Vieira do Minho e as suas filarmónicas
Filarmónicas de Vieira do Minho
Bandas de Música, História e Atividades no Concelho
Sociedade Filarmónica de Vieira do Minho
A origem da Sociedade Filarmónica de Vieira do Minho terá ocorrido na freguesia do Mosteiro em 1898. Divergências no seio da banda de Vilarchão levaram a que o seu regente, Professor Reis e alguns dos seus músicos (em grande parte oriundos do Mosteiro) tivessem saído e formado a banda no Mosteiro, denominada por Música Velha.
Por volta do ano de 1918, alguns músicos sairam e formaram uma nova Banda (Música Nova) no lugar de Brancelhe, atual sede do concelho de Vieira do Minho. Testemunhos dão conta que esta transferência se deveu uma vez mais, a divergências entre os músicos, mas também a desentendimentos políticos ocorridos na época (Republicanos contra Monárquicos). A Sociedade Filarmónica de Vieira do Minho é composta por 50 músicos, dirigida pelo maestro Domingos José Campos Cardoso. Conta com uma escola de música, na qual dois professores ensinam a arte musical a cerca de 24 alunos, com o apoio da Academia de Música do Alto Ave, fundada em 2008, pelo Município de Vieira do Minho.
Sociedade Filarmónica de Vilarchão
Segundo relatos transmitidos de pais para filhos, por volta do ano de 1830, um padre da casa de Portela de Baixo, com outros clérigos, nomeadamente o padre da casa da Portela de Cima, o padre da casa de Novais, um padre da Pereira, e um carpinteiro, conhecido pelo apelido de “Vigário”, organizaram uma orquestra de Capela (música) para solenizarem os atos de culto na igreja, em dias de festa, nos serviços fúnebres e outros serviços religiosos.
Com a ida do Professor Reis, de Salvador (Touvedo), Ponte da Barca, para a escola de Vilar Chão, a orquestra tomou novo rumo. O professor começou a ensinar novos músicos e a primitiva orquestra transformou-se em Banda de Música, com cerca de vinte músicos. A orquestra era composta por vozes e instrumentos de arco (violinos e violoncelos), passando depois a utilizar instrumentos de sopro e percussão (requinta, clarinete, cornetim, trompa, trombone, bombardino, contrabaixo, caixa, pratos e bombo). Por volta de 1842 surgiu um desentendimento entre o Professor Reis e alguns dos músicos, o que levou o maestro a sair da banda, conjuntamente com alguns músicos que lhe eram fiéis, indo para a freguesia de Mosteiro, onde passou a lecionar, casou e organizou uma Banda de Música. A Banda de Vilar Chão enfrentou a sua primeira e grave crise, mas conseguiu sobreviver, tendo assumido a direção da Música o senhor Manuel Joaquim, da Bouça, da freguesia dos Anjos. Mais tarde, os músicos que tinham saído da Banda com o maestro Reis, regressaram à música de Vilar Chão, o que fez com que a crise, provocada pela saída desses músicos, fosse superada.
Ao longo da sua existência, a Banda Filarmónica de Vilar Chão nunca interrompeu a atividade. Conta com 45 músicos no ativo e realiza em média 20 festas por ano. Tem como atual maestro Vítor Agostinho Fernandes Alves. A Direção tem como preocupação manter o regular funcionamento da Banda e o impulsionamento da Orquestra Juvenil da Sociedade Filarmónica de Vilar Chão. Além dos serviços realizados todas as épocas, esta associação realiza concertos considerados emblemáticos e de fortalecimento da identidade da instituição, como os concertos de Natal.
A Banda tocou na Casa da Música em 2013. Em 2015, em união com a Sociedade Filarmónica de Vieira do Minho e a Filarmónica de Vila Nova de Anha, do distrito e concelho de Viana do Castelo, foi realizado um estágio, denominado “Estágio de Orquestra de Sopros & Percussão” sob a direção do maestro da Filarmónica de Vila Nova de Anha, António Ferreira. Em representação do Concelho de Vieira do Minho e do distrito de Braga, participou no 4º Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas nas Comemorações do 1º de Dezembro – Restauração da Independência Nacional, em Lisboa.
SFV