Órgãos de tubos do concelho da Nazaré [2]
De acordo com as informações de que dispomos, os órgãos de tubos existentes no Concelho são os seguintes:
Igreja Matriz da Pederneira
[ Igreja Paroquial ] [ Nossa Senhora das Areias e de S. Pedro ]
Igreja Matriz da Pederneira
A Igreja da Fábrica Paroquial de Nossa Senhora das Areias e de S. Pedro da Pederneira é um edifício cuja construção decorreu entre os séculos XVI e XIX. Na opinião do padre António Carvalho da Costa, a atual Igreja Matriz terá sido construída pela população de Paredes, vila que no século XVI ficou completamente soterrada. Por este facto, muitos investigadores, dão como certa a fundação do aglomerado urbano da Pederneira pelas gentes da extinta vila de Paredes. Segundo José D’Almeida Salazar, Ermitão da Real Capela de Nossa Senhora da Nazaré, a Matriz da Pederneira, terá sido palácio ou casa de recreio do Cardeal Rei, D. Henrique, quando foi Abade d’Alcobaça, onde quase todos os anos passava o verão. De uma só nave, a igreja é composta por uma Capela-mor com altar de talha dourada do século XVII. A grande bancada da Irmandade é ornada de talha dourada setecentista. As paredes da nave e da Capela-mor são revestidas por um silhar de azulejos tipo “padrão”, verdes, azuis e amarelos, do século XVII, rematados por azulejos tipo “tapete”. Na Capela-mor, sobre duas portas, quadros cerâmicos embutidos com a cruz dos Bulhões, ostentam a seguinte inscrição: “Os devotos de Santo António mandaram azulejar esta Capela. Ano de 1637”.
Fonte: CMN
Santuário de Nossa Senhora da Nazaré
Santuário da Nazaré, templo com órgão
A imagem de Nossa Senhora da Nazaré é a de uma virgem negra. Esculpida em madeira, foi trazida de Mérida para este promontório oceânico, no ano de 711, por Frei Romano, que fugiu dos invasores muçulmanos na companhia de D. Rodrigo, o último rei visigodo, após a derrota dos exércitos cristãos na batalha de Guadalete. No Sítio da Nazaré ainda se podem observar os três santuários em que a imagem foi venerada ao longo dos tempos: uma pequena gruta junto à arriba, onde Frei Romano viveu como eremita e foi sepultado; a Capela da Memória, construída por D. Fuas Roupinho, à beira da falésia, sobre a gruta, onde a imagem foi venerada entre 1182 e 1377; e o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, fundado pelo rei D. Fernando I, em 1377, que começou a ser reconstruído no início do século XVII até adquirir a sua forma atual. A fachada de grandes dimensões ergue-se acima de um terreiro espaçoso para acomodar os peregrinos e os romeiros. É dominada por duas torres sineiras e está ladeada por dois edifícios: o do hospital e o antigo paço real, onde se alojavam os reis e outros altos dignitários, quando ali se deslocavam. No interior, destacam-se os azulejos holandeses do início do século XVIII que cobrem a nave, bem como as pinturas da sacristia que descrevem a história do milagre que salvou a vida a D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do Castelo de Porto de Mós, que tinha por hábito caçar nesta região. De acordo com a lenda, numa manhã de nevoeiro, decorria o ano de 1182, D. Fuas Roupinho perseguia um veado quando o viu desaparecer no precipício. Alarmado pelo perigo, pediu ajuda à Virgem e logo o cavalo estacou, salvando a sua vida. Em ação de graças, D. Fuas Roupinho mandou construir a Capela da Memória. A imagem de Nossa Senhora da Nazaré que, segundo se crê, é a original, encontra-se no altar da igreja e atrai grandes romarias anuais, que decorrem a 8 de setembro.
Fonte: Monumentos
Órgão histórico
Órgão de tubos do Santuário da Nazaré