Músicos naturais do Concelho do Montijo
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e o património musical.
- Dulce Pontes (cantora, 1969)
- Humberto d’Ávila
- Jorge peixinho (compositor, 1940-1995)
- Jorge Vaz de Carvalho (barítono, 1955)
Dulce Pontes
Dulce Pontes, cantora, do Montijo
Humberto d’Ávila
Natural do Montijo, Humberto d’Ávila (1922-2006) foi o sócio-fundador n.º 1 da JMP. Cultivou desde cedo o gosto pela música, iniciando a atividade de crítico da especialidade no jornal O Século, em cujas páginas também se destacou como cronista de teatro.
Fez inúmeras apresentações e conferências por ocasião das primeiras temporadas de concertos da Juventude Musical Portuguesa (JMP), nomeadamente no Instituto Italiano e no Salão de Festas de O Século. Fundador e diretor do Círculo de Cinema, e diretor dos Companheiros do Pátio das Comédias, foi inspetor e, mais tarde, diretor do extinto Instituto Português do Património Cultural, onde criou um Departamento de Musicologia, graças ao qual alguns importantes espólios documentais e artísticos foram preservados.
Cultor enérgico do espírito associativo, a sua ação neste capítulo mostrou-se particularmente relevante ao ligar o seu nome à fundação da JMP e a instituições como a Associação Portuguesa de Educação Musical, o Conselho Português da Música e a Fundação Musical dos Amigos das Crianças, de todas havendo pertencido aos respetivos corpos sociais.
Como literato, deixou obra multifacetada, que se reparte pelo teatro declamado (várias peças, entre as quais Teia de Mentiras), pela intervenção (Para Quando Festivais de Arte em Portugal? – 1957) e pela musicografia (Lambertini e a Odisseia do Museu Instrumental – 1984, Malhoa e a Música do seu Tempo – 1986 e Almeida Mota, Compositor Português em Espanha – 1996), sem esquecer os muitos artigos que redigiu para dicionários, enciclopédias, jornais e revistas como a Seara Nova, O Globo, Mundo Literário e Diário de Notícias. À data da sua morte, Humberto d’Ávila tinha o grau de comendador da Ordem do Infante Dom Henrique.
Jorge Vaz de Carvalho
Jorge Vaz de Carvalho é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Ingleses) pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1989.
Concluiu o Mestrado em Literaturas Comparadas na Universidade Nova de Lisboa, com a mais alta classificação, defendendo tese sobre a obra de Teolinda Gersão. Foi sub-Director do IELT Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, membro do Centro de Estudos Americanos da Universidade Aberta de Lisboa e professor de Português do Ensino Secundário durante 9 anos, entre 1975 e 1984.
O seu multifacetado percurso no panorama cultural tem-se, entretanto, centrado na actividade musical. Enquanto cantor lírico, estreou-se no Teatro de São Carlos de Lisboa, em 1984, a cuja companhia residente pertenceu até iniciar a carreira internacional, em países como a Alemanha, Austrália, Bélgica, China e Macau, Espanha, Croácia, França, Israel, Itália ou Japão. Além de dezenas de papéis principais que interpretou, em óperas de Mozart, Rossini, Donizetti, Verdi, Puccini, Bizet, Gounod, Massenet ou Wagner, desenvolve actividades de concertista e de recitalista.
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Jorge Vaz de Carvalho, barítono, do Montijo
HISTÓRIA
Jorge Peixinho
Jorge Peixinho (1940-1995) foi um dos mais importantes compositores portugueses do século XX, tendo tido um papel fundamental na actualização do panorama musical do país entre 1961 e meados da década de 1980, não apenas através da sua actividade criativa, mas também enquanto incansável divulgador, ensaísta e intérprete.
A sua obra, em que se detecta uma progressiva evolução estilística, conjuga com uma crescente originalidade a flexibilidade da ideia ou da execução musical e o rigor da escrita.
Nasceu no Montijo, onde iniciou os estudos de piano com sua tia Judite Rosado. Estudou Composição no Conservatório Nacional, em Lisboa, com Artur Santos (1948-1954) e Jorge Croner de Vasconcellos (1954-1956). Terminou em 1958 o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional, onde trabalhou com Fernando Laires, tendo também frequentado brevemente a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Como bolseiro da Fundação Gulbenkian, aperfeiçoou-se em Composição em Roma entre 1959 e 1961 com Boris Porena e Goffredo Petrassi, adoptando então o cromatismo integral e o atonalismo serial como base para a assimilação de novas técnicas criativas.
Na Holanda, em 1960, familiarizou-se com as possibilidades oferecidas pelos estúdios de música electrónica. Trabalhou ainda com Luigi Nono em Veneza e com Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen em Basileia, tendo frequentado, na década de1960, os cursos internacionais de composição de Darmstadt, onde participou em obras colectivas orientadas por Stockhausen.
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Jorge Peixinho, compositor, do Montijo