Joaquim António Peres Fontanes – Organeiro estabelecido em Lisboa durante os fins do século XVIII e principios do XIX. Construiu três dos seis órgãos da Basílica de Mafra. Também são de Joaquim Peres Fontanes os órgãos da Sé, Madalena e Loreto, semelhantes na fábrica aos de Mafra mas um pouco maiores. Terá falecido antes de 1820. (Cf. Ernesto Vieira)
Joaquim Lourenço Ciais Ferraz d’Acunha – organeiro de origem espanhola do século XVIII), “responsável pela construção do órgão da Igreja do Convento do Carmo (Braga), em 1790. Em 1779, um organeiro com o mesmo apelido, Sebastião Ciais Ferraz da Cunha, constrói os dois órgãos da igreja dos Clérigos, no Porto. Em Gaia, Manuel Valença, encontrou num dos livros de assento das sepulturas o nome de Sebastião Ciais – “Nesta sepultura 17ª se sepultou D. Sebastião Me [mestre] que fez o nosso Orgão aos 18 de Mayo de 1787”. (José Alberto Rodrigues)
Em colaboração com João Nicolau Ferreira, Joaquim Silvestre Serrão (Setúbal, 16 de Agosto de 1801 — Ponta Delgada, 20 de Fevereiro de 1877) reparou e construiu um número significativo de órgãos das ilhas açorianas: Convento de São Francisco (Ilha de Santa Maria); Igreja de São Pedro, Ponta Delgada, 1858) (Ilha de São Miguel); Igreja das Feteiras (1860), Igreja da Misericórdia, Ribeira Grande, (1863), Igreja de Santo António, Capelas, (1875), Igreja Nossa Senhora da Ajuda, Bretanha, (1877), Sé de Angra do Heroísmo, destruído, (1850) (Ilha Terceira).
José António de Sousa – organeiro de Braga do século XVIII “que, em 1774, aquando do contrato com a Irmandade da Senhora à Branca se indica “Joze Antonio de Sousa da rua dos Chãos de Baixo desta cidade”. Contudo, em 1782, residia na rua do Alcaide, segundo refere o contrato notarial para a construção do órgão para a Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco (Terceiros). Em 1778, celebra contrato de um novo órgão para a matriz de Torre de Moncorvo, localidade que à época pertencia à Arquidiocese de Braga. (José Alberto Rodrigues)
José Carlos de Sousa – organeiro do século XVIII de quem apenas se conhece uma obra. “Trata-se do órgão positivo (de armário) da Sé de Braga, construído em 1799, e que esteve em uso até aos anos 50, do século XX, na Capela de Nossa Senhora da Piedade. No interior consta a inscrição: “Para honra e gloria de Deos e de Sua May Santissima mandou fazer este órgão o ill.mo e Rev.mo Manoel de Lima e Abreu Tezoureiro mor da Sé Primaz e Joze Carlos de Sousa professor de órgão e fez no anno de 1799”. (José Alberto Rodrigues)
José Joaquim da Fonseca – organeiro português do séc. XIX que teve a sua oficina no Porto. Dele são conhecidos os seguintes órgãos: 1871 – igreja de Santa Maria da Vitória (Porto); 1878 – Igreja Paroquial de Oliveira do Douro (Gaia); 1863 – Igreja Paroquial da Foz do Sousa; 1863 – igreja de São João de Souto (Braga); 1868 – Igreja São Domingos (Amarante) 1885 – Igreja da Maiorca (Figueira a Foz); Séc. XIX – Capela das Almas (Porto).
Kuhn – Orgelbau Kuhn AG, grande firma de organaria sediada na Suíça com mais de 1700 trabalhos na Suíça, Áustria, Alemanha, Noruega, Reino Unido, França, Finlândia, Portugal, Coreia do Sul, Itália. Em Portugal, construiu o grande órgão da Igreja Paroquial de São Martinho de Cedofeita (Porto). (António José Ferreira)
Lagonsinha – Manuel de Sá [ Couto ], “organeiro que trabalhou nos princípios do século XIX, produzindo uma grande parte dos órgãos existentes na Província do Minho, especialmente em Braga. Era natural da Freguesia de onde tirou o apelido, próximo de Santo Tirso, tendo tido por mestre na fabricação de órgãos um frade do Convento de Tibães. Faleceu cerca de 1846. Atribui-se-lhe a construção do grande órgão que está hoje no Santuário do Bom Jesus, transferido do convento dos frades bernardos de Bouro, Amares. (Cf. Ernesto Vieira)
Padre Lourenço da Conceição (de Sousa) – organeiro do século XVIII “que professou na Congregação de São João Evangelista (Lóios) e que residiu na rua do Paraíso, no Porto. Em 1721, contratualizou os órgãos da Igreja da Misericórdia de Viana e, em 1736, encontra-se em Braga, a construir o órgão da Igreja do Convento do Salvador. Entre 1717 e 1733, existem referências ao mesmo na Sé do Porto, na construção de três órgãos, um à entrada do templo e dois na Capela-mor. Na mesma cidade irá construir um órgão para a Ordem Terceira de São Francisco, cerca de 1731. Em 1730, ajusta um novo órgão para a Sé de Viana.” (Cf. José Alberto Rodrigues)
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