Sines e os seus músicos
Músicos do Concelho de Sines
O Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e o património musical.
- Acordeão Fadista
- Ana Castanhito (harpa)
- Bento José
- Pedro Sequeira (percussão, guitarra)
- Sátira (banda rock)
- Skalabá Tuka (grupo de percussão)
- Tanto Mar (grupo)
Ana Castanhito
Ana Castanhito (harpista, n. 1985), nasceu em Santiago do Cacém mas considera-se de Sines, onde viveu desde a infância. Iniciou os estudos musicais na Escola de Música do Conservatório Nacional aos 13 anos, na classe de harpa de Clotilde Rosa. Sete anos depois, terminou o oitavo grau com nota máxima, na classe de Andreia Marques.
Foi depois estudar no Royal College of Music, em Londres, com o harpista Ieuan Jones, onde esteve entre 2005 e 2009. Participou em classes de aperfeiçoamento com importantes harpistas como Marisa Robles, Jana Buskova, Daphne Boden, Imogen Barford, Lisetta Rossi, entre outras.
Como harpista da orquestra sinfónica e da sinfonietta do Royal College of Music, a Ana teve oportunidade de trabalhar com maestros como Vladimir Ashkenazi, Esa-Pekka Salonen, Leif Segerstam, Peter Stark e John Wilson.
Ana Castanhito concluiu em 2012 o seu Mestrado em Ensino da Música (vertente Instrumental – Harpa) na Escola Superior de Música de Lisboa, onde a sua tese no âmbito de estética musical obteve 19 valores.
Profissionalmente a Ana tem colaborado frequentemente com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Sinfonietta de Lisboa, Orquestra Gulbenkian, OrchestrUtopica, Toy Ensemble, entre outros. Da sua atividade performativa a solo destacam-se as apresentações com o Coro Infantil da Universidade de Lisboa da obra Ceremony of Carols, de Benjamin Britten, os Concertos para Bebés, e os Recitais a Solo.
É membro efetivo do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa desde 2010, tendo colaborado na estreia e difusão de música de compositores portugueses, tanto nacional, como internacionalmente (Itália, Inglaterra, Dinamarca, Croácia, Eslovénia, Espanha).
Leia AQUI a biografia completa.
Acordeão Fadista
Formado por músicos de Sines e Santiago do Cacém, Acordeão Fadista é um projeto musical instrumental em que a guitarra portuguesa e o acordeão conjugam a dialética do imaginário português urbano e do imaginário português rural. Acompanhados pela viola e pela viola baixo, ao longo de fados e variações, estes dois instrumentos dialogam, improvisam e alternam entre si a função de solista, dando uma nova roupagem ao fado, através dos seus recursos tímbricos e estilísticos.
Bento José
Natural de Sines, Bento José nasceu a 12-01-1922 e faleceu em 2002. Era filho de Virgínia da Conceição e Carlos José, mais conhecido por “Carlos Burrana” (músico e figura muito popular e querida da região). Influenciado pelo pai, desde muito novo, Bento José mostrou gosto pelo mundo do espectáculo. E, pelo seu jeito e boa voz, era sempre escolhido para participar nas récitas organizadas e ensaiadas pela professora.
Em 1934, concluiu o 2º Grau do Ensino Primário elementar e foi aprender a arte de Carpinteiro com o irmão António José. Mas, apesar do gosto que sentia em aprender a profissão que abraçara para toda a sua vida, sentia uma grande paixão pela música e, em 1936, inicia os estudos musicais com o Mestre Joel Carraça.
Aos 14 anos, fez a sua estreia na Banda de Sines, aos 15 integrou a 1ª Orquestra para bailes da Associação, “Os Samitias os Mariolas” e aos 18 anos já era músico a tempo inteiro na orquestra “Oriental”, que animou os mais conceituados salões de dança da região.
Mais tarde, integrou a Orquestra do Circo Vianense e, posteriormente, em colaboração com Israel Delicado, organizou a Orquestra “Beira Mar”; em 1959 ,“A Banda dos Esquecidos”- grupo musical oficial do Carnaval Selvagem, no qual também participou como chefe de equipa na construção dos carros carnavalescos.
Durante o período em que a Banda de Sines esteve interdita por imposição dos governantes, integrou outras filarmónicas, como as bandas de Santiago do Cacém e Cercal do Alentejo.
No dia da Vitória dos Aliados, a 8 de Maio de 1945, Bento José saía à rua com o seu clarinete, dando largas à sua emoção, a mesma com que viveu a tão desejada Revolução dos Cravos. Em 1971, integrado na Banda de Santiago do Cacém, participou no “Encontro de Bandas Civis”, a nível nacional, realizado no Pavilhão dos Desportos em Lisboa.
Após o 25 de Abril de 1974, e em colaboração com urval Prata Ferreira, reorganizou a actual Banda de Sines, da qual foi Director Musical até 1991. Realizando um velho sonho, dedicou toda a sua força na construção da actual sede da Banda e na aquisição dos instrumentos.
Em 1986, iniciou a sua actividade como Professor da Escola de Música, tendo formado inúmeros alunos, 35 dos quais, fizeram parte integrante da banda com o seu velho amigo Manuel Ablúm, forma o grupo da “Velha Guarda”. Em 1992, a Sociedade Musical União Recreio e Sport Sineense, prestou-lhe em “Noite de Gala” uma meritória homenagem.
Alguns dos seus alunos frequentaram o Conservatório. Por todo o seu empenho e dedicação à colectividade de Sines, designadamente na Banda da Música, a Câmara Municipal de Sines e a Assembleia Municipal deliberaram em 1999, por unanimidade, atribuir a Bento José a Medalha de Mérito Municipal.
Fonte: Câmara municipal de Sines/Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Sines
Pedro Sequeira
Pedro Sequeira é natural de Sines. Cedo começou a aprender guitarra com os amigos, a dar os primeiros concertos em bandas de garagem com participação em vários eventos na região. Aos 16 anos, encontrou na bateria a sua verdadeira paixão. Fez parte de vários projetos desde o rock à música tradicional portuguesa, com especial destaque para os 4ever e Alexandre Pintassilgo. Mais tarde integrou a escola de jazz (EAAL) em Sines, onde aprofundou os conhecimentos na percussão e guitarra clássica. No seu percurso na EAAL contou com professores como David Murray, Bruno Pedroso e Acácio Salero. Além de percussão, nos Tanto Mar, Pedro Sequeira é guitarrista na banda de rock Sátira de Sines e integra o grupo de percussão Scalabá Tuka.
Pedro Sequeira, guitarra, percussão, músico de Sines
Tanto Mar
Criado em 2019, Tanto Mar surge da vontade de sete músicos com largos anos de experiência em reinventar a música tradicional portuguesa, originários do litoral alentejano. O grupo propõe-se a viajar à descoberta de novas sonoridades onde assistimos ao cruzamento entre o popular, o fado, as sonoridades contemporâneas e a worldmusic. Com um repertório variado podemos ouvir de Zeca Afonso a Mário Pacheco, com passagem pelo corridinho farense, Armando Torrão e Chico Buarque, entre outros.
Composto por guitarra portuguesa, acordeão, cordofones tradicionais portugueses, guitarra clássica, baixo, percussão e vozes, desenham paisagens musicais, de hoje e de sempre, numa viagem apaixonante às nossas raízes. Tanto Mar representa a descoberta, a inconformidade, a verdade e a necessidade de inovar sobre um património que é de todos. Com direção artística de Carlos Soares da Silva, a pesquisa identitárias do grupo leva-os a um Portugal profundo, esquecido, mas que faz parte da génese do povo lusitano.
Em constante evolução e investigação sobre a relação entre o antigo e o contemporâneo, todos os temas têm arranjos originais e são criados para suscitar no público uma viagem sensorial e arrebatadora. Bruno Mira, Carla Nunes, Carlos Soares da Silva, Catarina Claro, Gonçalo Cercas, Joana Luz e Pedro Sequeira são os músicos que integram o projeto.
Tanto Mar
Vicente Alves do Ó
Filme de intervenção Portugueses, do siniense Vicente Alves do Ó revisita canções e histórias da revolução dos cravos. Cinquenta atores e atrizes interpretam uma longa-metragem musical, com cem minutos, com estreia prevista para abril de 2025. Lúcia Moniz é a diretora musical do filme, onde são cantadas “em direto” pelos personagens 13 canções de Abril, de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho, Fernando Tordo, Fausto, Ary dos Santos, Sophia de Mello Breyner e outros.
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária podem contratar serviços Reciclanda.
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