Tomar e os seus órgãos de tubos

Convento de Cristo
Órgãos de tubos do concelho de Tomar [3]

De acordo com as informações de que dispomos, os órgãos de tubos existentes no Concelho são os seguintes:

Convento de Cristo

Convento de Cristo

Convento de Cristo

Convento de Cristo é o nome pelo qual é mais conhecido o conjunto monumental constituído pelo Castelo Templário de Tomar, o convento da Ordem de Cristo da época do Renascimento, a cerca conventual, hoje conhecida por Mata dos Sete Montes, a ermida da Imaculada Conceição e o aqueduto conventual, também conhecido por Aqueduto dos Pegões. O castelo teve a sua fundação em 1160 e compreendia a vila murada, o terreiro e a casa militar situada entre a casa do Mestre, a Alcáçova, e o oratório dos cavaleiros, em rotunda, a charola, esta concluída em 1190. Em 1420, com o castelo então sede da Ordem de Cristo, o Infante D. Henrique, o Navegador, transforma a casa militar num convento, para o ramo de religiosos contemplativos que ele introduz na Ordem de Cristo, e adapta a Alcáçova para sua casa senhorial. No início do século XVI, D. Manuel I, Rei e Governador da Ordem de Cristo amplia a Rotunda templária para ocidente, com uma nova construção extramuros, a qual inicia um discurso decorativo que celebra as descobertas marítimas portuguesa, a mística da Ordem de Cristo e da Coroa numa grandiosa manifestação de poder e de fé. A partir de 1531, com a reforma da Ordem de Cristo, por D. João III, vai ser construído o grandioso convento do renascimento, contra o flanco poente do castelo, e rodeando a nave Manuelina. O convento verá a sua conclusão com o aqueduto com cerca de 6 km de extensão, com Filipe II de Espanha, e com os edifícios da Enfermaria e da Botica, no tempo que sucedeu à guerra da Restauração. O conjunto destes espaços, construídos ao longo de séculos, faz do Convento de Cristo um grandioso complexo monumental que mereceu a classificação de Património da Humanidade, pela UNESCO.

Fonte: Convento de Cristo

charola, tubo de órgão

Tubo da charola

Tubo da charola do Convento de Cristo

Tubo da charola do Convento de Cristo

Pormenor do tubo de madeira

Tubo da charola do Convento de Cristo

Tubo da charola do Convento de Cristo

Tubo da charola e cruz de Cristo

Tubo da charola do Convento de Cristo

Tubo da charola do Convento de Cristo

Tubo da charola

Algumas pessoas que visitam o Convento de Cristo ficam curiosas ao verem o grande tubo que se encontra dentro da charola. Tem o formato de um tubo metálico de órgão mas a sua construção é de madeira. Tem uma altura total de 11,42 m e um diâmetro exterior de 75 cm. O tubo difere dos tubos convencionais de madeira que têm a secção quadrangular que normalmente não se vêem.

Estaria anexo a um órgão do sec. XVI que se encontrava na parede em frente da entrada da Igreja. Esse órgão foi tocado por António Rombo nos anos de 1534 a 1536 As invasões francesas vandalizaram o instrumento retirando-lhe os tubos metálicos e o órgão foi mais tarde desmantelado tendo o vão da parede onde se encontrava sido fechado a alvenaria já no sec. XX. O grande tubo cujo construtor se desconhece ao certo, nunca foi mexido. É que sendo de madeira e de grande porte certamente que não interessou à soldadesca dos invasores. Ficou assim no local onde hoje se encontra.

O formato em secção circular semelhante à dos tubos metálicos dos órgãos dever-se-ia talvez a uma questão de estética uma vez que está bem à vista encostado a uma coluna lateral semicircular.

O tubo teria sido alimentado por um fole e um reservatório de ar próprios que deviam situar-se numa dependência contígua à charola que se chamava a “casa dos órgãos” que foi demolida por volta de 1940.

Produzia um som único a uma frequência muito baixa que servia de fundo à música do órgão e ao cantochão. O seu funcionamento seria accionado pelo organista através de um manúbrio ou pisante na consola do instrumento.

Pouco mais se sabe em pormenor acerca do tubo e do órgão a que estava anexo, pois tiveram lugar os vandalismos causados pelos franceses e houve depois sucessivas obras e alterações ao edifício do Convento em diversas épocas, perdendo-se ao longo do tempo muita informação que hoje se desconhece.

Sabe-se porém que não existe em Portugal nenhum tubo semelhante. Possivelmente até nem existirá em qualquer outra parte do mundo. Se realmente for assim, está-se neste país perante mais um caso único, em termos de organaria ao âmbito mundial comparável aos dos seis órgãos na Basílica de Mafra.”

O Templário, Edição nº 885, 07 Dezembro 2005

Igreja da Misericórdia 

Igreja da Misericórdia 

Igreja da Misericórdia de Tomar

A Igreja de Nossa Senhora da Graça, da Santa Casa da Misericórdia de Tomar, possui no coro alto um órgão histórico (positivo de armário) de Thomas Neapolitanus, construído em 1756, restaurado em 2011.

coro alto

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

coro alto e órgão de armário

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão com as portadas abertas

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Perspetiva lateral

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Montra

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Data e organeiro

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Pormenor

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Órgão da Igreja da Misericórdia de Tomar

Igreja Matriz de Tomar

Igreja Matriz de Tomar

Igreja Matriz de Tomar

A primitiva Igreja Paroquial de São João Baptista de Tomar remonta ao tempo do Infante D. Henrique. No início do século XVI, foi reconstruída e ampliada. Em 1510 documenta-se o final das obras e no ano seguinte concluía-se a estrutura da torre sineira. O templo manuelino desenvolve-se em planta retangular. Dividindo-se em três naves, perfeitamente demarcadas no exterior, possui uma torre sineira de grandes dimensões edificada do lado esquerdo da fachada. O portal principal, de gosto manuelino, apresenta um arco contracurvado enquadrado num alfiz totalmente decorado com relevos de motivos vegetalistas, zoomórficos e símbolos heráldicos. O interior, coberto por tetos de madeira, apresenta as naves divididas por arcos quebrados. A cabeceira tripla é ladeada por capelas comunicantes com cobertura de abóbada de nervuras cujas mísulas de apoio são decoradas com heráldica manuelina. Do programa decorativo destaca-se o púlpito de secção poligonal repleto de relevos vegetalistas lavrado em 1513. Os altares laterais, em cantaria, foram edificados no século XVII, na mesma época em que a cabeceira foi revestida de painéis de azulejos. Estes acabariam por ser retirados no primeiro quartel do século XVIII, quando foi colocado no seu lugar o retábulo-mor de talha dourada. A Igreja de São João Baptista foi restaurada pela primeira vez em 1875, embora oito anos depois desta data se reclamassem novas obras no templo, nomeadamente o restauro do portal e do púlpito.

Fonte: IPPAR/2006, Catarina Oliveira

A Igreja Paroquial de São João Batista de Tomar possui um órgão inglês do século XIX, restaurado em 1984 a expensas da Câmara Municipal de Tomar. Quando visitei Tomar em 2017, estava novamente em restauro. (AJF)

Órgão

Órgão da Igreja de São João Batista

Órgão da Igreja de São João Batista