Órgãos de tubos do concelho de Santa Cruz da Graciosa [3]
[ Ilha Graciosa ]
Igreja Matriz da Praia
[ São Mateus ]
Igreja Matriz da Praia
A Igreja de São Mateus, que remonta ao séc. XV, localiza-se na freguesia de São Mateus, na vila da Praia, concelho de Santa Cruz da Graciosa, na ilha Graciosa, Açores. A sua imponência reflete a importância que a vila da Praia já teve. Em 1546, com a elevação do lugar à condição de freguesia, a igreja foi elevada a paroquial e matriz. Ao longo dos séculos foi objeto de importantes obras de manutenção e restauro até que, no século XIX, recebeu uma nova frontaria ao gosto tardo-Barroco, inaugurada em 1896. No interior podem apreciar-se belos altares em talha dourada, e exemplares de Arte flamenga de São Mateus e São Pedro que remontam ao século XVI. Destaca-se ainda a presença de um valioso órgão de tubos de armário, que data de 1793. Este órgão, que se encontra colocado no coro alto, teve como mestre construtor António Xavier Machado e Cerveira. Em 1989 foi sujeito a restauro e manutenção pelas oficinas de Manuel Dinarte Machado. A lado desta igreja, existe um império que ostenta a coroa do Divino Espírito Santo.
Possui um órgão histórico da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, opus 38, 1793, restaurado por Dinarte Machado Atelier Português de Organaria, no ano de 1989.
Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa
Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa
Imóvel de Interesse Público, a Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa é um edifício de arquitetura religiosa, em estilo Barroco. Está situada no largo da Matriz, na vila, freguesia e concelho de Santa Cruz da Graciosa, na ilha Graciosa, Região Autónoma dos Açores, em Portugal. Remonta a um primitivo templo edificado no período henriquino (século XV), ao qual sucedeu outro, no período manuelino (início do século XVI). Foi reconstruído uma vez mais no século XVII, tendo as suas obras sido concluídas em 1701, de acordo com inscrição epigráfica em seu frontispício, quando adquiriu a atual conformação. Conserva detalhes do estilo manuelino no interior, nomeadamente na abóbada nervurada do batistério e no retábulo alusivo à Santa Cruz, existente na Capela-mor. O templo é antecedido por uma escadaria a partir de um amplo terreiro. A fachada cria um jogo de contrastes entre as molduras e os cunhais de cantaria em basalto negro com os panos de fundo caiados a cal de cor branca. Nela centra-se um portal nobre, com uma empena ressaltada e a repousar sobre pilastras compósitas sobre alto embasamento. Sobre o portal foi aberto um grande janelão duplo que permite a entrada de luz abundante para o interior do templo e que se prolonga na empena triangular e recuada que repousa sobre uma arquitrave moldurada e reentrante no todo. A frontaria é dividida por várias pilastras em pedra de basalto negro, que se abrem em diversas janelas de sacada com molduras de linhas direitas. O flanco esquerdo do templo encontra-se fechado por uma torre sineira cujo cimo é coberto por um coruchéu piramidal. O interior é dotado por um coro que foi repartido em três naves, sendo a central a mais elevada, divididas por arcadas de volta perfeita que vão assentam sobre pilares cilíndricos capitelizados. Nas paredes laterais deste templo foram abertas várias capelas laterais dotadas de altares e retábulos de talha dourada em estilo Barroco setecentista. Estes talhas é possível observar esculturas hagiográficas em madeira, onde é de especial destaque um expressivo Cristo atado à coluna. Dos dois lados do arco triunfal, em volta perfeita, encontram-se duas esculturas, uma de Cristo Crucificado, sendo a outra a uma imagem setecentista da Virgem Maria. A Capela-mor é acedida por degraus e se encontra demarcada do restante corpo da igreja por uma grade de madeira com balaústres torneados. Merecem especial destaque, pelos seus painéis de azulejos figurativos, datados do século XVIII, as capelas de Nossa Senhora da Conceição e de Sant’Ana. A igreja alberga um notável acervo de obras de arte sacra, com destaque para o Políptico que integra o retábulo do altar-mor datado do século XVI, bem como um valioso painel de azulejos setecentista e um conjunto de telas sino-portugueses de inspiração jesuítica. Na Capela-mor encontra-se exposto um magnífico retábulo setecentista elaborado em talha dourada e que integra as referidas pinturas sobre madeira do início da segunda metade do século XVI, tábuas estas alusivas à Cruz de Cristo.
Possui um órgão histórico da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, opus s. nº, executado em 1830, restaurado por Dinarte Machado Atelier Português de Organaria no ano de 1989.
Órgão positivo de armário
Órgão da Igreja de Santa Cruz da Graciosa
Igreja Matriz de Nossa Senhora de Guadalupe
Igreja Matriz de Guadalupe
A primitiva igreja, de pequenas dimensões, foi fundada no século XVII. Mais tarde foi decidida a construção de um novo templo, mais amplo, e em local acessível. Em 1756 foi benzido o novo templo. A demora na sua edificação justifica-se pelas crises sísmicas ocorridas no período, com destaque para o grande terramoto de 1717. Foi restaurado em nossos dias por ação do Governo Regional dos Açores. A primeira tentativa foi promovida no ano de 1989, em pouco tempo interrompida devido à extensão dos danos anteriormente causados pelo terramoto de 1980 e uma vez que o a verba destinada ao restauro do órgão ter sido consumida nas obras de restauro do templo. O restauro só seria concluído em 2010. A fachada possui um relógio na torre, enquadrado na própria fachada. No altar-mor venera-se a Senhora do Guadalupe. No altar da direita encontra-se a imagem de Nossa Senhora de Fátima e, no da esquerda, Nossa Senhora do Carmo.
Possui um órgão histórico da autoria do organeiro português Leandro José da Cunha, 1775, restaurado por Dinarte Machado Atelier Português de Organaria, 2010. É o segundo mais antigo do Arquipélago.
Montra do órgão
Órgão da Igreja de São Mateus
consola
Órgão da Igreja de São Mateus