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Órgãos de tubos do concelho de Amarante [5]

Num concelho com cinco órgãos de tubos, 4 na cidade, a Escola de Música Sacra de Amarante tem a cadeira de Órgão de que é professor desde 2013 o organista Bruno Teixeira, licenciado em Música – Execução de Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa na classe de Órgão de António Esteireiro.

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja de São Domingos

[ de Nosso Senhor dos Aflitos ]

Igreja de São Domingos, Amarante

Igreja de São Domingos, Amarante

A Igreja do Senhor dos Aflitos, vulgarmente designada de São Domingos, é sobranceira à Igreja de São Gonçalo. “Construída pela Ordem Terceira de São Domingos e concluída em 1725, exibe uma fachada, de estilo Barroco, rematada, no tímpano, com as armas dominicanas. O interior ilumina-se com a decoração em talha dourada (século XVIII). No altar-mor o conjunto do calvário (século XVIII) estabelece o enquadramento, com a imagem, ao centro, de Cristo Crucificado – Nosso Senhor dos Aflitos – em pasta de papel policromada, ladeada por Nossa Senhora, São João Evangelista e Santa Maria Madalena, em madeira estofada a ouro e policromada. A imagem de Nosso Senhor dos Aflitos, outrora na Capela do Pópulo, na igreja de São Gonçalo, por pertencer à ordem Terceira, foi trasladada em grande solenidade para a nova igreja que a irmandade construiu para o efeito. A ladear o arco que delimita a Capela-mor podem ver-se dois serafins-tocheiro, datadas do século XVIII. Num espaço contíguo à igreja, a riqueza do legado patrimonial religioso ganha visibilidade no Museu de Arte Sacra, dividido em dois pisos: no primeiro, com os espaços das artes decorativas, pintura, paramentaria e alfaias litúrgicas e, no segundo, com as salas de imaginária dos séculos XVI-XVIII e de imaginária do século XIX.”

Fonte: CMA

Órgão de tubos

Órgão da Igreja de São Domingos

Órgão da Igreja de São Domingos

Igreja Matriz de Amarante

[ Igreja Paroquial ] [ São Gonçalo ] [ do antigo mosteiro de São Gonçalo ]

Igreja Matriz de Amarante

Igreja Matriz de Amarante

“A implantação da Igreja do Convento de São Gonçalo, no local da ermida onde se julga estar sepultado São Gonçalo, impõe o carácter religioso à cidade, fundido na riqueza e diversidade de elementos arquitetónicos que testemunham as diversas etapas da sua construção, iniciada em 1540, por ordem de D. João III, atravessando vários reinados e colhido influências renascentistas, maneiristas, barrocas e oitocentistas. A forma de cruz latina resume o traçado da igreja, partindo do nártex, encimado pelo coro, seguido do corpo da igreja e do transepto com o zimbório, culminando na Capela-mor, de estilo Barroco joanino. A Capela-mor é ladeada, ao nível do rés-do-chão, por duas capelas: do lado do Evangelho encontramos a estátua jacente de São Gonçalo e do lado da Epístola, a Capela onde se encontra uma imagem em tamanho natural de São Gonçalo do séc. XX, da autoria de José Thedim, vestido com o hábito dominicano. A base das colunas, que ladeiam o arco triunfal da Capela-mor, resume a história do edifício, mantendo as inscrições da data de construção do convento e a proibição, ditada por Filipe I de Portugal, em 1595, de mais alguém ser sepultado na Capela-mor por aqui se encontrar São Gonçalo. A austera fachada exterior principal, de gosto filipino, contrasta com a imponência da lateral, voltada a sul sobre o Largo – com um portal/retábulo, constituído por um arranjo artístico distribuído por três andares, de estilos diferentes – valorizada, ainda, com a Varanda dos Reis (fundadores e beneméritos do convento).”

Fonte: CMA

positivo de armário

Órgão positivo da Igreja Matriz de São Gonçalo

Órgão positivo da Igreja Matriz de São Gonçalo

> naveórgão positivo de procissão construído por Luís António de Carvalho em 1???, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria em 2016.

coro alto: órgão de dois teclados manuais [ II ; (21+22) ] construído por D. Francisco António Solha/Sá Couto c. 1765, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria,  em 2010, opus 55.

Montra

Órgão da Igreja de São Gonçalo

Órgão da Igreja de São Gonçalo

tribuna

Órgão da Igreja de São Gonçalo

Órgão da Igreja de São Gonçalo

Atlante

Órgão da Igreja de São Gonçalo, Atlante, créditos Nuno Vidal

Órgão da Igreja de São Gonçalo, créditos Nuno Vidal

consola

Órgão da Igreja de São Gonçalo

Órgão da Igreja de São Gonçalo

Pormenor da tribuna

Órgão da Igreja de São Gonçalo

Pormenor da tribuna

Órgão da Igreja de São Gonçalo

Órgão da Igreja de São Gonçalo

O órgão de tubos da Igreja do Mosteiro de São Gonçalo

“O órgão de tubos da Igreja de S. Gonçalo em Amarante é um instrumento típico ibérico da época barroca. Pelas características técnicas podemos concluir que muito possivelmente foi construído na 2ª metade do séc. XVIII pelo conhecido organeiro galego D. Francisco António Solha com oficina em Guimarães.

Não tendo sido encontrada nenhuma data, inscrição ou arquivos referentes a este instrumento, apoiados nas observações técnicas, podemos apenas supor que este instrumento sofreu logo após a sua construção uma profunda revisão, e possivelmente após a as Invasões francesas uma reformulação pelo famoso organeiro de Santo Tirso, Manuel de Sá Couto. Este adaptou-o ao gosto da época, refazendo grande parte da tubaria, mas aproveitou quase toda a mecânica.

Outras intervenções posteriores como a colocação de um fole paralelo novo e um trémolo, anulação de várias filas nos cheios desvirtuaram um pouco o instrumento. Numa das obras de reparação dos telhados, feita pela Dir. Geral de Edifcios e Monumentos Nacionais nos finais da 1ª metade do Séc. XX, terá sido desmontada toda a tubaria assim como o fole, e desmantelada a casa dos foles. Parte dessa tubaria foi arrumada parecendo desde aí então o órgão “esventrado”.

Este instrumento encontra-se a grande altura do lado norte em tribuna própria, de planta côncava, formando um semi-círculo ao centro, suportada por uma enorme mísula com atlantes e protegida por balaustrada. Na fachada ricamente decorada possui os tubos do Flautado de 12 e da Oitava Real ME; ainda na fachada possui também 5 meios registos de palhetas horizontais; tem 2 teclados que accionam 2 secções com 45 teclas (de Dó1 a Dó5, com oitava curta); possui 43 meio-registos e um total de 1884 tubos dos quais 44 de madeira e 204 de Palheta, além dos pisantes para os tambores, passarinhos e carranca. Durante os anos de 2008-2010 foi recuperado pela Oficina e Escola de Organaria.

O restauro da pintura e douramento, assim como a estabilização da tribuna foi feito pela empresa Regra de Ouro. Durante estes trabalhos procurou-se recuperar o instrumento para a sua entidade original, tendo como finalidade devolver-lhe a sua integridade histórica, técnica, estética e musical.

O órgão foi completamente desmontado e limpo; os someiros foram metódicamente restaurados, assim como a mecânica das notas e registos. Os foles foram refeitos segundo modelo existente no órgão de S. João de Tarouca e montado um ventilador electrico. Os tubos foram cuidadosamente limpos, restaurados e alongados com material da mesma liga; foram reconstruidos cerca de 1000 tubos segundo as medidas encontradas e dos organeiros intervenientes.

De referir que identificámos 4 tipos de tubaria o que prova diferentes intervenções ou seja o grande interesse em manter o instrumento activo e ao serviço. Assim se conseguiu redescobrir a sonoridade que cremos ser próxima da original, muito própria, com bom fundamento e bastantes harmónicos.

O temperamento usado é um temperamento desigual, próprio para um instrumento com oitava curta desta época que realça as tonalidades com menos “acidentes” mas não proíbe nenhuma.

Bem-hajam todos os que se empenharam na recuperação deste instrumento, esperando assim que este órgão continue a servir a Igreja e a Cultura, como o fez quase ao longo de 250 anos, ainda por muitas gerações e a sua música seja louvor de Deus e encha os corações.”

Pedro Guimarães von Rohden Mestre-organeiro, Paróquia de São Gonçalo, 29 outubro 2010

Igreja de São Pedro

Igreja de São Pedro, Amarante

Igreja de São Pedro, Amarante

“Com fachada e torre de estilo Barroco, a Igreja de São Pedro foi construída no local da antiga Capela de São Martinho e concluída em 1727. Da frontaria irrompe, ao centro, uma torre, acompanhada de dois patamares balaustrados, encimados com as imagens de São Pedro e de São Paulo. No topo da torre sobressai a mitra papal com a cruz de três braços transversais, de tamanhos decrescentes. No interior de nave única – coberta por abóbada de berço em estuque e revestida, na base, com azulejos – destaca-se o altar-mor, em talha dourada, onde figuram as imagens (século XVIII) dos quatro evangelistas São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João e nas capelas laterais, São Martinho e Nossa Senhora da Conceição. No entanto, do ponto de vista artístico, ganha protagonismo o teto da sacristia, revestido em talha de madeira, em cor natural, constituindo, no género, um dos melhores do país.”

Fonte: CMA

Numa tribuna se encontra o órgão histórico da autoria de Manuel de Sá Couto, de um teclado manual e doze meios registos [ I; 6+6] construído no século XIX, reparado pela Oficina e Escola de Organaria (Esmoriz), de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, em 2015, opus 67.

Montra do órgão

Órgão de tubos da Igreja de São Pedro

Órgão de tubos da Igreja de São Pedro

Igreja Paroquial Santa Maria de Fregim

No coro alto sobre a entrada, a Igreja Paroquial de Fregim dispõe de um órgão alemão moderno adquirido em segunda mão.

Órgão e coro alto

Órgão da Igreja Paroquial de Fregim

Órgão da Igreja Paroquial de Fregim

Montra

Órgão da Igreja Paroquial de Fregim

Órgão da Igreja Paroquial de Fregim