Músicos naturais do Concelho da Covilhã
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.
- Ana Cristina Campos Costa (professora)
- Ana Raquel Pinheiro (violoncelo)
- Campos Costa (maestro, 1929-2022)
- Carolina Campos Costa (violinista)
- Eugénia Melo e Castro (cantora, 1958)
- Inês Trindade (violinista, investigadora)
- Jaime Pinto Pereira (coletor, 1916-1987)
- Jorge Campos Costa (professor)
- Júlio Cardona (violinista, 1879-1950)
- Luís Campos Costa (pedagogo, divulgador)
- Luís Gaspar Dâmaso (direção)
- Margarida Gravito (professora, 1995)
- Tatiana Leonor (violoncelo, 1987)
- Tiago Campos Costa Barata (violinista)
Ana Cristina Campos Costa
Filha do maestro Campos Costa, Ana Cristina Campos Costa é professora de Educação musical na Escola Básica de Alfornelos, no concelho da Amadora. Iniciei os estudos musicais no Conservatório Regional de Música da Covilhã, fundado pelo seu pai. Frequentei o Instituto Gregoriano de Lisboa, o curso de direção Coral da ACAAL. Conclui a licenciatura em Direção Coral na Escola Superior de Música de Lisboa. Exerceu, e ainda exerce a função de maestrina em vários grupos corais no concelho da Amadora e Lisboa. Com o apoio da junta de Freguesia de Alfornelos e/ou Academia Intergeracional de Alfornelos organizou inúmeros concertos dos mais variados géneros musicais.
Ana Cristina Campos Costa
Carolina Campos Costa
Carolina Campos Costa, filha de Luís Campos Costa e neta do maestro Campos Costa, é violinista. Terminou o mestrado em Ensino de Música na Escola Superior de Música de Lisboa e está a frequentar o Mestrado em Música na especialidade de Violino com Augusto Trindade na Escola Superior de Artes Aplicadas, em Castelo Branco. Colabora regularmente com várias orquestras tais como: a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, a Orquestra Filarmónica Portuguesa, Lisbon Film Orchestra e Orquestra Académica Filarmónica Portuguesa. É membro da Neue Philarmonie München, Alemanha desde 2019. Leciona em várias escolas de Música.
Carolina Campos Costa, violinista
Eugénia Melo e Castro
Filha de E. M. de Melo e Castro e de Maria Alberta Menéres, escritores, Eugénia Melo e Castro é uma cantora e multiartista. Estudou Artes Gráficas e, em Londres, frequentou a London Film School, estudando cinema e fotografia. Entre 1977 e 1978 teve experiências como atriz de teatro, com o grupo Ânima (que fundou e onde desenvolveu trabalhos de poesia experimental encenada) e n’A Barraca. A ainda aspirante a cantora, entrou no meio musical português em 1978, cantando nos discos de José Afonso, Vitorino, Sérgio Godinho e Júlio Pereira.
Em 1979 entrou em contacto em Lisboa com os músicos brasileiros Yório Gonçalves e Kleiton Ramil, com quem escreve em parceria os temas que seriam gravados para aquele que seria o seu primeiro disco. Em 1980 deslocou-se ao Brasil, pela primeira vez, para convidar o pianista e arranjador Wagner Tiso.
Em 1982 foi editado o álbum “Terra De Mel”. O álbum “Águas De Todo O Ano” foi lançado em 1983. Do disco é retirado o single da canção “Dança da Lua”, um tema de Túlio Mourão e Ronaldo Bastos, cantada em parceria com Ney Matogrosso. Estes seus dois primeiros discos deram-me os prémios de melhor cantora e melhor disco em 1982 e 1983, em Portugal. Ambos os discos forma discos de platina.
Desempenhou o papel de atriz principal na telenovela “António Maria”, assumindo também a produção da sua banda-sonora. No mesmo ano, gravou “Emissário de Um Rei Desconhecido”, um tema de Milton Nascimento para um poema de Fernando Pessoa, incluído no álbum “Música Em Pessoa”, dedicado ao poeta. Em 1986, surgiu “Eugénia Melo E Castro III”, produzido por Guto Graça Mello, e com direção musical de Toninho Horta, Túlio Mourão, Wagner Tiso e Gilson Peranzetta.
Em 1988 lançou “Coração Imprevisto”, um álbum para piano e voz, com acompanhamento de Wagner Tiso. O disco foi considerado um dos 10 melhores discos do ano, nacional e internacional, no Brasil. O disco contou com a participação de Caetano Veloso no tema título do disco.
Em 1989 foi editada a coletânea “Canções E Momentos”. Em 1990 foi editado o álbum “O Amor É Cego E Vê” baseado em temas portugueses da primeira metade do século XX. Participam Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gal Costa, Ney Matogrosso e Simone. Este disco ganha disco de ouro em Portugal. No mesmo ano realizou o seu primeiro grande concerto em terras lusas, no Teatro São Luís, com direção de Mário Laginha.
Em 1991 gravou o 3º tema para a série de animação infantil televisiva Boa noite, Vitinho!, transmitida pela RTP, o qual foi editado em single discográfico pela editora Ovação.
Em 1993 gravou, em Lisboa, “Lisboa, Dentro de Mim (O sentimento de um Ocidental)”, que conta com produção da cantora. O álbum conta com a participação de músicos como Mário Laginha, Carlos Zíngaro, António Pinho Vargas, Pedro Caldeira Cabral, Márcio Montarroyos, Wagner Tiso e Nico Assumpção. No mesmo ano, foi editada a compilação “O Melhor De Eugénia Melo E Castro”. Em 1994 apresentou-se ao Vivo no CCB colocando no palco 3 pianos de cauda para os convidados Wagner Tiso, António Pinho Vargas e Mário Laginha.
Em 1995 regressou ao Brasil onde gravou “Eugénia Melo e Castro canta Vinícius de Moraes” que inclui a última gravação de Tom Jobim, piano e voz, em “Canta Mais”. Inclui outros grandes músicos e instrumentistas, como Egberto Gismonti. Deste disco resultou a primeira grande digressão no Brasil com mais de 50 espetáculos, e do qual resultou a primeira gravação ao vivo em CD, gravado no SESC Pompéia, intitulada “Ao Vivo Em São Paulo”.
Idealizou e criou o programa de televisão “Atlântico, realizado e produzido em Lisboa em 1998, com Nelson Motta. Estreia em março de 1999, em Portugal pela RTP e no Brasil através da TV Cultura, e reúne duplas de cantores e compositores dos dois países ao longo de 14 semanas.
Gravou “Tanto Mar” para o song-book de Chico Buarque. Gravou ao vivo o CD “Motor Da Luz” com a participação especial da Camerata Tiso.
Em 2001 foi lançada uma compilação especial de 16 Duetos gravados ao longo de 20 Anos. “Eugénia Melo e Castro.COM” inclui alguns duetos inéditos, sendo 3 com Ney Matogrosso, 2 com Caetano Veloso e outros com Gal Costa, Simone, Carlos Lyra, Chico Buarque, Gonzaguinha, Tom Jobim, Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Wagner Tiso, Toninho Horta e Paulo Jobim.
A maquete/demo gravada em 1979, com viola e voz, acompanhada por Júlio Pereira e Jaime Queimado, foi lançada em CD pela Som Livre em 2002.
Em 2002 foi editado o CD “Paz” escrito com o produtor brasileiro Eduardo Queiróz. Em 2004 gravou os discos “Dança da Luz”. Em 2006 gravou o cd duplo “DESCONSTRUÇÃO”, dedicado à obra autoral de Chico Buarque, tendo a participação de Chico Buarque em 3 temas, e de Adriana Calcanhotto em outro tema.
Em 2006 gravou em São Paulo um DVD comemorativo de 25 anos do lançamento do seu primeiro disco. O DVD foi lançado em 6 de Janeiro de 2007, comemorando 25 anos de carreira discográfica.
Em 2007 foi distinguida com o prémio Qualidade Brasil pelo conjunto da sua obra musical, que foi e está integralmente lançada no Brasil.
A 8 de Junho de 2009 foi feita Dama da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 2015 lança o seu primeiro disco infantil, “Conversas com Versos”, 14 poemas de sua mãe, retirados do livro do mesmo nome. Ney Matogrosso é o seu convidado neste disco, na faixa “O meu chapéu”.
Em 2018 lançou “Mar Virtual”, piano e voz, com Emilio Mendonça, dedicado à obra do seu pai, musicando poemas experimentais, e de poesia concreta.
Eugénia Melo e Castro, cantora, da Covilhã
Inês Trindade
Natural da Covilhã, Inês Nunes Trindade terminou, em 2019, o 12º ano na Escola Profissional de Música da Covilhã (EPABI), na classe de violino de João Mendes.
No mesmo ano, ingressou na Licenciatura de Ciências Musicais na NOVA-FCSH, a qual terminou como estudante do programa Erasmus+ estudos na Università Degli Studi di Padova, em Itália, em 2022.
Inês Trindade, violinista e investigadora
Durante o seu percurso académico, realizou voluntariado no Museu Nacional da Música, sob orientação de Rui Pedro Nunes; foi voluntária no Panteão Nacional sob a direção de Santiago Macias; realizou um estágio curricular no Laboratório de Informática Musical no CESEM, NOVA-FCSH, sob orientação da Professora Doutora Isabel Pires, e foi Bolseira de Iniciação à Investigação, financiada pela FCT, no Projeto CONCHA, no CHAM – Centro de Humanidades, sob orientação da Doutora Patrícia Sanches Carvalho, no que concerne o património musical de portos marítimos do período moderno.
Como violinista tem-se apresentado com a Orquestra Académica Portuguesa, a Orquestra do Círculo de Música de Câmara e o Ensemble Os Músicos do Tejo.
Frequenta o Mestrado de Ciências Musicais, com especialização em Musicologia Histórica.
Colabora no Projeto “Os Manuscritos Musicais do Mosteiro de Belém”, coordenado pela Doutora Océane Boudeau e é professora de violino na Sociedade Musical Odivelense.
Jorge Campos Costa
Jorge Campos Costa, filho do maestro Campos Costa, iniciou os estudos musicais no Conservatório da Covilhã e terminou o Curso Geral de Piano no Conservatório de Música do Porto com Hélia Soveral. Participou no Concurso de Piano “Júlio Cardona”, tendo obtido o 1º prémio, na sua classe, assim como o Prémio de Interpretação. Lecionou Educação Musical do Ensino Básico, tendo-se aposentado em 2021 na Escola de Canelas em Vila Nova de Gaia. Lecionou ainda nas Escolas de Música de Campo Alegre, Silva Monteiro e no Conservatório de Gaia, sendo um dos professores fundadores desta última instituição. Para além da música dedicou-se a outras atividades, tais como o estudo dos minerais, fósseis, astronomia e educação ambiental que inclui a construção dum Arboreto da escola, assim como outras atividades ligadas à natureza, tendo-lhe sido atribuído o Diploma de Mérito pela Junta de Freguesia da Vila de Canelas. É autor de três trilhos: “Trilha do Rei Ramiro”, “Roteiro dos moinhos de Sandim” e “O Porto de D. Hugo até ao Séc. XV”. Os dois primeiros foram publicados pela Câmara de Vila Nova de Gaia – Parque Biológico.
Jorge Campos Costa
Luís Campos Costa
Luís Campos Costa, 2º filho do maestro Campos Costa, tal como todos os irmãos iniciou os estudos musicais no Conservatório da Covilhã e completou-os no Conservatório Regional de Música de Castelo Branco. Estudou Guitarra Clássica na Escola Profissional de Guitarra “Duarte Costa” em Lisboa e teve aulas de aperfeiçoamento de Flauta Barroca com o músico e Engº Duarte Pimentel. Em conjunto com as autarquias criou várias Escolas de Música no Concelho do Fundão, nomeadamente em Vale Prazeres, Alcaide, Lavacolhos, Silvares e Valverde. Possui no Fundão uma Escola de Música particular. Participou na Rádio Covilhã com um programa semanal sobre música, na década de 1980. Formou o Grupo de Cavaquinhos na Academia Sénior da Covilhã. Leciona Educação Musical no Agrupamento de Escolas do Fundão.
Luís Campos Costa
Luís Gaspar Dâmaso
Natural da Covilhã, Luís Gaspar Dâmaso ingressou na EPABI – Escola Profissional de Música da Covilhã em 1992, na classe de Trompete de Fernando Jorge Ribeiro, tendo concluído o Curso de Instrumento em 1999.
Participou em diversos cursos de aperfeiçoamento, destacando-se os realizados no Cartaxo (1998) e em Oliveira do Bairro (1996) com José Augusto Carneiro e com Bruno Nouvion, no Seixal (1998).
Participou ainda em estágios de orquestra com Christopher Bochmann, integrando a Orquestra Sinfónica Juvenil (1996, 1997 e 1998) e com Luís Cipriano e Richard Ortien, integrando a Orquestra Sinfónica da EPABI (1997 e 1998).
Leia a biografia completa:
Mariana Morais
Natural da Covilhã, a violetista Mariana Morais iniciou os estudos musicais na Escola Profissional de Artes da Covilhã, na classe de Gonçalo Ruivo.
Participou em classes de aperfeiçoamento orientadas por Ana Bela Chaves, Susanne Van Els, John Throne, Máté Szücs. Integrou diversas orquestras, das quais se destacam The World Orchestra (Alicante), Orquestra Sinfónica da ESMAE, Orquestra Sinfónica da Casa da Música, Remix Ensemble, onde pôde trabalhar sob a direção dos maestros António Saiote, Peter Rundel, Michael Sanderling, entre outros.
Em 2020, concluiu o Mestrado em Ensino da Música na ESMAE, instituição onde, em 2018, concluiu a licenciatura em viola d’arco, na classe dos professores Jorge Alves e Rute Azevedo. Lecionou Instrumento na Academia Fusa (Ovar), na Academia de Música de Viatodos, na Pallco (Porto) e Formação Musical no projeto “Músicos D’Ouro” (Gondomar).
Mariana Morais
Mariana Morais, violetista, da Covilhã
Paulo José Proença Serra
Paulo José Proença Serra nasceu em 1970 em Verdelhos, Concelho da Covilhã. Entre 1980 e 1993 frequentou os Seminários do Fundão e da Guarda onde aprendeu a formação musical básica, harmonia, análise musical, composição e canto gregoriano. Entre 1987 e 1993 foi organista da Sé da Guarda. Frequentou, de 1991 a 1994, o 1.º Curso Nacional de Música Sacra em Fátima onde estudou Direção Coral, Técnica e Literatura de Órgão, Harmonia e Composição, Música Litúrgica, História da Música e Improvisação com os Mestres Hubert Velten e Joseph Stoiber da Universidade alemã de Wurzburg e com os portugueses Azevedo de Oliveira, António Cartageno, Eugénio Amorim, Paulo Antunes, Paulo Alvim, António Mário e com a supervisão do Cónego Ferreira dos Santos.
É professor de música no Seminário do Fundão desde 1996. Exerce ainda funções docentes na Vila do Teixoso – Covilhã. É, desde 2004, membro da Comissão Diocesana de Música Sacra da Guarda. É um dos fundadores da recém-criada «Escola de Música Sacra da Diocese da Guarda», tendo a seu cargo a lecionação da cadeira de Órgão. Assumiu a direção artística do Grupo Coral de Manteigas a 15 de outubro de 2001.
Tiago Campos Costa Barata
Tiago Campos Costa Barata, filho de Ana Cristina Campos Costa e neto do maestro Campos Costa, Engº Biológico, terminou o Conservatório Nacional de Lisboa na classe de violino com Luís Pacheco Cunha. Como aluno externo terminou o 8º grau de piano com Elisa Lamas. Participa regularmente em orquestras como violinista.
Tiago Campos Costa Barata
MÚSICOS NA HISTÓRIA
Jaime Pinto Pereira
Jaime Pinto Pereira publicou em Coimbra, em 1952, o volume I de Alegrias Populares (cancioneiro folclórico de Alvocp da Serra). Diz Rebelo Bonito nas “Breves Palavras” que acompanham o 2º volume: “Percorrendo com o seu gravador o concelho de Seia, registou o Rev. Padre Jaime Pinto Pereira abundante material músico-poético para o segundo volume do cancioneiro a que pôs o título Alegrias Populares.”
O segundo volume foi publicado 15 anos depois do primeiro. Em Sobral de São Miguel a Rua Padre Jaime Pinto Pereira homenageia o coletor de canções populares: 6225-331 Sobral de São Miguel, freguesia de Sobral de São Miguel, concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco (GPS: 40.213998, -7.743651).
Júlio Cardona
José Júlio Cardona da Silva (Covilhã, 29 de Março de 1879 – Lisboa, 2 de Abril de 1950) foi um músico e maçon português.
Júlio Cardona, violinista, da Covilhã
Foram distintas as suas provas como aluno do Conservatório Real de Lisboa, onde estudou e pelo qual era diplomado, dedicando-se, principalmente, ao estudo do violino, em que se tornou notável.
Fez parte do sexteto do Ginásio Lisboa, com outros músicos de nome.
Tendo, antes, percorrido várias terras e cidades do Norte de Portugal, dando concertos, entrou como componente da Orquestra do Real Teatro de São João do Porto, onde se conservou durante três anos, realizando várias audições no Palácio de Cristal.
Em 1897, passou a fazer parte da Orquestra do Real Teatro de São Carlos de Lisboa.
Leia a biografia completa: