danças, cantigas, trajes, gastronomia, jogos e lendas.

Os trajes deste rancho estão estreitamente ligados às gentes do campo, pelas suas variantes de trabalho, domingueiros e trajes de festa, nomeadamente trajes de ir à feira e o traje de gala do Campino.

Apostando cada vez mais na utilização dos instrumentos tradicionais, tais como o harmónio, a gaita-de-beiços e a concertina, o rancho tem-se vindo a aproximar dos sons que se faziam ouvir nos bailes ou noutras manifestações lúdicas dos nossos antepassados, através dos fadinhos, bailaricos, verde gaios, fandangos.

Tem difundido por todo o país, incluindo as Ilhas e também além fronteiras, a cultura salvaterrense.

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos

Rancho Folclórico do Granho

O Rancho Folclórico do Granho foi fundado a 18 de outubro de 1962. Apareceu em público pela primeira vez na festa das vindimas, na vila de Muge. Usavam como símbolo uma bandeira feita de papel, que era da tradição as raparigas solteiras fazerem, para oferecer ao patrão no dia da adiafa. Desde então percorreu Portugal de norte a sul, apresentando as suas tradições, em festas, romarias e festivais de folclore e nos mais variados eventos.

Em 2014, iniciou novo projeto como parceiro FIFCA – Festival Internacional de Folclore, Cultura e Artes do Concelho de Almeirim, onde tem colaborado desde então.

O Granho fica situado no centro de uma das grandes herdades agrícolas do Ribatejo, a Casa Cadaval. As cantigas e danças deste rancho fazem parte de um exaustivo trabalho de pesquisa efetuado ao longo dos anos, junto da comunidade granhense.

O trajar é uma cópia fiel das gentes desta região, principalmente do Granho e zonas confinantes.

É membro efetivo da Federação do Folclore Português e filiado no INATEL.

Rancho Folclórico do Granho

Rancho Folclórico do Granho

Rancho Folclórico “Os Avieiros” do Escaroupim

O Rancho Folclórico “Os avieiros” do Escaroupim foi fundado em 1943. Procura ser veículo da peculiar cultura “avieira”. Dá a conhecer um Ribatejo distinto daquele que certamente será mais familiar, onde surgem associados campinos e touros: apresenta o Ribatejo das “gentes da Borda d’água”.

Avieiros foi a expressão atribuída a um dos principais movimentos migratórios a que Portugal assistiu no inicio do século XX. Trata-se de um movimento sazonal praticado por pescadores da Praia de Vieira de Leiria que durante o Inverno, procuravam no Tejo o sustento das suas famílias. Fugiam ao mar revoltoso da Praia da Vieira, e regressavam à Praia da Vieira no inicio da Primavera.

A alegria e espírito festivo uniam este povo, rodopiando as peixeiras a noite toda em danças, recuperadas pelo grupo.

CONTACTOS

962 116 569

Rancho Folclórico "Os Avieiros" do Escaroupim

Rancho Folclórico “Os Avieiros” do Escaroupim

Rancho Folclórico Regional de Foros de Salvaterra

Rancho Folclórico Regional de Foros de Salvaterra apresenta como modas tradicionais: verde-gaio valseado, passado e das vindimas, vira do Manuel Sentana, bailarico do João Firmino, bailarico das Figueiras, passo largo, fandango, entre outras.

Os seus trajes são variados e ricos, desde trajes de trabalho (mondadeira, aguadeira, de trabalho na eira, singeleiro, farda de campino de trabalho e de gala), trajes de domingar, traje de noivo e noiva, traje de bibe e traje de ganga azul.

Rancho Folclórico Infantil dos Foros de Salvaterra

Rancho Folclórico Infantil dos Foros de Salvaterra

Fontes do Musorbis Folclore:

A “Lista dos Ranchos Folclóricos” disponível na Meloteca resulta de uma pesquisa aturada no Google e da nossa proximidade nas redes sociais. No Musorbis foram revistos todos os historiais de grupos etnográficos.

Sociedade Filarmónica de Muge
Filarmónicas de Salvaterra de Magos

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

Sociedade Filarmónica de Muge

Em 17 de julho de 2021, a Sociedade Filarmónica de Muge era a única existente no Concelho de Salvaterra de Magos.

Apesar da incerteza sobre a data da sua fundação,  considera-se que a Sociedade Filarmónica de Muge foi fundada em 1 de dezembro de 1902, com a denominação de Sociedade Filarmónica de Muge. Mais tarde passou a Sociedade Filarmónica 1° de Dezembro de Muge. Por volta de 1930/1940, mudou para a Casa do Povo de Muge, passando a ter o nome de Banda de Música da Casa do Povo de Muge. Em 1962 e 1976 não teve qualquer atividade e, em 1976, um grupo de pessoas arrancou de novo com a Banda de Música.

Sociedade Filarmónica de Muge

Sociedade Filarmónica de Muge

Em finais de 1996, procedeu-se à sua legalização jurídica e como homenagem aos seus fundadores foi-lhe atribuída a designação de Sociedade Filarmónica de Muge. É composta por 30 elementos de ambos os sexos, com uma grande participação da juventude. Tem uma Escola de Música onde é ministrada formação musical para que os jovens venham mais tarde a integrar a Banda.

Sociedade Filarmónica de Muge

Sociedade Filarmónica de Muge

Coreto de Muge, e Igreja Matriz
Coretos do Concelho de Salvaterra de Magos

Pela sua relação com as festas religiosas e a centralidade nas sedes de concelho, vilas ou freguesias, os coretos situam-se com frequência no largo ou praça junto à Igreja Matriz, ou junto a santuários.

Muge

Coreto de Muge, e Igreja Matriz

Coreto de Muge, e Igreja Matriz

Em 2018, o município de Salvaterra de Magos dinamizou a 2ª edição “Música no Coreto” e a terceira edição “Momentos no Largo”, em Muge. “Música no Coreto” é um projeto, lançado em 2017, que visava mostrar as mais-valias provenientes do auditório ao ar livre com a requalificação da envolvente da Igreja de Muge, que se encontrava muito degradada, numa intervenção realizada pela autarquia. A segunda edição do projeto foi marcada para dia 29 de junho de 2018, pelas 21:30, em que atuaria o grupo “Os Dona Zéfinha”.

Glória do Ribatejo

Coreto da Glória do Ribatejo, e Igreja Matriz

Coreto da Glória do Ribatejo, e Igreja Matriz

O Largo da República, em Marinhais, receberia a terceira edição do projeto “Momentos no Largo”, como forma de aproveitar a requalificação do Largo da república, realizada pela câmara em 2015, no âmbito do projeto de construção do Mercado de Cultura de Marinhais. As duas edições anteriores contaram com grande adesão por parte do público e levaram a Marinhais vários grupos de música tradicional e moderna. O primeiro espetáculo realizar-se-ia no dia 21 de julho, pelas 21h30, com o grupo “Os Sai de Gatas”, enquanto no dia 18 de agosto, pela mesma hora, a animação estaria a cargo de “Os Quintarolas”.

Armando Calado, tenor lírico e produtor, natural de Muge, Salvaterra de Magos
Músicos naturais do Concelho de Salvaterra de Magos

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e a música do Concelho.

  • António Paulo Cordeiro (maestro, compositor)
  • Armando Calado (tenor, produtor)
  • João Viana (fadista)

Armando Calado

Armando Calado, tenor lírico e produtor, natural de Muge, Salvaterra de Magos

Armando Calado, tenor lírico e produtor, natural de Muge, Salvaterra de Magos

Armando Calado é um tenor lírico e produtor que nasceu na vila de Muge, Salvaterra de Magos, distrito de Santarém, Ribatejo. Começou a cantar no coro da Igreja Matriz de Muge, onde também dirigiu o coro paroquial. Entrou no seminário com 16 anos. Esteve dois anos no pré-seminário em Santarém e o mesmo período no seminário em Almada. Para entrar no Conservatório de Música de Lisboa não precisou de qualquer audição. Depois de o ouvirem os próprios professores de canto propuseram o seu nome para ser aluno e foi admitido.

Mais tarde, foi por telefone que o tenor Armando Calado fez uma audição diretamente para a Royal Academy of Music, em Londres. A cantora lírica Ana Ester Neves fez o primeiro contacto e a professora da escola de música ouviu-o e disse-lhe que o queria como aluno. Em Setembro de 1996 foi para Londres onde viveu onze anos.

O musical Evita adiado para o primeiro semestre de 2021 por motivos da pandemia, é produção de Armando Calado. A produção mantém os locais de estreia: Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota (no Porto) e Altice Arena (em Lisboa).

Armando Calado foi também o produtor artístico que, em 2019, produziu, a nível nacional, O Fantasma da Ópera, e conta com encenação de Pedro Ribeiro e coreografia de Sofia Loureiro. Do elenco fizeram parte Sofia Escobar (Christine Daaé), Lara Martins (Carlotta), Jorge Baptista da Silva (Fantasma). Bruno Almeida (Fantasma), Filipe de Moura (Raoul), David Ripado (Raoul), Ricardo Panela (Firmin), Mário Redondo (André), Cátia Moreso (Madame Giry), Patricia Quinta (Madame Giry), Hélia Castro (Cover Christine), Ana Cosme (Cover Carlota), Armando Calado (Cover Raoul) Pedro Ribeiro (Encenador).

António Paulo Cordeiro

António Paulo Cordeiro nasceu em 1876, como muitos outros músicos a aprender solfejo na escola de música da banda. O seu instrumento favorito era o Cornetim. Entre as muitas “histórias” de que foi protagonista, conta-se que, num concerto de bandas civis em Santarém, em que participou a Banda dos Bombeiros de Salvaterra, António Cordeiro tocava uma peça de difícil execução, as variações do Carnaval de Veneza. O vento forte que se fazia sentir no local do concerto, levou-lhe as partituras. O maestro ficou atrapalhado, mas o exímio musico continuou pávido e sereno a executar a solo, que lhe valeu uma ovação da assistência.

Esteve à frente de várias bandas da região e da própria banda de Salvaterra como maestro. Ensinou a arte da música a muitos jovens e conseguiu apresentar crianças em concertos a tocar áreas de música clássica. Entre as várias peças que criou como compositor, destacam-se a marcha fúnebre Coroa de Espinhos e o Passe Doble Faculdades, em homenagem ao toureiro do primeiro quartel do séc. XX, de nome Faculdades.

FOI NOTÍCIA

Em 1987, vinte e dois anos depois do seu falecimento, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, homenageou-o. O ato solene teve lugar, no dia 1 de janeiro de 1987, com o descerrar na vila, numa rua de construção recente, uma placa toponímica com o seu nome e, foi distribuído um folheto com a informação do António Paulo Cordeiro – Músico! Tal folheto, José Gameiro fez publicá-lo, no jornal “O Ribatejo” de que era colaborador, e saiu na edição de 9 do mesmo mês.

Antigo músico, maestro e compositor, António Paulo Cordeiro, salvaterrense já desaparecido, foi agora homenageado, dia 1, pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e pela Banda de Música dos Bombeiros Voluntários. A homenagem a este homem que muito contribuiu para o desenvolvimento cultural de Salvaterra, foi constituída pelo descerramento de duas placas toponímicas com o seu nome, no antigo largo da Casa do Povo, a que estiveram as entidades locais; presidente da câmara e vereadores, o filho do homenageado, Dr. João Paulo Cordeiro, entre muitos outros salvaterrenses.

Fonte: José Gameiro

João Viana

João Manuel Viana Rodrigues nasceu em Salvaterra a 22 de abril de 1947, filho de Rita Viana e Joao Caniço. Viveu até aos 11 anos em casa do seu avô adotivo, José Raimundo, depois juntou-se aos pais numa propriedade na Lezíria onde permaneceu até se mudar para Lisboa. Canta desde pequeno. Recorda que no campo se cantava ao desafio e que, enquanto não trabalhavam com os homens, os rapazes acompanhavam as mulheres nas mondas. “Ouvia-as cantar e cantava com elas”. Terá herdado da mãe 0 gosto pela música, bem como os seus irmãos, a primeira geração dos “Irmãos Viana”.

Os seus netos Pedro e Bernardo reconhecidos músicos profissionais, terão começado a aprender música porque gostavam de poder acompanhar 0 avô. Pedro, na guitarra portuguesa, atualmente musico da fadista Cuca Roseta e Bernardo, na viola de fado, músico da fadista Raquel Tavares, podemos assim falar de uma nova geração dos “Irmãos Viana”. Confessou ter pensado muitas vezes reunir a família para gravar um disco, poderia fazê-lo em exclusivo com músicas da sua autoria, pois para além de cantor é também compositor. João Viana fez parte do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos, mais de 20 anos, onde para além de cantar, tocava harmónica de boca.

Xerife

Xerife é o nome de uma banda de originais “Xerife” cujos membros são oriundos, na sua maioria, do concelho de Salvaterra de Magos.

Xerife, banda de originais

Xerife, banda de originais

Igreja Matriz de Salvaterra de Magos
Órgãos de tubos do concelho de Salvaterra de Magos [2]

Por Salvaterra de Magos passaram figuras importantes da História e aqui foram tomadas muitas decisões políticas, pois a monarquia apreciava o clima e a caça da região. Entre 1753 e 1792 foram executadas 64 produções musicais no Teatro da Ópera. A existência de órgãos na Igreja Matriz e na Capela do antigo Paço real insere-se neste contexto em que a música tinha lugar de destaque.

Igreja Matriz de Salvaterra de Magos

Igreja Matriz de Salvaterra de Magos

Igreja Matriz de Salvaterra de MagosDedicada a S. Paulo Apóstolo, a Igreja Paroquial de São Paulo Apóstolo de Salvaterra de Magos foi construída por volta de 1296. É constituída por uma Capela-mor em talha dourada e as impressionantes pinturas ao longo do teto. Tem também um painel de azulejos em azul e branco e uma tela do século XVI. A igreja quase ficou destruída pelos terramotos, nomeadamente os de 1755 e 1909. Numa dessas catástrofes, a torre da igreja ficou totalmente danificada, como tal as horas começaram a ser dadas por um soldado que tocava o sino no edifício da Câmara Municipal.

No coro alto possui um órgão de tubos histórico de tipo ibérico, da autoria do organeiro António Xavier Machado e Cerveira, opus 97, em 1825, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria em 2000, opus 31. Trata-se de um positivo de armário [ I ; (6+6) ] com 4,13 metros de altura, 1,74 m de largura e 1,28 m de profundidade. O teclado manual único tem 53 notas, de Dó 1 a Mi5. Tem 12 meios-registos, sendo o Dó# a divisória. Dos 594 tubos, 19 são de madeira e os outros de metal. Tem ainda pedais de ferro, em forma de estribo, para ligar e desligar os cheios e as trombetas.

Órgão no coro alto

Órgão da Igreja de Salvaterra de Magos

Órgão da Igreja de Salvaterra de Magos

Montra do órgão

Órgão da Igreja de Salvaterra de Magos

Órgão da Igreja de Salvaterra de Magos

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Para a mão esquerda os registos são:

  • Fagote
  • Vintedozena composta
  • Dozena
  • Quinzena
  • Oitava Real
  • Flautado de 12 tapado

Para a mão direita:

  • Clarim
  • Corneta de 4 filas
  • Cheio
  • Flautim (cónico)
  • Flauta de 12 (cónica)
  • Flautado aberto

Veja AQUI vídeo da inauguração.

O órgão do grande Machado e Cerveira completava 175 anos em 2000, que era também ano jubilar. O P.e António José Ferreira, que fazia parte da comunidade vicentina, achou que era uma ótima ocasião para se restaurar o órgão, trabalho que ficou a cargo de Pedro Guimarães. O Pe. Agostinho Teixeira de Sousa, que faleceria precocemente, apoiou a ideia desde o primeiro momento. Com as qualidades que lhe eram reconhecidas motivou a comunidade para obter a parte do dinheiro que era necessário. António José Ferreira fotografou na altura todos os órgãos da Diocese de Santarém e foi feita uma exposição na antiga Capela do Paço Real no dia do concerto inaugural. Na temporada de Concertos participaram músicos notáveis com Antoine Sibertin-Blanc, Christopher Bochman, Teresita Marques.

Contribuíram financeiramente para o restauro o IPPAR, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, a Casa de Cadaval, a Fundação Calouste Gulbenkian, Cafés Delta, José Maria Silva, Juntas de Freguesia do Concelho de Salvaterra de Magos, Governo Civil de Santarém, Eagle Star Seguros, Eporipal e Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Com membros do coro litúrgico, foram cantadas as Janeiras para angariação de fundos.

O restauro da caixa do órgão esteve a cargo do Departamento de Restauro do Centro de Estudos de Arte e Arqueologia do Instituto Politécnico de Tomar, procurando respeitar as características originais. No trabalho participaram Taís Lourenço, de Salvaterra de Magos, e Luís Campos, formados no IPT, dirigidos pelo Dr. José Manuel Silva e o Dr. Fernando Antunes.

Capela do antigo Paço Real

A Capela do antigo Paço Real, dedicada a Bom Jesus, foi edificada como uma estrutura de planta retangular constituída por dois quadrados iguais que no meio comportam um pequeno espaço quadrangular mais pequeno, formando assim um templo “(…) de nave única quadrada com cobertura poligonal, dotada de uma Capela-mor muito funda, em forma de igreja de três naves, onde havia um coro situado aquém do altar.” O seu modelo apresenta inequívocas semelhanças com a Capela de Bom Jesus de Valverde, projetada por Miguel de Arruda cerca de dez anos antes. Em meados do século XX a estrutura interna da Capela foi alterada, sendo derrubadas as duas paredes que demarcavam o retângulo edificado no espaço intermédio entre os dois corpos quadrados que correspondem à nave e à Capela-mor, cada um numa extremidade do conjunto. Esta alteração pretenderia criar um espaço de circulação contínua na Capela, mas subverteu a intenção do projeto inicial de evitar a “circulação livre de pessoas e olhares” dentro da Capela através da ruptura com o modelo de unificação espacial renascentista. Em 1657 o programa decorativo da Capela foi renovado, com a execução de um retábulo de talha dourada em Estilo Nacional e de uma erudita campanha de pinturas a fresco, cobrindo as abóbadas com uma sequência de anjos, enrolamentos, grinaldas e motivos concheados rodeando medalhões onde foram pintados os símbolos da Paixão de Cristo.

Fonte: DGPC

Em 2000, o órgão estava em ruinas, restando poucas peças. Creio ter ouvido testemunhos de que em tempos longínquos crianças teriam brincado com tubos para brincar como se fossem sticks de hóquei.