Tag Archive for: música na Sertã

Miguel Calhaz, contrabaixista natural da Sertã
Músicos da Sertã

Músicos naturais do Concelho

Miguel Calhaz

Músico, professor, freelancer, cantautor e contrabaixista, Miguel Calhaz (nome artístico de Miguel Luís da Cunha Reis Calhaz) mantém vários projectos musicais nas áreas do Jazz, da World Music e da Música Portuguesa.

Lançou em nome próprio o seu álbum de estreia “Estas Palavras” (Disco Antena1) em 2012. O seu segundo disco saiu em 2017 com o título “vozCONTRAbaixo”, e o terceiro em 2023 “Contemporânea Tradição” (Edição JACC Records).

Frequentou classes de aperfeiçoamento e workshop’s de Jazz e de contrabaixo com Carlos Bica, Carlos Barreto, Ruffus Reid, Omer Avital, Bernardo Moreira, Aaron Goldberg, John Ellis, Peter Erskine, entre outros.

Venceu em âmbito de concursos os seguintes prémios:

  • Prémio José Afonso (tema original) no 3º Festival Cantar Abril – Teatro Municipal de Almada, 2011
  • Prémio Ary dos Santos (melhor letra) no 4º Festival Cantar Abril – Teatro Municipal de Almada, 2013; e Prémio Adriano Correia de Oliveira (melhor recriação) no mesma edição com o grupo ContraCorrente.
  • Prémio Ary dos Santos (melhor letra) no 5º Festival Cantar Abril – Teatro Municipal de Almada, 2015
  • Autor do tema “Ponte Romana”, que obteve o 1º lugar na categoria Música na 1ªedição do concurso “conte connosco Santander-totta” com o grupo Trilhos.

Miguel Calhaz nasceu na Sertã em 1973. Iniciou os estudos musicais aos nove anos na Filarmónica União Sertaginense.

Licenciou-se em Educação Musical pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico da Guarda, e em Contrabaixo/Jazz da Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto (ESMAE/IPP). É Mestre em Ensino da Música Jazz pela ESMAE/IPP.

É Professor do Curso Profissional de Jazz e da Orquestra Geração na Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra. Nasceu na Sertã em 1973.

Citações

“…sei da sua música e da forma delicada como a aborda e traz até nós, que ela envolve e convida, tanto à reflexão como à esperança. Sei ainda que as canções que imagina são pontes que lança ao encontro da nossa sensibilidade…”
(Armando Carvalheda in “Viva a Música” Antena1)

“… Não há dúvida quanto à família musical de Miguel Calhaz (…): a música popular portuguesa no seu melhor. Com um toque de novidade no instrumento escolhido por este cantautor para o acompanhar em palco: o contrabaixo.”
(Pedro Dias de Almeida in “Visão”)

Veja AQUI a discografia de Miguel Calhaz.

Miguel Calhaz, contrabaixista natural da Sertã

Miguel Calhaz, contrabaixista natural da Sertã

Rancho Folclórico e Recreativo Clube Bonjardim
Folclore na Sertã

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

  • Região: Beira Baixa
  • Distrito: Castelo Branco
  • Concelho: Sertã
Rancho Folclórico e Recreativo Clube Bonjardim

O Rancho Folclórico e Recreativo Clube Bonjardim tem a sua sede em Cernache do Bonjardim mais precisamente no Edifício Centenário do Clube Bonjardim. É constituído por cerca de 40 elementos, com idades entre os 3 os 63 anos. A formação do Rancho em 1990 teve como principal objetivo preservar os costumes, trajes, danças e cantares dos nossos antepassados, quer nos dias de festa e romarias, quer nas diversas fainas agrícolas.

Os trajes são réplicas autênticas dos que se usavam antigamente. As danças, músicas e cantigas são fruto de recolhas efetuadas junto de pessoas idosas de Cernache do Bonjardim e das aldeias em redor.

Rancho Folclórico e Recreativo Clube Bonjardim

Rancho Folclórico e Recreativo Clube Bonjardim

Filarmónica União Sertaginense, da Sertã
Filarmónicas da Sertã

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

Filarmónica União Sertaginense

Se olharmos para os estandartes daFilarmónica União Sertaginense, poder-se-á pensar que foi fundada em 1 de dezembro de 1830. Todavia, o Almirante Tasso de Figueiredo, num opúsculo em 1906, fala da Philarmonica Patriota Certaginense, cuja existência seria secular, e da Sociedade Musical Recreio Artista, cuja fundação era mais recente. Existiam, pois, em 1906, duas filarmónicas na Sertã, as quais, um dia, ao virem de uma festa, se envolveram em desacatos. Este episódio acabou por dar origem à fusão das duas, de que nasceu a atual Filarmónica União Sertaginense.

A F.U.S. tem atuado em vários pontos do país, em especial nas Regiões Centro e Norte, e na Ilha do Pico (Açores), festas populares, festivais de bandas e concertos públicos, inclusive na FIL em Lisboa. Num passado recente teve um Grupo de Música Portuguesa e uma Orquestra Ligeira. Conta com cerca de 60 elementos, com uma média baixa de idades (cerca de 18 anos) sendo o seu contramestre o músico mais idoso com 42 anos.  Depois do trabalho realizado por inúmeros maestros nos últimos anos, alguns deles chefes de banda militar, a banda teve necessidade de renovar o seu espírito de trabalho e realizar novos projetos, concertos temáticos e mistos, festas e romarias, intercâmbios com outras bandas, estágios, classes de aperfeiçoamento e participação em concursos de bandas em Portugal e no estrangeiro.

Frequentam o Conservatório de Minde 14 elementos da Banda, 4 frequentam/frequentaram estudos superiores em Música e seis passaram por vários graus de conservatórios. Tem uma Escola de Música, com cerca de 30 alunos, que dá garantias de continuidade da banda. Tem instalações próprias, bastante amplas, no centro da vila da Sertã, inauguradas em 1997.

FUS

Filarmónica União Sertaginense, da Sertã

Filarmónica União Sertaginense, da Sertã

Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense

Instituição de Utilidade Pública desde 1988, a SFAP, de Pedrógão Pequeno, foi fundada em 1891. É composta por 37 músicos a sua grande maioria com idade inferior a 25 anos. A sua fundação é atribuída a um grupo de pedroguenses liderados por Adelino Duarte Pessoa dos Santos (que foi músico, regente e director). Devido ao facto de já existirem outras bandas nas redondezas, ao ser fundada mais uma deu-se-lhe o nome de “Aurora” por ser o nascer de uma nova alma musical.

Sucederam-lhe Alfredo das Neves Conceição, Francisco Alves dos Santos, José Inácio Pessoa (também músico e Maestro), o Padre Matos a partir de 1916 (sendo também Maestro). Em 1925 reassume a Direcção Francisco Alves dos Santos, seguido do Professor António Ferreira David, Francisco Costa Mouga, Inácio Henriques Vidigal, António Henriques Vidigal, José Martins e José Simões da Aldeia (1932/1933). Entre 1934 e 1942 a Filarmónica foi liderada por Gustavo Perfeito Sequeira Alves, que também foi musico e Maestro (em algumas ocasiões). Em 1944 o Padre Serafim Serra assumiu a liderança da Filarmónica com a colaboração de Francisco Alves da Silva e José Antunes Amaro. Sendo a regência da Banda entregue ao Maestro Ângelo Ambrósio. Foi o início de um novo ciclo que vai terminar com a crise diretiva e financeira de 1975.

Durante este período passaram pela Filarmónica alguns maestros, dos quais se destacou José da Cunha Medeiros, que dirigiu a Banda durante cerca de 15 anos, tendo ainda ensinado a sua profissão (alfaiate) a alguns jovens da terra, que por sinal também eram músicos.

Em 1954 a Filarmónica atuou na receção ao então Presidente da República General Craveiro Lopes, aquando da inauguração da Barragem do Cabril.

Em 1979 foi criada a Escola de Música por Fernando Mouga, tendo sido o Padre João António da Silva o seu primeiro professor. Poucos meses depois foi contratado o Maestro Diogo António Santana, que também assumiu a Direcção da Escola de Música. Em 1980 entraram para a Banda os primeiros Músicos do sexo feminino, Suzete dos Santos Mendes e Judite Maria dos Santos Mendes.

Em 1986 a Filarmónica adquiriu o primeiro autocarro, tendo tido um papel relevante na sua aquisição um grupo de pedroguenses radicados em Lisboa e no Canadá. Em 1989, foi promovido a Maestro o jovem Carlos Alberto do Carmo António Venâncio (formado na Escola de Música da SFAP) que dirigiu a Filarmónica até 2002.

O verão de 2004 fica marcado por uma profunda crise diretiva e financeira. Emília Martins Leitão tornar-se-ia a primeira mulher a ocupar cargos diretivos na coletividade. A estabilidade diretiva foi atingida em 13 de novembro de 2004 com a eleição dos corpos sociais.

Ao longo da sua existência esta Filarmónica realizou atuações um pouco por todo o País, com especial incidência na Região Centro e na zona de Lisboa. Tendo nas décadas de oitenta e de noventa, participado em várias receções a membros do governo que se deslocaram a esta região, conta ainda no seu historial com deslocações a Espanha, Madeira e Açores. Em 2001 gravou um CD.

Desde 1992 vem organizando encontros de bandas com regularidade, tendo em 2007 decorrido a sua 11ª edição. Em 2001, atuou no estádio da Luz perante cerca de 30 mil espectadores aquando da realização do jogo Benfica – Alverca.

SFAP

Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense

Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense

Igreja do Seminário das Missões, Cernache do Bonjardim

Órgãos do Concelho da Sertã

De acordo com a informação disponível, existem no Concelho dois órgãos históricos, nas seguintes igrejas.

Igreja do Seminário das Missões

Cernache do Bonjardim [ de São João Baptista ]

Igreja do Seminário das Missões, Cernache do Bonjardim

Seminário das Missões, Cernache do Bonjardim

O Real Colégio das Missões Ultramarinas (nome original) foi mandado construir por D. João VI com a finalidade de preparar sacerdotes para o Grão Priorado do Crato. Por aqui passaram figuras de relevo, da vida eclesiástica e de outras atividades, sendo por muitos considerado como “o mais notável foco missionário em Portugal nos tempos modernos”. Construído em 1794, foi dotado em 1801, pela rainha D. Mariana de Áustria, com uma renda para formar padres para a China. Em 1834, D. Joaquim António de Aguiar extinguiu as ordens religiosas e o colégio foi encerrado. Reabriu em 1855, sob a dependência do então Ministério das Colónias, com a função de preparar pessoal missionário para os territórios ultramarinos do Padroado. O Colégio das Missões foi convertido em Liceu Colonial. Durante a implantação da República, a torre da igreja do seminário foi destruída, assim como algumas imagens religiosas. Em 1930, o seminário passou a integrar a Sociedade Missionária da Boa Nova. Além de possuir um vasto património artístico e cultural, de onde se destacam os azulejos que retratam cenas de evangelização colonial, o seminário dispõe de uma biblioteca com cerca de 7.300 obras. Na igreja do seminário, merece especial atenção o altar-mor de estilo hispano-árabe e o órgão do séc. XVIII, além de vários quadros do pintor Bento Coelho da Silveira. Veneram-se neste templo as imagens de Nossa Senhora da Conceição e de São João Batista.

Órgão de tubos

O órgão foi construído em 1804 pelo grande organeiro António Xavier Machado e Cerveira, seu opus ou trabalho nº 68. O órgão tem apenas um teclado manual e 16 meios registos (8+8). Foi restaurado em 1992, pela Oficina e Escola de Organaria, de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, com sede em Esmoriz, sendo o seu opus 1.

Tubaria da montra

Órgão da Igreja do Seminário das Missões

Órgão da Igreja do Seminário das Missões

Igreja Matriz de Cernache do Bonjardim

[ Igreja Paroquial ] [ São Sebastião ]

Igreja Matriz de Cernache do Bonjardim

Igreja Matriz de Cernache do Bonjardim

Imóvel de Interesse Público (1960), a Igreja Matriz de Cernache do Bonjardim começou a ser construída em 1555. É uma igreja renascentista com teto tripartido, três altares de talha dourada e Capela-mor com panos murários revestidos de azulejos figurativos. Num estilo similar ao gótico, interiormente, o templo é dividido em três naves, sendo a nave central mais alta, separadas por cinco arcos torais de volta perfeita assentes em colunas toscanas. Ao fundo, vê-se o coro alto em madeira. Ladeando o arco triunfal, dois altares com retábulos de talha dourada, dedicados à Virgem Maria e ao Sagrado Coração de Jesus. Abrindo para a Capela-mor, há um arco triunfal de volta perfeita com pedra de armas em talha no fecho, encimado por nicho integrando a imagem de Cristo Crucificado e ladeado por colunas pseudo-salomónicas. As paredes são revestidas por painéis de azulejos figurativos azuis e brancos, setecentistas, com cenas da vida de São Sebastião e ao centro possui um retábulo em talha dourada. É coberta por abóbada de berço com caixotões delimitados por frisos de cantaria. Atualmente, a igreja é composta pelo altar-mor e seis altares laterais e contempla azulejos setecentistas que revestem as paredes da Capela-mor, sendo os tetos das naves forrados a madeira.

Fonte: CMS

O órgão, que tem um só teclado manual, está localizado na nave, do lado do Evangelho.

Órgão da igreja matriz de Cernache do Bonjardim

Órgão da matriz de Cernache do Bonjardim

Montra do órgão

Órgão da Igreja Matriz de Cernache do Bonjardim

Órgão da Matriz de Cernache do Bonjardim