Tag Archive for: música em São Pedro do Sul

Tradidanças
Festivais em São Pedro do Sul

Ciclos, jornadas, encontros e festivais de música e dança no Concelho

Tradidanças

Sítio: www.tradidancas.pt

O Tradidanças é um festival de Tradições, Dança, Música e Natureza, em Carvalhais, São Pedro do Sul.

Tradidanças

Tradidanças

As Vozes de Manhouce, São Pedro do Sul
Coros de São Pedro do Sul

Património Cultural Imaterial

A 09 de setembro de 2021, o Notícias de Viseu, noticiou que a candidatura Canto a Vozes de Mulheres à Lista Nacional de Património Cultural Imaterial, possível pela parceria entre a Universidade de Aveiro (UA) e a Câmara Municipal de São Pedro do Sul, seria formalizada a 11 de setembro, no auditório Jaime Gralheiro naquele município do distrito de Viseu. No evento atuariam 15 grupos de cantadeiras detentoras deste património:

  • Vozes de Manhouce
  • Cantadeiras de São Martinho de Crasto
  • Segue-me à Capela
  • rusga de Joane
  • Grupo Folclórico da Universidade do Minho
  • Sopa de Pedra
  • Grupo de Cantares do Linho
  • NEFUP
  • Mulheres do Minho
  • Cantadeiras do Vale do Neiva
  • Cramol
  • Grupo de Cantares de Sobral de Pinho
  • Grupo de Cantadeiras de Cabreiros
  • Grupo de Cantares de Pindelo dos Milagres
  • Grupo de Cantares de Terras de Arões

“Canto a vozes de mulheres” é a designação criada numa sessão plenária no dia 1 de março de 2020 por cerca de 360 cantadeiras para salvaguardar e transmitir às gerações seguintes uma expressão vocal coletiva, com três ou mais vozes polifónicas sem acompanhamento instrumental, mantida viva por mulheres, por vezes com o apoio de homens nas vozes mais graves.

Nas comunidades onde se faz cantar e ouvir, o canto a vozes de mulheres tem designações distintas, sendo conhecido como cantada, cantaraço, cantaréu, cantarola, cantarolo, cantedo, cantiga, cantiga em lote, cantoria, cramol, moda, modas de campo, ou terno.

Em colaboração com as cantadeiras e no âmbito de um protocolo com o município de São Pedro do Sul e do projeto EcoMusic, investigadores da UA procederam entre 2016 e 2021 à documentação, estudo e elaboração do dossier que seria submetido no dia 11 na Matriz PCI, na prática, a formalização do pedido de inscrição do Canto a Vozes de Mulheres na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial. Posteriormente, seria feita uma avaliação do dossier quanto à possibilidade de inscrição na Lista Nacional.

Participaram no projeto os investigadores: António Ventura, Daniela Labandeiro, Domingos Morais, Helena Marinho, Jorge Castro Ribeiro, Jorge Graça, Joaquim Branco, João Valentim, Julieta Silva, Lea Managil, Maria do Rosário Pestana, Raquel Melo e Rui Madeira.

Em colaboração com as cantadeiras, a equipa de investigação elaborou o dossier, criou um sítio em linha  e elaborou dois documentários que dão a conhecer as especificidades deste repertório e a atividade dos grupos: o primeiro, centrado no município de São Pedro do Sul (Cantos, Cantedos e Cantarolas e o segundo, dando visibilidade a cantadeiras do centro e norte de Portugal (Poéticas do canto polifónico).

No século XXI, são pouco mais de trinta os grupos de mulheres que detêm este saber cantar específico. Fazem-no em momentos de partilha de conhecimento e de divertimento coletivo, em convívios privados, ou públicos, como as festas da aldeia, em eventos de celebração da ruralidade ou turísticos.

Desocultar o papel das mulheres na produção cultural

“No século XXI, o canto a vozes de mulheres vincula as cantadeiras e os cantadores na salvaguarda do saber fazer tradicional, na coesão das comunidades em que se inserem e na desocultação do papel das mulheres nos processos e práticas culturais, nomeadamente ao atualizar o conhecimento e memória coletivos no espaço público das suas comunidades.

Nestes contextos, é um identificador da cultura local e um importante agregador social, capaz de religar conterrâneos e familiares dispersos em diferentes geografias por sucessivos fluxos de migração”, segundo consta do texto justificativo, no dossier. “O ‘canto a vozes’ permite às mulheres serem interlocutoras na atividade cultural local. Essa interlocução faz-se pela ocupação dos espaços públicos, pelos atos em que são mestras, pela oportunidade de assumirem papéis de liderança dentro dos grupos e das comunidades onde residem e pela oportunidade de se expressarem como um coletivo – as mulheres”, explica-se ainda.

“Por um lado, esta formalização é um pedido de plena justiça para com as mulheres porque irá desocultar o seu papel na produção cultural local e dar a conhecer histórias de mulheres, pela voz das mulheres”, afirma Maria do Rosário Pestana, professora do Departamento de Comunicação e Arte da UA e coordenadora do estudo que levou à construção do dossier de candidatura.

Por outro, acrescenta, “é uma oportunidade que pode levar à salvaguarda de uma forma de canto muito ameaçada, dado que, das pouco mais de 360 cantadeiras identificadas no estudo, apenas um décimo desse número detém as competências para cantar a terceira, quarta e quinta vozes. Estas competências são diferenciadoras do canto a vozes de mulheres. É urgente o reconhecimento deste canto, deste património imaterial, para salvaguardar a sua transmissão a gerações mais novas, até porque é uma prática extremamente complexa que requere muito tempo de aprendizagem!”.

As Vozes de Manhouce, São Pedro do Sul

As Vozes de Manhouce, São Pedro do Sul

Rancho da Freguesia de Serrazes
Folclore em São Pedro do Sul

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

  • Região: Beira Alta (Dão Lafões)
  • Distrito: Viseu
  • Concelho: São Pedro do Sul

02 grupos

  • As Vozes de Manhouce
  • Rancho da Freguesia de Serrazes
As Vozes de Manouce

O grupo feminino Vozes de Manhouce foi fundado em 2008 por um grupo de mulheres da freguesia, por iniciativa de Isabel Silvestre.

O grupo dá voz a um reportório polifónico consolidado na sociedade tradicional manhoucense em reiterados trabalhos quotidianos, nos “cantedos” e “cantarolas” que definiam esse universo feminino rural.

Dessa sociedade, o grupo Vozes de Manhouce salvaguarda um conjunto de tradições ligadas ao feminino, ao ser mulher, com maior ênfase ao cantar polifónico e a um modo de vestir e adornar-se muito próprio das mulheres de Manhouce.

Se noutras localidades a prática do cantar polifónico que pontuava os quotidianos rurais femininos foi preservada apenas em arquivos e coleções (em registos sonoros e cancioneiros), em Manhouce esse reportório expressa-se em reiterados comportamentos e ocasiões sociais, em performances que fazem do corpo o arquivo e a memória e assim preservam, comunicam e transferem às gerações seguintes esse conhecimento.

As Vozes de Manhouce

As Vozes de Manhouce

Rancho da Freguesia de Serrazes

Fundado em 1979, o Rancho da Freguesia de Serrazes é membro da Federação do folclore Português desde 1985. Desde a sua fundação tem-se preocupado com a recolha, reconstituição e divulgação da tradição popular da Região – das danças aos cantares; dos trajes aos utensílios; das receitas às rezas; das superstições aos usos e costumes; da crença religiosa às promessas por graças obtidas e romarias, num contacto direto e persistente com a população mais idosa da região em que está inserido.

Representando a região de Lafões, localizada entre as serras da Gralheira e do Caramulo, atravessada pelo rio Vouga e afogada na densa verdura e vegetação, a sua antiguidade perde-se na memória dos tempos com o atestam numerosos e significativos monumentos.

Porque na transição entre o litoral e o interior, ambas as influências se fazem sentir em Lafões, não esquecendo o efeito das migrações periódicas para o Alentejo e Ribatejo, por razões de carácter económico que também marcaram esta região com as chamadas “modas novas”.

Tem participado em muitos outros, nacionais e internacionais, bem como em festas e romarias por todo o País. Das recolhas efetuadas conseguiu, a partir de originais de fins do século passado/princípios do presente, reconstituir tão fielmente quanto possível, os trajes de Trabalho, Romaria, Noivos em Dia de Casamento, Meia Senhora, Morgados, Lavradores Ricos, Palaciano e Domingueiro.

Rancho da Freguesia de Serrazes

Sociedade Filarmónica Harmonia de S. Pedro do Sul
Filarmónicas de São Pedro do Sul

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

Sociedade Filarmónica Harmonia de S. Pedro do Sul

A Sociedade Filarmónica Harmonia de S. Pedro do Sul foi fundada em 1857. Começaram com a Escola, formando um grupo para a animação do Povo Sampedrense, e mais tarde formaram a Banda a qual passou a ter o nome de Filarmónica Harmonia dos Bombeiros Voluntários. Como em S. Pedro do Sul havia duas corporações de Bombeiros, a Banda deixou de estar ligada a esta corporação, passando em 1904, a ter o nome atual.

Teve vários maestros desde a sua fundação. Em 1925 participou em Espinho num festival de bandas ficando em 2° lugar. Participou na Feira Popular de Lisboa várias vezes, Feira Franca de S. Mateus, Feira de Lafões, e diversas localidades do País. A Filarmónica Harmonia tem 38 elementos com jovens de ambos os sexos, com uma média de idade de 30 anos. É seu maestro um músico da casa, Alberto Pereira. A Filarmónica Harmonia administra também às crianças, nos tempos livres, o Formação Musical e outras disciplinas.

SFHSPS

Sociedade Filarmónica Harmonia de S. Pedro do Sul

Sociedade Filarmónica Harmonia de S. Pedro do Sul

Isabel Silvestre, cantora, de São Pedro do Sul
Músicos naturais do Concelho de São Pedro do Sul

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

  • Isabel Silvestre (cantora, 1941)
Isabel Silvestre, cantora, de São Pedro do Sul

Isabel Silvestre, cantora, de São Pedro do Sul

Igreja do convento de São José

Órgãos de tubos do concelho de São Pedro do Sul [1]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja do Convento de São José

Igreja do convento de São José

Igreja do Convento de São José

No antigo convento de São José encontram-se, atualmente, os Paços do Concelho de São Pedro do Sul, que para aqui se mudaram em 1842, na sequência do Decreto de Extinção das Ordens Religiosas, que pôs fim à curta vida conventual deste edifício. Na realidade, a licença para a construção do Convento de São José foi emitida em 1725, mas as obras apenas tiveram início em 1751 e prolongarem-se pela segunda metade da centúria, em terrenos doados por D. Maria Josefa de Almeida, situados na Quinta no Lugar de Fermil. Contudo, os religiosos habitavam as instalações desde 1755. As motivações que levaram à fundação desta casa conventual divergem do habitual, uma vez que em São José se pretendeu criar uma espécie de hospício, onde os religiosos da Ordem Terceira de São Francisco pudessem frequentar as Termas de São Pedro do Sul e, através dos banhos medicinais, recuperar a sua saúde. De facto, a tradição termal desta localidade remonta à época romana, e mantém-se viva até aos nossos dias. Depois da extinção dos conventos, a Câmara ocupou as suas instalações, cuja posse confirmou em 1886. Todavia, um violento incêndio, ocorrido em 1967, destruiu parte do imóvel, conservando-se, do edifício original, apenas a igreja e o claustro. As antigas dependências foram recuperadas, mantendo a sua função de Câmara Municipal. A igreja destaca-se pela escadaria que a antecede, delimitada por balaustrada na zona do patamar. Um cruzeiro marca o início da mesma, ainda no nível térreo. A fachada é rematada por um tímpano recortado, apresentando um arco abatido de acesso à galilé, a que se sobrepõe duas janelas de moldura recortada – uma rectangular e a outra oval -, sendo a primeira ladeada por nichos com as imagens de São Francisco e São Pedro de Alcântara. Na generalidade, esta composição recorda a frontaria de um outro convento franciscano, situado na cidade de Viseu – o convento de São Francisco do Monte. Ambas denotam a influência da arquitetura barroca, de cariz franciscano.
Já no interior, com altares e capelas formados por arcos de volta perfeita, salientam-se os retábulos de talha dourada, principalmnete o da Capela-mor, com colunas pseudo-salomónicas. Na sacristia, importa referir o arcaz com espaldar de talha dourada e azul, onde figuram pinturas representativas de passos da vida de São Francisco.
Por fim, o claustro, de dois andares, é formado por arcadas de capitéis da ordem toscada no piso térreo, e no segundo nível por colunas semelhantes mas assentes em suportes quadrangulares com os cantos chanfrados.
As restantes fachadas do edifício conventual denunciam um gosto de cariz Neoclássico, dominadas pelo frontão triangular e corpo central com janelas de sacada única.

Fonte: DGPC, Rosário Carvalho

A Igreja do Convento de São José possui um órgão histórico da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, opus 17, construído em 1788.

Órgão e respetiva tribuna

Órgão da Igreja do Convento de São José

Órgão da Igreja do Convento de São José

Pormenor da fachada

Órgão da Igreja do Convento de São José

Órgão da Igreja do Convento de São José