Vila Real e as suas filarmónicas
Filarmónicas de Vila Real
Bandas de Música, História e Atividades no Concelho
- Associação da Banda de Música de Nogueira
- Banda de Música da Portela
- Banda de Música de Mateus
- Banda de Música de Sanguinhedo
Associação da Banda de Música de Nogueira
Já nos primórdios do séc. XIX existiria em Nogueira um grupo de músicos, que tinha por objetivo participar em festas religiosas. Dado o seu interesse e dedicação pela arte musical, o grupo foi crescendo dando mais tarde origem à Banda de Música. Toma-se como data de origem, 1 de Janeiro de 1850.
Em 1910, passou pela primeira vez o comboio na Estação de Carrazedo. A banda foi premiada pela sua atuação, com um cornetim de prata, oferecido pela Rainha de Inglaterra que viajava nesse comboio. Assumia nessa altura a regência da Banda o Sargento Pelotas.
Posteriormente houve um interregno nas atividades, e em 1954 foi reorganizada com o apoio de gentes locais e entidades de Vila Real. Em 1970/71 participou no II Grande Concurso Nacional de Bandas de Música Civis, promovido pela F.N.A.T. O concurso dividia-se em 3 eliminatórias; Coimbra, Porto e Lisboa. A Banda de Nogueira concorreu às 3ª Categoria e classificou-se em 1º, 2º e 3º lugares respetivamente. A 16 de Janeiro de 1974, a convite do Governador Civil e Presidente da Câmara de Vila Real, esteve presente no programa televisivo Os 25 Milhões de Portugueses.
Em 1981, 1982 e 1983 deslocou-se a Espanha, nomeadamente a Verin, a convite do Presidente da Câmara local. Em 1983, foi convidada pela direção da casa de Trás-os-Montes e Governador Civil de Vila Real, a fim de atuar durante 2 dias na Feira Popular em Lisboa. Em 1988, deslocou-se a França a convite da Associação Cultural Paz do Mundo de Roubaix (Norte de França) que presidia às cerimónias.
Em 2005, participou e colaborou no 3º festival de Bandas Filarmónicas com a Federação Transmontano-Duriense de Bandas Filarmónicas, onde recebeu três bandas na nossa sede, com desfile pelas ruas da aldeia e concerto em Vila Real; participou num encontro de Bandas em Pêro Pinheiro e num intercâmbio de bandas promovido pela Câmara Municipal de Vila Real, em Espanha – Benavente.
Em 2006, participou pela primeira vez nas marchas de Santo António em Vila Real, promovido pela Câmara. Apresentou a marcha de Nogueira, subordinada ao temas das vindimas, que envolveu não só pessoas da banda mas também a gente local, grupo de jovens e o grupo coral.
A banda tem cerca de 45 elementos efetivos, na sua maioria jovens entre os 7 e o 20 anos, sendo o seu atual maestro e diretor artístico, o Professor Joel Monteiro. Paralelamente, funciona uma Escola de Música, de ensino gratuito.
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração). Dinamiza oficinas de música e atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária podem contratar serviços Reciclanda.
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António José Ferreira
962 942 759
Banda de Música da Portela
A Banda de Música da Portela foi fundada a 08-12-1840, pela família Figueiredo. Teve como primeiro maestro José Joaquim Figueiredo, sucedendo-lhe o seu filho António Joaquim de Figueiredo e, mais tarde, o seu neto António Joaquim Correia de Figueiredo.
Após um interregno de cerca de doze anos, a Banda de Música da Portela recomeçou a sua atividade em 1980, apoiada numa Escola de Música, que permitia a aprendizagem musical gratuita. Apresentou-se ao público no mesmo ano, com novo fardamento e um novo elenco de músicos. Possui sede própria, inaugurada a 08-12-1999 onde funciona a Escola de Música. A banda foi condecorada com a “Medalha de Ouro da Cidade”, pela Câmara Municipal de Vila Real.
Banda de Música de Mateus
A Banda de Música de Mateus foi fundada por volta de 1810. Deve a sua formação a Frei Vicente. Este frade, apaixonado pela música, decidiu ensinar uns rapazes com o fim de os habilitar a cantar uma missa. Passado muito pouco tempo, preparado este grupo de cantores, organizou-se música de rua, prestando-lhe Frei Vicente toda a qualidade de serviços para a fundação. Frei Vicente ficou a fazer parte da Banda, Mestre de Canto e acompanhava, a pé, a música para as festividades onde era necessário o seu serviço.
A Banda de Música manteve-se sem interrupções, alterando-se apenas a sua denominação: Banda de Música de Mateus, Banda de União Portuguesa, Música Velha de Mateus e Associação Cultural e Recreativa da Banda de Música de Mateus.
Em 1990, foi-lhe atribuída pela Câmara Municipal de Vila Real, a “Medalha de Ouro – Mérito municipal”, pelos serviços prestados à comunidade.
A Banda tem atuado ano após ano em vários festivais de música, encontros de bandas, concertos, festas e romarias, quer dentro do Distrito, quer fora e, mesmo, no estrangeiro. O seu elenco é constituído por 5 dezenas de elementos efetivos com uma média etária jovem. O Maestro é, desde 2005, Carlos Pereira.
Banda de Música de Sanguinhedo (f. 1925)
A Banda de Musica de Sanguinhedo está em atividade contínua desde o ano de 1925. A aldeia, Sanguinhedo, é uma terra essencialmente agrícola e nas desfolhadas, fiadas e espadeladas os mais entusiastas davam largas à sua alegria cantando e dançando ao toque de concertinas, ferrinhos, pandeiretas, flautas e outros instrumentos artesanais. Nestas tocatas se iniciou a Tuna que, a partir de 1917, ocupava os serões das noites de inverno ensaiando e divertindo os conterrâneos e as aldeias circunvizinhas.
Daí surgiria a Banda de Música. Havia que adquirir instrumentos, farda, contratar maestro, casa do ensaio… exigia condições económicas e muita tenacidade. Alberto Machado Costa, de Sampaio, figura de prestigio e de sensibilidade artística e muito dedicado às gentes de Sanguinhedo, deu corpo aos seus anseios e a Tuna transformou-se na Banda Musical, que no principio envergava a farda dos escuteiros.
O patrocinador emprestou, segundo uns, ou deu, segundo outros, o dinheiro necessário para a compra dos instrumentos, que, nessa altura, custaram vinte mil escudos. E para suportar as despesas com o maestro, cada músico comprometeu-se a pagar dez escudos mensais, e a dar-lhe comida e dormida dois dias por mês. O maestro assinou uma letra de mil escudos que teria de pagar, se porventura viesse a abandonar a Banda.
Assim nasceu a Banda e fez a sua primeira atuação em 4 de dezembro de 1925, nas festas em honra de Santa Bárbara. Apesar do abandono provocado pela imigração, a Banda continuou e continua a deliciar as gentes com as suas atuações. Apresentou-se no Minho Beiras e no estrangeiro, em romarias, concertos, acompanhamento de funerais, bailes.