Vila Nova de Gaia e os seus órgãos de tubos
Órgãos de tubos do concelho de Vila Nova de Gaia [12]
Com um rico património cultural e religioso, Gaia é um dos concelhos portugueses com 10 ou mais órgãos de tubos. Destaque para um organista com importância a nível nacional, Joaquim Simões da Hora (Vila Nova de Gaia, 2 de maio de 1941 – Lisboa, 1 de abril de 1996), organista, professor e produtor português. Têm disciplina de órgão o Conservatório Regional de Gaia e a Escola de Música de Perosinho, lecionando nesta escola o organista e professor André Bandeira, licenciado pela Universidade de Aveiro, onde estudou Órgão sob orientação de Domingos Peixoto e Edite Rocha,, mestrado em Performance em 2013.
De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nos seguintes edifícios do Concelho:
Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau
Lugar das históricas caves do Vinho do Porto onde outrora se localizavam as adegas portuárias e para onde o vinho chegava em pipas nos barcos rabelos, o Cais de Gaia ergue agora um brinde aos pastores da Serra da Estrela e aos produtores de Vinho do Porto com a música organeira secular.
Uma experiência única para despertar os sentidos numa fusão do som das teclas de um histórico órgão de tubos português do século XIX com o sabor único do Pastel de Bacalhau com queijo Serra da Estrela DOP.
Na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau em Gaia existe um órgão da autoria de José Joaquim da Fonseca, construído no século XIX, congénere do Órgão da Igreja Paroquial da Foz do Sousa, restaurado por JMS Organaria.
Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, Órgão José Joaquim da Fonseca, organista Paulo Bernardino 2021
Conservatório Regional de Gaia
O Conservatório Regional de Gaia é uma escola de ensino artístico especializado em música fundada em 1985.
O Conservatório Regional de Gaia possui no Salão Nobre um órgão de tubos.
Igreja do Corpus Christi
O Mosteiro de “S. Domingos das Donas de Vila Nova de Gaia” ou Convento de Corpus Christi, de religiosas dominicanas, foi fundado em 1345 por iniciativa de D.ª Maria Mendes Petite, mãe de Estêvão Coelho, conselheiro de D. Afonso IV e um dos responsáveis pelo assassínio de D.ª Inês de Castro. Encontram-se aqui sepultadas D.ª Maria Mendes Petite, D.ª Leonor Alvim, mulher do santo condestável D. Nuno Álvares Pereira e o alferes porta-bandeira da Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota (1385), Álvaro Anes de Cernache.
Fonte: CMG
A Igreja do antigo convento do Corpus Christi possui um órgão histórico da autoria de Manuel Sá Couto, construído em 1828.
Reciclanda
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária podem contratar serviços Reciclanda.
Contacte-nos:
António José Ferreira
962 942 759
Igreja de Avintes
Igreja Paroquial de fundação medieva, reconstruída no séc. 18, de expressão tardo-barroca, sendo a construção patrocinada pelo pároco, que nela se fez sepultar com os seus ascendentes. É de planta poligonal composta por nave, Capela-mor, anexos e torre sineira seiscentista, com obras no séc. 20, tendo coberturas interiores diferenciadas em falsas abóbadas de berço, ornadas com medalhões de estuque, dois deles com atributos alusivos à Igreja (nave) e a São Pedro (Capela-mor). É iluminada uniformemente por amplas janelas rasgadas nas fachadas laterais. A fachada principal é rematada em empena, tripartida, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal, óculo e nicho, todos com modinatura tardo-barroca. As fachadas têm cunhais apilastrados, firmados por pináculos, e rematam em cornijas, as laterais rasgadas por portas travessas. Interior com coro-alto de madeira, de perfil côncavo, contendo um órgão de tubos, proveniente de outro edifício. Tem púlpito no lado da Epístola, com acesso pelo anexo, e cinco estruturas retabulares de talha tardo-barroca, destacando-se a qualidade de talhe do retábulo-mor, surgindo duas de feitura novecentista, com linguagem clássica.
Fonte: Monumentos
No coro alto por cima da entrada, a Igreja Paroquial de São Pedro de Avintes possui um órgão histórico da autoria de Manuel de Sá Couto, reformulação, 1860, restaurado pelo organeiro autodidata Manuel dos Santos Fonseca em 2000.
Montra do órgão
Veja AQUI o álbum Pinterest do órgão.
Igreja de Grijó
Segundo a tradição, o primitivo Mosteiro de São Salvador de Grijó foi fundado em 922, no lugar de Muraceses, por dois clérigos, Guterre e Ausindo Soares, adoptando a regra e hábito de Santo Agostinho em 938. No ano de 1112, foi transferido para a localização onde se encontra atualmente, mas a nova igreja só seria sagrada em 1235 pelo bispo do Porto, D. Pedro Salvador. Em 1572, foi contratado o arquiteto Francisco Velasquez, mestre de obras da Sé de Miranda do Douro, para desenhar o novo projeto.
Dois anos depois, a 28 de junho de 1574, era lançada a primeira pedra do dormitório. Até 1600 estavam concluídas duas alas do claustro, o refeitório e a Sala do Capítulo. No entanto, a construção da igreja arrastou-se por mais cerca de trinta anos e a Capela-mor só seria fechada em 1629. Em 1770, o convento foi extinto, passando os seus bens para o Convento de Mafra.
Fonte: Mosteiros a Norte
Em tribuna própria do lado da Epístola, a Igreja do antigo Mosteiro de São Salvador de Grijó, Igreja Paroquial, apresenta um órgão de dois teclados manuais [ II; (16+17) ], da autoria de Manuel Sá Couto, construído por volta de 1800, inventariação e projeto de restauro pela Oficina e Escola de Organaria, de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, com sede em Esmoriz, opus, 20, em 1996, restaurado pela mesma Oficina e Escola de Organaria, em 2003, opus 40.
Órgão em tribuna do lado da Epístola
Igreja de Gulpilhares
A Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Ó de Gulpilhares possui órgão de tubos.
Igreja de Mafamude
Igreja Paroquial de fundação medieva, reconstruída nos séc. 19 e séc. 20, de expressão neoclássica, seguindo as obras do séc. 20 o mesmo estilo nos elementos introduzidos na decoração. É de planta retangular composta por nave, Capela-mor, anexos e torres sineiras, tendo coberturas interiores diferenciadas em falsas abóbadas de berço, com alguns elementos decorativos em estuque, com destaque para a decoração figurativa das lunetas da Capela-mor. É iluminada uniformemente por amplas janelas rasgadas nas fachadas laterais, as do lado direito desativadas pelo adossamento de um amplo anexo, de dois pisos, executado no séc. 20, altura em que a luneta da Capela-mor foi devassada, para a ampliação do espaço de assistência no lado da Epístola, sobre o qual se ergue tribuna. A fachada principal é do tipo fachada harmónica, com corpo central rematado em frontão triangular, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal e janelão, ambos com altas molduras e cornijas contracurvas, de gramática tardo-barroca.; encontra-se revestida a azulejo de padrão azul e branco. As fachadas têm cunhais apilastrados, com invulgares capitéis jónicos, firmados por pináculos, e rematam em frisos e cornijas, as laterais rasgadas por portas travessas, atualmente desativadas Interior com coro-alto de madeira, ampliado relativamente ao primitivo, que assentava em arco abatido, contendo um órgão de tubos, com caixa de decoração neoclássica. Na base da torre, no lado do Evangelho, o batistério. Tem púlpitos e capelas laterais confrontantes, todos de talha pintada de branco e dourada, feitos nos séc. 19 e séc. 20. As paredes laterais apresentam revestimento a azulejo, compondo festões e glórias de querubins, que envolvem painéis decorativos. O retábulo-mor é de talha neoclássica, tendo sofrido remodelação no final do séc. 20, com o acrescento de um novo remate, que se adequa à cobertura.
Fonte: Monumentos
Na Igreja Paroquial de São Cristóvão de Mafamude, o coro alto sobre a entrada alberga um órgão histórico de um teclado manual [ I ; (7+7) ], da autoria de Manuel Sá Couto construído por volta de 1800, restaurado em 1996 pela Oficina e Escola de Organaria, de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, opus 13.
Montra do órgão
Igreja de Oliveira do Douro
Igreja Paroquial de fundação medieva, reconstruída no séc. 17, tendo as obras terminado em 1704, por iniciativa e a expensas de um clérigo, de que subsiste a estrutura, as fenestrações em capialço, o portal axial e algumas estruturas retabulares. Foi remodelada no séc. 19, altura em que foi feito um órgão de tubos e sofreu uma remodelação no final do séc. 20. É de planta retangular composta por nave, Capela-mor, anexo e torre sineira, tendo coberturas interiores diferenciadas, a da nave em masseira e a da Capela-mor com abóbada de cantaria em caixotões, da época da construção seiscentista. É iluminada uniformemente por janelas rasgadas nas fachadas laterais, as do lado do Evangelho desativadas da sua função, pelo adossamento do anexo. A fachada principal remata em empena, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal e janelão. As fachadas têm cunhais apilastrados, firmados por pináculos, e rematam em cornijas, a lateral direita com porta travessa. Interior com coro-alto de feitura recente, com acesso por ampla escadaria no lado do Evangelho. Tem duas estruturas retabulares laterais, de talha maneirista e do estilo Barroco nacional, demonstrando a sua feitura numa época de viragem, no final do séc. 17 e início do 18. Possui presbitério recente, a proteger as capelas e arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, flanqueado por retábulos de talha maneirista. Capela-mor com simples mesa de altar e, no local da antiga casa da tribuna do retábulo-mor, surge uma tribuna, onde se ergue o órgão. O facto de existir uma porta no eixo da fachada posterior, poderá sugerir a existência de uma sacristia na fachada posterior ou mesmo de um retro-coro. No anexo, surgem várias colunas torsas, de antigas estruturas retabulares, a servir de pedestais a floreiras.
Fonte: Monumentos
A Igreja Paroquial de Santa Eulália de Oliveira do Douro possui um órgão de um teclado manual [ I;6 ] construído por José Joaquim Fonseca em 1878, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria, opus 25, em 1998.
Órgão José Joaquim da Fonseca da Igreja de Oliveira do Douro, créditos André Gonçalves 2024
Órgão José Joaquim da Fonseca da Igreja de Oliveira do Douro, créditos André Gonçalves 2024
Igreja de Santa Marinha
Igreja Paroquial construída no séc. 16, sobre uma Capela medieval, totalmente remodelada ao longo do séc. 18, com uma primeira fase de obras de arquitetura a partir de 1745, por Nicolau Nasoni e financiada pelo padroeiro, o Cabido da Sé do Porto, com a feitura de algumas estruturas retabulares, sendo totalmente remodelada, do ponto de vista decorativo, na década de 60 do séc. 18, resultando, especialmente na Capela-mor, numa obra total Rococó. É de planta retangular composta por nave, Capela-mor com anexos e torre sineira adossados à fachada lateral direita, com coberturas interiores em falsas abóbadas de berço, a da nave de lunetas, as quais, a par dos janelões, criam um duplo clerestório a iluminar intensamente a nave, que contrasta com uma maior penumbra na Capela-mor, estando as janelas do lado da Epístola desativadas pelo adossamento dos anexos. fachada principal bastante dinâmica e erudita, com recurso ao remate em frontão encimado por peanha contracurva, um recurso de Nasoni, com os vãos rasgados em eixo composto por portal e óculos, tendo molduras recortadas, que extravasam para o remate. A solução mais interessante é a do corpo poligonal das sineiras, nunca construídas, sendo a existente no lado direito oitocentista, bastante longilínea e certamente aquém das estruturas harmónicas que se projetavam. As fachadas rematam em frisos e cornijas, a lateral esquerda com porta travessa. Interior da nave ritmado por pilastras duplas, que se prolongam em arcos na cobertura, que assenta em frisos e cornijas de cantaria, protegidos por guardas metálicas. Coro-alto sobre arcos em asa de cesto, com acesso pela torre, revelando-se uma reconstrução do séc. 19, tendo na base o batistério, com teto em estuque decorativo. Possui capelas laterais à face, exceto a antiga Capela do Santíssimo mais profunda e atualmente com um retábulo Neoclássico, o único que destoa do conjunto das demais estruturas de talha dourada Rococó. Possui púlpitos confrontantes, também de talha neoclássica. arco triunfal amplo, de volta perfeita, encimado por sanefão Neoclássico, ladeado por estruturas retabulares colaterais. A Capela-mor é Rococó, formando um conjunto unitário composto pelo retábulo-mor, de excelente qualidade de talhe, as molduras das pinturas laterais e o azulejo, certamente executado em Lisboa, a representar cenas do Antigo Testamento.
Fonte: Monumentos
A Igreja Paroquial de Santa Marinha possui um órgão histórico da autoria de Manuel de Sá Couto, construído entre 1815-1820, restaurado em 2000 por António Simões.
Igreja de Valadares
Rodeada por jardins e o cemitério paroquial, a igreja tem um estilo clássico e azulejos nas paredes, remetendo a arquitetura do século XIX. Passou por diversas remodelações, sendo a mais notável a que ocorreu em ocasião de seu centenário. O altar principal de talha dourada e madeira chama a atenção, compondo com os cinco altares laterais.
A 21 de junho, a Paróquia Divino Salvador de Valadares realizou a celebração inaugural do restauro do órgão histórico. O instrumento foi fabricado em 1802 pelo conhecido organeiro Luís António de Carvalho para a Igreja de Cedofeita, no Porto, e levado para Valadares em 1888, por António José dos Santos, de Mangualde. O restauro do órgão de tubos contou com um apoio financeiro de 50 mil euros da Câmara Municipal de Gaia. Na notícia, o Município não referia o organeiro que restaurou o órgão.
Montra do órgão Luís António de Carvalho da Igreja Paroquial de Valadares, créditos Rui Soares 2025
consola do órgão Luís António de Carvalho da Igreja Paroquial de Valadares, créditos Rui Soares 2025
Igreja de Vilar de Andorinho
A Igreja Paroquial de Vilar de Andorinho ocupa uma posição de natural destaque no centro da comunidade, junto ao atual edifício da Junta de Freguesia. Foi igualmente alvo de vários melhoramentos ao longo dos tempos. O templo primitivo era do mais simples que se pode imaginar: quatro paredes e duas águas. A nova Igreja foi então mandada edificar num outro local, pelas freiras de Santa Clara, no século XVII. Mesmo assim sem grandes primores, segundo rezam as crónicas. Os acrescentos artísticos vieram mais tarde, nomeadamente no século XVIII, altura das grandes reformas na Igreja.
Fonte: Junta de Freguesia
O coro alto da Igreja Paroquial do Divino Salvador de Vilar de Andorinho alberga um órgão histórico de um teclado manual e seis meios registos [ I ; (6+6) ] construído por Manuel de Sá Couto, em 1817, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria, de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, em 2011, opus 56.
Montra do órgão com portadas abertas
Igreja de Vilar do Paraíso
Igreja de nave única, com torre sineira na fachada principal, sacristia no lado do Evangelho e antigo solar adossado ao tardoz. Cobertura da nave em abóbada abatida e Capela-mor de dois tramos com abóbadas de cruzaria de ogivas. A actual igreja é uma construção barroca dos séculos 18 e 19, de linhas simples e acentuada planimetria, com um frontão curvo interrompido a animar a fachada principal, que segue o modelo de Igreja Paroquial comum na região. Sobrevivem, a S., poderosos contrafortes góticos nos cunhais da Capela-mor. Adossado ao tardoz encontra-se o antigo Solar dos Camelos, parcialmente demolido para a construção do cemitério nos finais do século 19.
Fonte: Monumentos
A Igreja Paroquial de São Pedro de Vilar do Paraíso possui órgão de tubos.
Santuário do Monte da Virgem
O coro alto do Santuário Diocesano do Monte da Virgem ostenta desde 2024 um órgão de tubos neo-Barroco Rudolf Neuthor. Foi inaugurado e benzido a 05 de maio de 2024, tendo sido a eucaristia presidida pelo bispo D. Manuel Linda.
Órgão de tubos do Santuário do Monte da Virgem
Órgão neo-Barroco Rudolf Neuthor do Santuário do Monte da Virgem, créditos André Gonçalves 2024
Órgão neo-Barroco Rudolf Neuthor do Santuário do Monte da Virgem, créditos André Gonçalves 2024
Órgão neo-Barroco Rudolf Neuthor do Santuário do Monte da Virgem, créditos André Gonçalves 2024