Património musical dos concelhos. Encontre rapidamente o que procura, digitando, por exemplo, “Lisboa e os seus órgãos de tubos”.

Igreja de São João Baptista
Órgãos de tubos do concelho de Abrantes [4]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja da Misericórdia de Abrantes

Igreja da Misericórdia

Igreja da Misericórdia de Abrantes

Erguida no século XVI, por iniciativa do Infante D. Fernando, a Igreja da Misericórdia em Abrantes é constituída por uma única nave, sem transepto, mas com alto-coro sustentado por colunas dóricas. Destacam-se as tábuas quinhentistas da autoria do Mestre de Abrantes, as quais representam as várias fases da vida de Cristo, e o exuberante altar-mor em talha dourada, colocado em 1729, após o restauro da igreja.

Órgão de armário

Órgão da Igreja da Misericórdia de Abrantes

Órgão da Igreja da Misericórdia de Abrantes

Igreja de São João Baptista

Igreja de São João Baptista

Igreja de São João Baptista

A primitiva Igreja de São João Baptista de Abrantes foi fundada pela Rainha Santa Isabel em 1300, em memória da celebração de paz entre D. Dinis e o infante D. Afonso, tornando-se sede de paróquia no ano de 1326. Em 1588 Filipe I mandou fazer o templo de raiz, uma vez que este se encontrava arruinado, começando as obras no ano seguinte, a expensas dos moradores e das Confrarias da igreja. A construção deste segundo templo arrastou-se até 1633, havendo uma nova campanha de obras entre 1660 e 1674, para a edificação dos retábulos das capelas das naves. Apesar de em 1680 o coro ter sido concluído, a igreja ficou inacabada, uma vez que as torres da fachada nunca foram terminadas. De planta composta, com corpo principal retangular e Capela-mor quadrangular articulada com absidíolos e sacristia, o espaço interior da Igreja de São João Baptista é dividido em três naves com quatro tramos, definidos por colunas jónicas, e cobertas por teto de madeira. O coro-alto, assente sobre abóbada rebaixada de cruzaria de ogivas, abre para a nave por uma janela de modelo serliano. A Capela-mor, atribuída à escola de Jerónimo de Ruão, é iluminada por diversas janelas rasgadas no registo superior, e coberta por abóbada de pedra em caixotões decorados por cartelas com florões, com ábside em meia-laranja no topo coberta por abóbada de canhão. O espaço é revestido por azulejos enxaquetados azuis e brancos, possuindo ao centro retábulo de talha dourada com imagens de São João Baptista e da Rainha Santa Isabel. É ainda decorada por cadeiral de madeira, e do lado da Epístola possui órgão. A fachada do templo, que denuncia influências da arquitetura de São Vicente de Fora, é dividida em três registos, de três panos, separados entre si por pilastras emparelhadas. No primeiro, ao centro, foi rasgado o pórtico, rematado por frontão triangular e delineado lateralmente por pilastras almofadadas. Os panos laterais possuem janelas retangulares. Um friso separa este registo do superior. No segundo registo foram abertas diversas fenestrações retangulares, as do pano murário central encimadas por frontão curvo, ladeando um nicho, a do pano murário direito com frontão triangular. À esquerda foi rasgado uma arco volta perfeita que serve de sineira. No último registo foi colocada uma sineira.

Fonte: DGPC, Catarina Oliveira

Órgão da Igreja de São João

Órgão da Igreja de São João

Igreja de São Vicente

Igreja de São Vicente

Igreja de São Vicente

A Igreja de São Vicente de Abrantes é um edifício de arquitetura religiosa. O atual aspeto da Igreja resulta da reconstrução quase total, no século XVI, de um edifício religioso que já existia em 1224, mas do qual não se conhece a data original da edificação. A fachada principal é maneirista, sendo este também o estilo seguido no interior, constituído por três naves, tetos de abóbada de berço em caixotões, nove altares e revestimento a azulejo padrão azul e amarelo do século XVIII. São dignos de nota os painéis de azulejos com a nau de S. Vicente, a valiosa arte sacra, alguns retábulos seiscentistas e a varanda de balaústres simples.

No lado do Evangelho, a Igreja de São Vicente possui um órgão histórico da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, opus 25, construído em 1790, restaurado em 1989 por António Simões a expensas do IPPC (Instituto Português do Património Cultural)

Montra

Órgão da Igreja de São Vicente

Órgão da Igreja de São Vicente

tribuna

Órgão da Igreja de São Vicente

Órgão da Igreja de São Vicente

N coro alto a Igreja de São Vicente possui um positivo de armário da autoria de Joaquim António Peres Fontanes, construído no século XVIII, restaurado em 1987 por António Simões a expensas do IPPC (Instituto Português do Património Cultural)

Órgão de armário

Órgão da Igreja de São Vicente

Órgão da Igreja de São Vicente

FOI NOTÍCIA

Sobre os órgãos de Abrantes, cito o Jornal de Alferrarede, em maio 2007, num texto de José Manuel d’Oliveira Vieira.

“Em tantos anos, foi a primeira pessoa a interessar-se por isto…” Carlos Barata Gil – 22/3/07

“Órgão de tubos” – Instrumento musical de teclado, sopro e foles, usado principalmente nas igrejas (com a pressão exercida no teclado os foles comprimem o ar, que, passando por tubos, produz sons).

O encontro inesperado com Carlos Barata Gil, na papelaria “Papirus” em Abrantes, levou a fazer a pergunta que andava para ser feita há muitos meses e que só ele me poderia responder: “Órgão de tubos”.

Pela forma como sorriu e espontaneamente me levou para sua casa, sem saber quem era, fiquei logo a saber que Carlos Barata Gil não me deixaria sair de lá sem saber tudo o que pretendia.

Para que tão importantes e valiosos instrumentos viessem a ser restaurados e postos ao serviço da comunidade e da cultura em Abrantes, Carlos Barata Gil, fez um levantamento dos órgãos de tubos existentes nas paróquias de S. Vicente e S. João Batista, posteriormente utilizado em 1983 pelo Padre Lúcio Alves Nunes, para responder a um Oficio do “Departamento de Musicologia do Instituto do Património Cultural”.

Muito falados na imprensa, mas depressa esquecidos, o dia 23 de Setembro de 1989 trouxe para Abrantes a esperança de um dia todos os órgãos de tubos existentes nesta cidade virem a ser restaurados, como foram os da Igreja de S. Vicente.

Dos apontamentos de Barata Gil, antigo “bibliotecário” da C.M.A. e “organista”, retirei o mais importante que se conhece deste património histórico, de valor incalculável que são os “órgãos de tubos” existentes em Abrantes.

A Igreja de S. Vicente possui dois órgãos de tubos: um fixo, “Grande Órgão” e um outro no coro do Igreja denominado de “Positivo” em forma de “armário amovível”.

Órgão positivo da Igreja de São Vicente, Abrantes

Do órgão fixo que se encontra instalado na Capela-mor (lado esquerdo), conhecem-se as características: teclado de 4 oitavas e meia, 18 registos (9 do lado direito e 9 do lado esquerdo). Na parte inferior destinada ao lugar do organista tem pintado a tinta preta os dizeres: “Feito em 26 de Maio de 1791” e “Reedificado em 19-5-1877”. Por cima do teclado tem escrito a lápis o seguinte: “O organista da de Lisboa Júlio Simões tocou cá no dia 3 de Março de 1919 e achou-o em bom estado”.

Este “Grande Órgão” é constituído por cerca de 1.200 tubos e foi o “25º órgão construído pelo mais notável português, fabricante de órgãos, António Xavier Machado e Cerveira”.

Ambos os órgãos (móvel e fixo) da Igreja de S. Vicente foram alvo de reparação pelo “organeiro” de Condeixa-a-Nova, António Simões, nos anos 1987 e 1989 respectivamente. Depois de restaurado, Abrantes assistiu ao concerto inaugural do “Grande Órgão” no dia 23 do mês de Setembro de 1989. O órgão positivo, amovível, do Século XVIII tem como autor Frei Simão (Joaquim António Peres Fontanes).

Na Igreja de S. João, na Capela-mor (lado direito), existe um órgão de tubos, com as características: teclado de 4 oitavas, 13 registos (7 do lado esquerdo e 6 do lado direito). Construído por um padre desconhecido, este órgão nunca restaurado e actualmente em muito mau estado, poderá ser o que consta no “livro nº 1 de receita e despesa da fábrica da Capela-mor” e do qual se diz: “Despendi com os pedreiros que abriram a parede na Capela-mor para se acentar o órgão e cal e área e matereaes 15095 reis” (f. 94 – ano 1747). No entanto, no mesmo livro, ano 1681, aparece uma despesa de cento e setenta reis, referente a: “…e uma macha fêmea (dobradiça) da porta do órgão (f. 12v).

Teria existido um outro órgão na Igreja de S. João em 1681?

Como curiosidade refira-se que alguns tubos de madeira do órgão da Igreja de S. João estão forrados exteriormente com jornais de 1869.

Na Igreja da Misericórdia, encontra-se o quarto órgão de tubos, existente na Cidade de Abrantes. Em muito mau estado, este órgão positivo amovível, singelo, de autor desconhecido, só não foi restaurado em 1989/90 (+ -) pelo organeiro de Condeixa-a-Nova, António Simões, devido aos custos insuportáveis que o mesmo acarretava para a Santa Casa da Misericórdia de Abrantes.

Descritos que foram os órgãos de tubos existentes em Abrantes, sabendo-se a importância que os mesmos representam como património histórico e cultural do Concelho, porque não integrá-los nas actividades culturais da cidade?

(a) Referências fornecidas pelo senhor Barata Gil: Oficio 29 de Abril de 1983 ao Departamento de Musicologia do Instituto do Património Cultura do Arcipreste de Abrantes. Relatório estado órgãos Igrejas S. Vicente e S. João. Informações do livro nº 1 receita e despesa fábrica Capela-mor de 1681 a 1747. Elementos retirados do livro nº 1 de Actas da Junta da Paróquia desde 1873 a 1877.

Agradecimentos: Ao Sr. Cónego José da Graça e ao Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, Sr. Capitão Horácio Mourão de Sousa por nos terem autorizado a ver e a fotografar os “órgãos de tubos” existentes em Abrantes.

NOTA

Pelo estado em que os órgãos da Igreja de S. João e da Misericórdia de Abrantes se encontram, restaurá-los torna-se dispendioso para as respectivas congregações. A recuperação destes órgãos só é possível através de uma candidatura como fez o Município de Cabeceiras de Basto. Neste Município, o Ministério da Cultura, apoiou a recuperação dos órgãos de tubos, “que envolve acções materiais e imateriais, estas com a realização de 2007 a 2009, de um Festival de Música Antiga na região”.

E Abrantes?!…

Igreja de São Domingos
Órgãos de tubos do concelho de Viana do Castelo [22]

Viana do Castelo é dos concelhos portugueses com mais vasto portefólio de órgãos de tubos, com mais de 20 instrumentos. De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Capela das Almas

Capela das Almas

A Capela das Almas, também designada Igreja das Almas, possui órgão histórico.

Igreja da Caridade

Igreja da Caridade

A Igreja da Caridade, propriamente designada Igreja da Congregação de Nossa Senhora da Caridade, de antigo mosteiro beneditino ou Convento de Sant’Ana, possui um órgão histórico.

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração), realiza oficinas de música durante o ano letivo e dinamiza atividades em colónias de férias. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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António José Ferreira
962 942 759

Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo

Igreja da Misericórdia 

A Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo possui um órgão histórico da autoria do Padre Lourenço da Conceição, construído em 1721, restaurado em 2004 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria.

Órgão do lado da Epístola

Órgão da Igreja da Misericórdia

Órgão da Igreja da Misericórdia de Viana

Órgão do lado do Evangelho

Órgão da Igreja da Misericórdia

Órgão da Igreja da Misericórdia de Viana

Igreja de Vila de Punhe

Igreja Matriz de Vila de Punhe

Igreja Matriz de Vila de Punhe

A Igreja Paroquial de Santa Eulália de Vila de Punhe possui órgão de tubos.

Igreja de São Bento

Igreja de São Bento

A Igreja de São Bento possui órgão histórico.

Igreja de São Domingos

A Igreja de São Domingos possui 3 órgãos, um órgão Barroco na Capela mor, um positivo e um A.J. Claro no coro alto.

Igreja de São Domingos

Igreja de São Domingos

A Igreja Paroquial  de São Domingos, Igreja do Convento de São Domingos, Igreja de Santa Cruz, possui no coro alto um órgão da autoria de Augusto Joaquim Claro, de data desconhecida.

Órgão e tribuna

Órgão da Igreja de São Domingos

Órgão da Igreja de São Domingos

A Igreja Paroquial  de São Domingos possui também um órgão no transepto.

Igreja do Carmo

Igreja do Carmo

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo possui um órgão histórico de tipo ibérico.

Montra do órgão

Órgão da Igreja do Carmo de Viana

Órgão da Igreja do Carmo de Viana

Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Carvoeiro

Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Carvoeiro

A Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Carvoeiro possui um órgão histórico.

Igreja de Afife

Igreja Matriz de Afife

A Igreja Paroquial de de Santa Cristina de Afife possui um órgão de tubos.

Igreja de Areosa

A Igreja Paroquial de de Nossa Senhora da Vinha, de Areosa, possui um órgão da autoria de Joaquim António Peres Fontanes, construído em 1806, segundo António Simões, que o reparou em 2018.

Igreja de Barroselas

Igreja Matriz de Barroselas

A Igreja Paroquial de Barroselas possui um órgão de tubos.

Igreja de Darque

Igreja Matriz de Darque

Igreja Matriz de Darque

A Igreja Paroquial de Darque (São Sebastião) possui órgão de tubos.

Igreja de Outeiro

Igreja Matriz de Outeiro

A Igreja Paroquial de São Martinho de Outeiro possui órgão de tubos.

Igreja de Portuzelo

Igreja Paroquial de Santa Marta de Portuzelo

A Igreja Paroquial de Santa Marta de Portuzelo possui órgão órgão histórico da autoria de Augusto Joaquim Claro, data desconhecida.

Igreja de São Romão de Neiva

A Igreja de São Romão de Neiva possui um órgão alemão (Nidderau), do século XX, montado em 2005 por António Simões.

Igreja de Serreleis

Igreja de Serreleis

No coro alto sobre a entrada, a Igreja Paroquial de São Pedro de Serreleis possui órgão moderno construído por H. J. Vierdag em 1973 para a Igreja de Veenendal, Holanda, e instalado na Igreja Paroquial de Serreleis, em 2020, por JMS Organaria.

Órgão e coro alto sobre a entrada

Órgão da Igreja de Serreleis

Órgão da Igreja de Serreleis

Concerto

Órgão da Igreja de Serreleis

Órgão da Igreja de Serreleis

Santuário de Nossa Senhora da Agonia

No Santuário (Igreja, ou Capela) de Nossa Senhora da Agonia, existe um órgão órgão histórico Manuel António de Sousa (1776-1777).

Montra do órgão e tribuna

Órgão da Senhora da Agonia

Órgão da Senhora da Agonia

de Viana do Castelo

Sé Catedral de Viana do Castelo

A (Catedral) que também é Igreja Matriz possui um órgão histórico de tipo ibérico na Capela do Senhor dos Passos, da autoria de Lourenço da Conceição.

Órgão e tribuna

Órgão da Sé de Viana, Passos

Órgão da de Viana, Passos

A possui outro órgão histórico de tipo ibérico na Capela do Senhor dos Mareantes, de Luís António de Carvalho.

Órgão e tribuna

Órgão da Sé de Viana

Órgão da de Viana

A possui um terceiro órgão histórico de tipo ibérico no coro alto, de J.A. Peres Fontanes.

FOI NOTÍCIA

Órgão de tubos da Igreja da Misericórdia de Viana

Início do restauro em 2002

olharvianadocastelo.blogspot.pt, 05 setembro 2013

Com perto de três séculos, é mais uma “joia” que pudemos contemplar nesta bela igreja de Viana do Castelo.

Este importante instrumento do século XVIII esteve inativo durante mais de 30 anos, tendo voltado a tocar no dia 24 de julho de 2010, após ter sido submetido a um profundo restauro, que teve início no ano de 2002 prolongando-se até 2010.

Igreja de Santo Estêvão
Órgãos de tubos do concelho de Valença [2]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja de Santo Estêvão

[ da Colegiada de Santo Estêvão ]

Igreja de Santo Estêvão

Igreja de Santo Estêvão

A Igreja de Santo Estêvão é um edifício de arquitetura religiosa de reconstrução neoclássica, de fundação medieval, com planta retangular composta de três naves, cada uma de três tramos, separados por possantes pilares quadrangulares, e cabeceira tripla, interiormente de espaço individualizado, devido ao corte visual provocado pelos pilares que separam as naves. Apresenta fachada principal de nítida verticalidade, com as naves de grande altura, tendo a central remate em frontão triangular e as laterais em cornija reta, com o portal enquadrado por pilastras e coroado por frontão entrecortado.

No exterior possui inscrições com datas alusivas a diferentes momentos de construção, nomeadamente uma dos séc. XIII. No interior destacam-se retábulos em talha policroma neoclássicos e, na Capela-mor, cadeirais confrontantes encimados por painéis maneiristas, representando cenas da vida de Santo Estêvão, possivelmente pertencentes a um antigo retábulo; um painel do séc. XVI, representando Nossa Senhora do Leite, e um outro, do séc. XVIII, representando Santo Estêvão em oração, entre outros. O painel Coroação da Virgem (1571 – 1572) deve ser atribuída ao pintor Manuel Arnao e teria sido o primeiro painel pintado para o retábulo-mor, que não agradaria à Colegiada, levando-a a desistir da encomenda do retábulo. Dadas as dimensões idênticas às tábuas de Francisco Correia, o autor sugere que poderão ter feito conjunto no retábulo-mor. Possui ainda uma cadeira episcopal gótico-mudéjar, do séc. XV.

A igreja possui um órgão Augusto Joaquim Claro, construído em 1903.

Montra

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

Tubaria da fachada

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

Manúbrios, pedais e pedaleira

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

consola

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

Órgão da Igreja de Santo Estêvão

Igreja Matriz de Fontoura

[ Igreja Paroquial ] [ de São Miguel ]

Igreja Matriz de Fontoura

Igreja Matriz de Fontoura

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração), realiza oficinas de música durante o ano letivo e dinamiza atividades em colónias de férias. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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António José Ferreira
962 942 759

Igreja de Santo António
Órgãos de tubos do concelho de Ponte de Lima [11]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Capela de Nossa Senhora da Guia

Capela de Nossa Senhora da Guia

Capela de Nossa Senhora da Guia

A Capela de Nossa Senhora da Guia possui órgão histórico.

Igreja da Misericórdia 

Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima

Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima

A Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima, da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, possui órgão histórico.

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, Museu dos Terceiros, possui órgão histórico.

Igreja de Beiral do Lima

Igreja de Beiral do Lima

Igreja de Beiral do Lima

A Igreja de Santa Maria de Beiral do Lima possui órgão histórico.

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração), realiza oficinas de música durante o ano letivo e dinamiza atividades em colónias de férias. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Igreja de Santa Eufémia de Calheiros

Órgão de Hendrik Jan Vierdag

Órgão Hendrik Jan Vierdag da igreja de Santa Eufémia de Calheiros, Ponte de Lima, créditos Gil Sá

Órgão Hendrik Jan Vierdag da igreja de Santa Eufémia de Calheiros, Ponte de Lima, créditos Gil Sá

Órgão Hendrik Jan Vierdag da igreja de Santa Eufémia de Calheiros, Ponte de Lima, créditos Gil Sá

Órgão Hendrik Jan Vierdag da igreja de Santa Eufémia de Calheiros, Ponte de Lima, créditos Gil Sá

Igreja de Santo António

Igreja de Santo António

Igreja de Santo António

A Igreja de Santo António da Torre Velha, também conhecida por Igreja dos Frades, possui órgão histórico.

Igreja de S. João Baptista da Queijada

Órgão do organeiro, Oberlinger.

Órgão Oberlinger da igreja de São João Baptista da Queijada, Ponte de Lima

Órgão Oberlinger da igreja de São João Baptista da Queijada, Ponte de Lima, créditos Gil Sá

Órgão Oberlinger da igreja de São João Baptista da Queijada, Ponte de Lima, créditos Gil Sá

Órgão Oberlinger da igreja de São João Baptista da Queijada, Ponte de Lima, créditos Gil Sá

Igreja de São João da Ribeira

Igreja de São João da Ribeira

Igreja de São João da Ribeira

A Igreja de São João da Ribeira possui órgão histórico.

Igreja Matriz de Ponte de Lima

Igreja Matriz de Ponte de Lima

Igreja Matriz de Ponte de Lima

A Igreja Matriz de Ponte de Lima possui órgão histórico da autoria de Joaquim António Peres Fontanes, construído em 1790, restaurado em 1991 por António Simões.

Igreja Matriz de Refóios do Lima

Igreja Matriz de Refóios do Lima

Igreja Matriz de Refóios do Lima

A Igreja do Mosteiro de Refóios do Lima, Matriz de Refóios do Lima, possui órgão histórico.

Igreja Nova da Correlhã

Igreja Nova da Correlhã

Igreja Nova da Correlhã

A Igreja Nova da Correlhã possui um órgão Walcker, de 1959, refeito por António Simões em 2006.

Igreja Matriz de Ponte da Barca
Órgãos de tubos do concelho de Ponte da Barca [3]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja da Misericórdia

Igreja da Misericórdia

Igreja da Misericórdia

Igreja Matriz de Ponte da Barca

Igreja Matriz de Ponte da Barca

Igreja Matriz de Ponte da Barca

A Igreja Matriz de Ponte da Barca possui um órgão [ I+P ; 6 ] construído por E&F Walcker, em 1907, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria, em 2002, opus 38.

Igreja Matriz de Vila Nova de Muía

Igreja Matriz de Vila Nova de Muía

Igreja Matriz de Vila Nova de Muía

A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Guia, do mosteiro de Vila Nova de Muía, possui um órgão histórico da autoria de Manuel de Sá Couto, construído em 1815, restaurado em 2000 por António Simões.

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Capela do Divino Espírito Santo
Órgãos de tubos do concelho de Paredes de Coura [1]

De acordo com as informações de que dispomos, os órgãos de tubos existentes no concelho são os seguintes:

Capela do Divino Espírito Santo

Capela do Divino Espírito Santo

Capela do Divino Espírito Santo

Situada no centro histórico de Paredes de Coura, a assim chamada Capela do Divino Espírito Santo foi edificada em data desconhecida, tendo sido restaurada no período do Barroco setecentista. Apresenta-se com uma planta longitudinal formada por uma só nave retangular, com a torre sineira adossada ao frontispício, ligeiramente recuada. O portal principal apresenta uma abertura de arco abatido, com uma moldura ondeante, encimadas lateralmente por volutas, sobrepujado por um frontão curvilíneo invertido. Sobre este trecho arquitetónico abre-se um janelão retangular de moldura simples. É rematado por um frontão curvo de linhas barrocas classicizantes, onde alberga um nicho com a imagem do Divino Espírito Santo, ladeados por pilastras. À esquerda está adossada a torre sineira.

Órgão histórico

Foi anunciado que no dia 10 de Agosto de 2011, dia do concelho, haveria concerto pelo padre Dr. Jorge Barbosa, na inauguração do restauro do órgão de tubos da Capela do Divino Espírito Santo.

www.patriarcado-lisboa.pt, 23 setembro 2011

Montra do órgão

Órgão da Capela do Divino Espírito Santo

Órgão da Capela do Divino Espírito Santo

Capela do Palácio da Brejoeira
Órgãos de tubos do concelho de Monção [4]

Capela do Palácio da Brejoeira

Capela do Palácio da Brejoeira

Capela do Palácio da Brejoeira

Monumento Nacional desde 1910, o Palácio da Brejoeira localiza-se na freguesia de Pinheiros, na vila e concelho de Monção, a seis quilómetros a sul de Monção. É um edifício de arquitetura civil de estilo Neoclássico do início do século XIX, devendo-se a iniciativa da sua edificação a Luís Pereira Velho de Moscoso. A planta quadrada com quatro torreões e um pátio central que inicialmente estava prevista deu lugar a uma planta em L com duas fachadas e três torreões, estes últimos coroadas por urnas. A fachada principal destaca-se pela monumentalidade dos seus torreões laterais com mais um andar, e pelo corpo central mais elevado. O alçado é aberto por janelas simétricas de linguagem barroca que ocupam toda a superfície. No interior ganha especial interesse a escadaria de acesso ao andar nobre, bem como a decoração neoclássica dos salões, conhecendo-se o nome de alguns artistas que aqui trabalharam, bem como o mestre que os dirigiu, Domingos Pereira. Insere-se numa vasta propriedade rural, dividida entre 18 hectares de vinha, oito de bosque e três de jardim.

Na sua Capela encontra-se um órgão histórico.

Órgão na tribuna

Órgão da Capela do Palácio da Brejoeira

Órgão da Capela do Palácio da Brejoeira

Igreja da Misericórdia de Monção

Igreja da Misericórdia 

Igreja da Misericórdia de Monção

A Igreja da Misericórdia de Monção é um edifício de arquitetura religiosa situada na vila e concelho de Monção.
Foi construída no séc. XVII e reformada no séc. XVIII, com linguagem decorativa de transição do maneirismo para o Barroco, com edifício do Consistório disposto à direita. Apresenta planta retangular composta por nave e Capela-mor, mais baixa e estreita, interiormente com coberturas de madeira e em abobada, respetivamente, e iluminação axial e bilateral. A fachada principal, em frontão triangular sobre entablamento metopado, com portal entre duplas pilastras jónicas e de frontão interrompido por edícula, tem traçado maneirista, mas já com alguns elementos barrocos, como é visível na linguagem do frontão do portal e nos enrolamentos decorativos, lembrando talha e que animam a fenestração. No interior, possui a cobertura da nave em caixotões, com decoração barroca, pintados com temas Marianos e anjos segurando atributos cristológicos. Tem coro alto sobre arco abatido, com cadeiral dos mesários, e púlpito, no lado do Evangelho, e retábulos laterais em talha policroma neoclássica. Na Capela-mor, com abóbada de caixotões, o central pintado com a virtude cardeal da Fé, possui lateralmente dois nichos em cantaria. O retábulo-mor é Barroco, de Estilo Nacional, de corpo reto e três eixos. O edifício do Consistório é também maneirista, com fachada de dois pisos e fenestração regular, com janelas de sacada ao nível do segundo piso, encimadas por frontões triangulares. O interior foi significativamente alterado, destacando-se apenas a escadaria de dois lanços perpendiculares, em granito, e com corrimão terminado em voluta. Refira-se ainda o portal renascentista colocado na casa mortuária enquadrado por medalhões e coroado pelas armas reais.

Fonte: Monumentos

Em tribuna, na nave, do lado da Epístola, a Igreja da Misericórdia de Monção possui um órgão histórico em ruinas.

caixa do órgão

Órgão da Igreja da Misericórdia de Monção

Órgão da Igreja da Misericórdia de Monção

consola

Órgão da Igreja da Misericórdia de Monção

Órgão da Igreja da Misericórdia de Monção

Reciclanda

Reciclanda

Com municípios e entidades diversas,  a Reciclanda promove a reutilização musical desde idade precoce, faz capacitação de docentes, contribui para a qualidade de vida dos seniores.

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António José Ferreira
962 942 759

Igreja de Santo António dos Capuchos

O antigo convento de Santo António dos Capuchos foi fundado em meados do século XVI, no interior do recinto amuralhado de Monção, contrariando assim a tendência observada noutras edificações conventuais, erguidas no exterior da praça de armas desta localidade. De acordo com alguns autores, o convento foi instituído em 1563, com a construção das dependências e da igreja nos anos seguintes. A Igreja de Santo António dos Capuchos apresenta uma estrutura depurada conforme convém a um convento de frades menores franciscanos, tendo sido objeto de outras campanhas decorativas, facto bem documentado nos elementos do interior. A fachada, com pilastras almofadadas e coroadas por pináculos nos cunhais, termina em empena contracurvada. Ao centro, um arco abatido permite o acesso ao nártex e, sobre este, abre-se uma janela flanqueada por nichos, e um óculo de grandes dimensões. Um silhar de azulejos percorre o alçado, bem como o interior do nártex. À esquerda ergue-se a torre sineira. O interior, de nave única, exibe um silhar de azulejos seiscentista com o mesmo padrão do exterior, executado em Lisboa cerca de 1660. O coro alto assenta sobre um amplo arco em asa de cesto e, do lado da Epístola, observam-se uma série de confessionários embutidos na parede. Do lado oposto, o púlpito, assente sobre mísula, é fechado por cortina com sanefa de talha. No corpo da igreja abrem-se ainda dois altares, o do lado do Evangelho com arco de volta perfeita e retábulo de talha dourada e polícroma Rococó e o do lado oposto, a configurar uma gruta que procura imitar aquela onde apareceu Nossa Senhora de Lourdes, a quem a Capela é dedicada. Dois outros altares ladeiam o arco triunfal, em cuja parede se representação o calvário, com a imagem de Cristo Crucificado ao centro, ladeado por Nossa Senhora e Santa Maria Madalena, estas sobre peanhas e com sanefa superior. A Capela-mor denuncia uma campanha decorativa mais tardia, de transição para o Neoclássico. O retábulo inscreve-se já nesta gramática, tal como o cadeiral, sobre um supedâneo antecedido por um anjo de cada lado. Uma última referência para a sacristia, dominada pelo arcaz com pintura alusiva a santos franciscanos e um contador datado de 1779.

Fonte: DGPC, RC

Órgão na tribuna do lado da Epístola

Órgão da Igreja de Santo António dos Capuchos, Monção

Órgão da Igreja de Santo António dos Capuchos

tribuna na nave, à entrada

Órgão da Igreja de Santo António dos Capuchos, Monção

Órgão da Igreja de Santo António dos Capuchos

A Igreja de Santo António dos Capuchos de Monção possui um órgão histórico localizado na tribuna à entra, do lado da Epístola.

Igreja Matriz de Monção

[ Igreja Paroquial ] [ Santa Maria dos Anjos ]

Igreja Matriz de Monção

Igreja Matriz de Monção

Imóvel de Interesse Público, a Igreja Matriz de Monção é um edifício de arquitetura religiosa dedicado a Santa Maria dos Anjos. Foi fundada no reinado de D. Dinis (séc. XIII). A sua arquitetura é marcada por diversas influências dos estilos gótico, manuelino, maneirista e Barroco, tendo no seu pórtico o estilo românico, digno de ser admirado. A fachada com o seu portal românico tem três arquivoltas decoradas por elegantes botões florais e motivos geometrizantes, assentes em seis colunelos com capitéis vegetalistas e dourados. Sobrepujando o portal rasga-se um óculo circular. No interior desenha-se uma planta cruciforme constituída por uma única nave e desproporcionada, um transepto saliente e uma Capela-mor. No lado esquerdo da nave abre-se a Capela de S. Sebastião, que possui o jazigo de Vasco Marinho, seu fundador, secretário e confessor do Papa Leão X, de estilo gótico tardio. É coberta por uma abóbada polinervurada e contém o jacente calcário do homenageado-datado de 1531, que apresenta sinais de acentuada deterioração.

A Igreja Matriz de Monção possui um órgão histórico em tribuna na nave, do lado da Epístola.

Órgão na tribuna

Órgão da Igreja de Santa Maria dos Anjos

Órgão da Igreja Matriz de Monção

tribuna

Órgão da Igreja de Santa Maria dos Anjos

Órgão da Igreja Matriz de Monção

coro alto e tribuna, na nave

Igreja Matriz de Monção

Igreja Matriz de Monção

Igreja Matriz de Melgaço
Órgãos de tubos do concelho de Melgaço [3]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Melgaço

[ Igreja das Carvalhiças ]

A Igreja do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Melgaço, também designada por Igreja das Carvalhiças, é um edifício de arquitetura religiosa, maneirista, barroca e Rococó. Do convento franciscano capucho, subsiste a igreja, o núcleo conventual, implantado no lado direito da igreja, e a cerca que se desenvolve nos lados esquerdo e posterior. A igreja é de planta longitudinal composta por nave antecedida por galilé, Capela lateral saliente e Capela-mor mais estreita, possuindo coberturas internas diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira, a da nave pintada em “trompe l’oeil”, intensamente iluminada pelos vãos da fachada principal e os laterais. Fachadas com cunhais apilastrados, os da fachada principal com silhares almofadados, rematados por pináculos.

fachada principal com remate em empena contracurva, datável do final do séc. XVIII. Ao centro, galilé em arco abatido, tendo no interior o portal axial, de perfil contracurvo e moldura recortada, e as portas da Portaria e Capela do Senhor dos Passos. Sobre o arco da galilé, janelão de perfil recortado e óculo circular. No lado direito, campanário de dois registos separados por friso e cornija, o inferior com janelas retilíneas e o superior com uma sineira em arco de volta perfeita e remate simples em friso, cornija e pináculos. Interior com pavimento de madeira. No mesmo lado, o púlpito quadrangular, assente em mísula e com guarda plena de talha policroma com marmoreados fingidos e acesso por porta em arco de volta perfeita. Ainda no mesmo lado, três confessionários formando vãos rectilíneos, com ligação ao corredor dos confessionários no claustro, com o mesmo tipo de vãos. A Capela lateral, algo profunda, possui acesso por arco de volta perfeita com cobertura em falsa abóbada de berço, tendo frontal a antiga porta de acesso à zona claustral.

arco triunfal de volta perfeita assente em pilastras toscanas, ladeado por retábulos de talha policroma, de estilo tardo-Barroco. Capela-mor com retábulo de talha maneirista, transferido de outro imóvel, de planta reta e três eixos, possuindo grande sacrário em forma de templete. Dá acesso à Via Sacra, sacristia, com os armários dos cálices e amitos e pequeno arcaz, e casa do lavabo, possuindo lavabo com espaldar simples e taça polilobada.

O convento desenvolve-se em torno de claustro com três arcadas e acesso central, no primeiro piso, e com vãos arquitravados no segundo, todos assentes em colunas toscanas. Na ala da fachada principal, a portaria e a Casa do Capítulo, com cobertura de madeira em caixotões e vestígios do antigo oratório; na ala oposta à igreja, a zona de refeição, com cozinha e refeitório, ligados por uma ministra, despensa, adega e o De Profundis, onde se situa o lavabo e as escadas de acesso ao piso superior, marcadas por um oratório. Sobre estes, a enfermaria, de dois catres, com botica e casa do enfermeiro, e nas alas oposta e perpendicular as celas, divididas por taipa e tabique. Cerca ampla formada pro vários socalcos, onde surge o pomar, as vinhas em latada e o tanque de rega, quadrangular, onde termina o sistema hidráulico, de que subsistem vestígios de canos em pedra.

O coro alto em arco abatido, está assente em mísulas recortadas e com pingentes, possuindo guarda de madeira balaustrada, que se prolonga numa tribuna lateral, no lado da Epístola, assente em mísula, com órgão Barroco composto por três castelos e rematado por espaldar recortado.

Fonte: Monumentos

Igreja Matriz de Melgaço

[ Igreja Paroquial ] [ de Santa Maria da Porta ]

Igreja Matriz de Melgaço

Igreja Matriz de Melgaço

Por entre as ruelas estreitas do centro histórico da Vila, a Igreja Matriz de Melgaço é um edifício de arquitetura religiosa, originalmente em estilo românico, alterada na época barroca. Primitivamente designado como Igreja de Santa Maria da Porta, por se situar junto a uma das antigas e principais portas da muralha do Castelo de Melgaço, remonta ao século XII, sendo apontada a data da sua construção ao ano de 1187. Do primitivo traçado pouco resta, tendo sido objeto de muitas remodelações ao longo dos tempos. Em 1546, a igreja pertencia novamente à comarca de Melgaço e encontrava-se sobre o encargo da Igreja de Santa Maria do Campo, também conhecida como Igreja da Misericórdia. A fachada e o portal principal ainda preservam o seu estilo românico, sendo a entrada formada por duas séries de colunas, adossadas nas reentrâncias, com capitéis decorados com motivos vegetalistas. Possui anexada do lado direito uma torre sineira. A porta lateral norte apresenta uma arquivolta apontada, suportada por duas consolas, que sustentam um tímpano com uma figura de leão em alto relevo. No interior, na Capela lateral esquerda possui um retábulo de finais do século XVI, da autoria de António Figueiroa.

Possui um órgão histórico

Igreja de São Francisco

órgão histórico

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização musical desde idade precoce, a capacitação de docentes e a qualidade de vida dos seniores.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, APPACDM, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Igreja da Misericórdia 
Órgãos de tubos do concelho de Caminha [2]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja da Misericórdia de Caminha

[ de Santa Rita ]

Igreja da Misericórdia 

Igreja da Misericórdia de Caminha

A Igreja da Misericórdia de Caminha é um edifício de arquitetura religiosa renascentista, de planta retangular composta por nave e Capela-mor, mais estreita, com frontispício terminado em frontão, rasgado por portal ricamente esculpido em alfiz. Foi redecorada interiormente no séc. XVIII com talha dourada em estilo Barroco e Rococó, possuindo tetos de madeira em caixotões, coro-alto de planta em U, várias capelas confrontantes e púlpito no lado do Evangelho. Anexa Consistório Barroco de planta em L e de 2 pisos, com frontaria rasgada por portal de verga reta encimada por janela de sacada, de vão retangular e cornija reta, enquadrada por brasão real e insígnia da Misericórdia, e “loggia” desenvolvida na fachada lateral NO. Igreja da Misericórdia apresenta nave e Capela-mor volumetricamente pouco distintas em altura, com portal axial renascentista com os bustos de São Cosme e São Damião e edícula superior também ricamente lavrada albergando uma Mater Omnium.

No interior predomina o estilo Barroco, com retábulos colaterais e o mor de Estilo Nacional, tendo este último belíssimo frontal de altar esculpido, representando ao centro “Visitação”, e teto da Capela-mor com caixotões pintados, com decoração simbólica de Iconografia mariana, emoldurados a talha policroma. O coro alto apresenta-se como um conjunto de grande qualidade estética pelo trabalho de talha, demonstrando grande riqueza e detalhe, e ainda pelo cadeiral dos mesários e o órgão de 3 castelos sobre mísulas com carrancas. A “loggia” desenvolvida lateralmente, também renascentista, apresenta arcada no 1º piso e varanda alpendrada no 2º, possuindo no pavimento tampas sepulcrais epigrafadas. Na sacristia, forrada a azulejos barrocos de padrão tipo tapete, encontram-se peças de arte sacra de alguma qualidade artística, particularmente as imagens de Santa Margarida de Antioquia e da Senhora da Agonia.

O salão do piso superior do Consistório apresenta teto em masseira, de madeira, com decoração central em motivo fitomórfico, pintado de branco, tal como os restantes travejamentos, entalhados, transversais e da orla. A fachada principal apresenta brasão real e pedras de armas da Misericórdia. A porta que estabelecia a ligação da sacristia com as instalações do antigo Hospital encontra-se entaipada. A Bandeira de 1583, com a representação da Mater Omnium, já desaparecida, foi feita seguindo o modelo estabelecido pela de Ponte de Lima.

Fonte: Monumentos

Possui órgão histórico de um teclado manual e 16 meios registos [ I; (8+8) ] construído por José António de Souza, em 1775, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria em 2014, opus 64. O restauro foi co-financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte, o Novo Norte ON2, no âmbito do QREN 2007-2013.
O concerto inaugural do órgão restaurado ocorreu a 06 de dezembro de 2014, com a atuação de Filipe Veríssimo ao órgão, e Maria João Matos, soprano.

Órgão, lado do Evangelho

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Perspetiva lateral

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Montra

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Trombetas em chamada

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Órgão da Igreja da Misericórdia de Caminha

Igreja do Convento de Santo António

Igreja de Santo António

Igreja de Santo António

A Igreja do Convento de Santo António é um edifício de arquitetura religiosa, maneirista e Rococó. Do antigo convento franciscano capucho subsiste a igreja e uma pequena ala conventual, no lado direito, a primeira de planta maneirista, com nave única, para onde abrem três capelas, duas intercomunicantes, com Capela-mor mais estreita e sacristia desenvolvida no lado direito, possuindo coberturas internas diferenciadas em falsas abóbadas de berço, assentes em cornija de cantaria, iluminada unilateralmente, por quatro janelas retilíneas que se rasgam na fachada lateral esquerda e pelas janelas da fachada principal.

As fachadas têm cunhais apilastrados, os da principal com silhares almofadados. A fachada principal apresenta remate em empena contracurva, interrompida e com fragmentos de cornija; ao centro galilé em arco abatido, tendo no interior o portal axial e as portas da portaria e da Capela do Senhor dos Passos, encimada pelo janelão do coro-alto, ladeado por dois nichos com imaginária, ambos com molduras recortadas, encimados por óculo lobulado. No lado direito, está campanário de dois registos separados por friso e cornija, o inferior com janelas retilíneas e o superior com uma sineira em arco de volta perfeita e remate simples em friso, cornija e pináculos.

O interior tem pavimento em taburnos de madeira com réguas de cantaria e coro alto em arco abatido, assente em pilares toscanos, com guarda torneada, possuindo tribuna lateral, no lado da Epístola, assente em pequena mísula, com órgão Barroco, com castelo central e nichos laterais, rematado por espaldar recortado. No mesmo lado, o púlpito setecentista, quadrangular, com guarda vazada torneada e acesso por porta em arco de volta perfeita. As capelas laterais, bastante profundas, possuem arcos de volta perfeita, com coberturas em abóbadas de berço de cantaria, duas delas intercomunicantes, tendo, nos pilares, os confessionários, possuindo, retábulos de talha dourada rococós. O arco triunfal de volta perfeita, assenta em pilastras toscanas, ladeado por nichos de volta perfeita, de acesso à Capela-mor, com supedâneo de cantaria, com degraus centrais, onde surge retábulo-mor de cimento, revivalista, neo-Rococó. O claustro tinha cinco arcadas no piso inferior e seria arquitravado no superior, com celas nas três alas do piso superior.

Como acontecia em muitos conventos, a Igreja do Convento de Santo António tem o seu órgão histórico, tendo os tubos sido retirados.

Montra, sem tubos

Órgão da Igreja do Convento de Santo António

Órgão da Igreja do Convento de Santo António

tribuna

Órgão da Igreja do Convento de Santo António

Órgão da Igreja do Convento de Santo António

Reciclanda

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização musical desde idade precoce, a capacitação de docentes e a qualidade de vida dos seniores.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, APPACDM, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

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Igreja da Lapa
Órgãos do concelho de Arcos de Valdevez [5]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja da Lapa

Igreja da Lapa

Igreja da Lapa, Arcos de Valdevez

A crer nesta atribuição da autoria ao arquiteto André Soares, a Igreja da Lapa inscreve-se na última década da actividade de André Soares (1760). A solução planimétrica adotada por André Soares não deixa de surpreender pelo dinamismo alcançado e pela volumetria exterior, onde se impõe o amplo corpo oval correspondente à nave (com cúpula), mais elevado que a galilé de paredes curvas que o precede, ou do que a Capela-mor retangular, do lado oposto, e a um nível próximo ao da torre sineira. Esta última situa-se junto à Capela-mor, no que é considerado uma tradição bracarense. No interior, os alçados são dinamizados pelas pilastras que definem os diferentes panos murários, alterando composições formadas por porta, janela de sacada e óculo, com os retábulos laterais, de talha dourada e polícroma, executados em 1771. Muito embora André Soares tenha também desenvolvido um importante trabalho ao nível da talha dourada, com o desenho de vários retábulos cujo gosto foi prolongado pela atividade do seu discípulo, Frei José de Santo António Vilaça, a talha que observamos na Igreja da Lapa tem vindo a ser atribuída, exatamente, ao beneditino, inscrevendo-se na segunda fase da sua longa carreira. De facto, entre 1768 e 1770 Frei António Vilaça manteve o dinamismo das suas composições, mas procurando uma maior simetria e linearidade, num conjunto que tendia a valorizar a policromia, nomeadamente, a imitação do mármore.

Fonte: DGPC, Rosário Carvalho

A Igreja da Lapa possui um órgão histórico

Igreja da Misericórdia da Arcos de Valdevez 

Igreja da Misericórdia 

Igreja da Misericórdia de Arcos de Valdevez

A Igreja da Misericórdia de Arcos de Valdevez que hoje conhecemos, com a casa do Consistório anexa e o cruzeiro implantado na zona posterior, é o resultado de múltiplas intervenções, que tomaram por base o templo primitivo, cuja construção teve início no mesmo ano da fundação da Irmandade da Misericórdia de Arcos de Valdevez, ou seja, 1595. No início do século XVIII, o estado de ruína da sacristia levou a mesa a encomendar o projeto de uma nova fachada para esta dependência e, também, para a igreja. Datados de 1710, estes desenhos foram concretizados, somente, e 1733, dotando o frontispício do templo da linguagem barroca, que se observa, também, na casa do Consistório, no mesmo alinhamento, mas ligeiramente recuada. Remonta a esta mesma intervenção a abertura do amplo nicho sobre o portal, que alberga o retábulo de talha dourada dedicado a Nossa Senhora da Porta. Não se conhece a origem desta invocação, mas é possível que radique na existência de uma imagem de Nossa Senhora da Misericórdia sobre o portal da antiga igreja. O volume do templo é delimitado por duplas pilastras, coroadas por pináculos, nos cunhais. Ao centro da fachada definem-se duas composições idênticas e sobrepostas, que correspondem ao portal e ao nicho de Nossa Senhora da Porta. Assim, ambos são flanqueado por duplas pilastras, a que se sobrepõe o entablamento, diferindo apenas na forma d vão – o portal é reto e o nicho em arco de volta perfeita. Sobrepõe-se-lhe um frontão de volutas, a enquadrar as armas reais, que acompanha o remate do alçado, em empena marcada por ampla cornija. Dois óculos quadrilobados no primeiro registo e duas janelas de frontão curvo no segundo, ladeiam o portal e o nicho. Na década de 1740 foram as talhas do interior da igreja a ser alvo de remodelação e douramento e, em 1791, o corpo do templo sofreu nova campanha de obras que recaiu, muito possivelmente, sobre os retábulos, então renovados de acordo com o gosto Neoclássico, bem presente na tonalidade dourada e branca e nos motivos adotados. A nave única, com tecto de madeira pintado (com representações, ao centro, da Visitação e Assunção da Virgem ), articula-se com a Capela-mor, retangular. No conjunto, impera a depuração, e a decoração circunscreve-se aos retábulos (dois laterais, dois colaterais em ângulo e o retábulo-mor), púlpitos, arco triunfal e coro alto, que incluí no seu interior o órgão. A Capela-mor, com tecto em estuque pintado, é iluminada por quatro amplas janelas de linhas retas, com sanefas de talha, e silhar de azulejos polícromos, de padrão. O retábulo exibe uma tela com a representação habitual de Nossa Senhora da Misericórdia. Por sua vez, também o cruzeiro, no exterior, foi objeto de diferentes intervenções, relacionadas com a substituição, em 1752, do original, executado em 1601, pelo que hoje conhecemos. Ergue-se sobre dois degraus e desenvolve-se através de base decorada por motivos vegetalistas, coluna de folhagens superiormente canelada, capitel com passos da vida de Cristo esculpidos (no horto, preso à coluna, com a coroa de espinhos e com a cruz aos ombros) e remate com Cristo crucificado. Em 1854 foi mudado para o adro da igreja, em 1941 para a zona Este do templo e por fim, em 1988, para o largo onde hoje se encontra, na fachada posterior da igreja e que corresponde ao antigo cemitério da Misericórdia.

Fonte: DGPC, Rosário Carvalho)

A Igreja da Misericórdia de Arcos de Valdevez possui um órgão histórico, em tribuna própria, na nave, do lado da Epístola.

Igreja da Misericórdia de Arcos de Valdevez

Igreja da Misericórdia de Arcos de Valdevez

Igreja de São Bento

Igreja de São Bento, Arcos de Valdevez

Igreja de São Bento, Arcos de Valdevez

Localizada numa elevação proeminente a Oeste da vila de Arcos de Valdevez, a Igreja de S. Bento, cuja obra foi concluída em 1674, integrou um antigo mosteiro de monges franciscanos. Apresenta uma tipologia sólida ao nível construtivo e uma quantidade significativa de painéis de azulejo e estatuária diversa no interior, num conjunto típico do século XVII.

Fonte: Porto e Norte

Igreja de S. Bento possui um órgão histórico.

Igreja do Espírito Santo

Igreja do Espírito Santo

Igreja do Espírito Santo

A Igreja do Espírito Santo é um edifício de arquitetura religiosa, maneirista, barroca, Rococó e oitocentista. Apresenta planta longitudinal composta por nave e Capela-mor, interiormente com cobertura em falsa abóbada de berço e tectos de caixotões em talha, respectivamente, e iluminada pelos amplos vãos laterais e axial, tendo adossada torre sineira e sacristia. As fachadas com cunhais apilastrados, coroados por pináculos com bola, terminam em friso e cornija. A fachada principal é terminada em frontão de lanços, e de três panos, rasgada por eixo de vãos sobrepostos, composto por portal de verga recta e janelão, ambos de moldura decorada. As fachadas laterais são rasgadas por três janelões na nave e na Capela-mor, tendo na lateral direita porta travessa de verga recta. No interior, coro-alto de talha, dois púlpitos laterais confrontantes em talha dourada, profusamente decorados, e arco triunfal ladeado por dois retábulos colaterais de planta côncava e um eixo maneiristas. Capela-mor com retábulo de talha dourada maneirista, de planta recta e um eixo. Igreja de antiga Confraria do Espírito Santo, destacando-se pelo notável conjunto de talha que reúne, assumindo-se como caso singular e exemplificativo do gosto e da qualidade dos artesãos da região minhota, sobretudo, no que diz respeito, aos dois púlpitos. Estes têm caixas quadrangulares, linhas delgadas e formas elegantes; introduzem baldaquino de formato piramidal decorado, essencialmente, com figuras de anjos músicos, as quais são dispostas de modo a acentuar o formato dos remetes, opção que se generalizou na região e que terá neste exemplo a sua máxima expressão. De notar que a excelência dessa composição verifica-se, não só a nível decorativo, como também a nível de escala, pois o baldaquino possui quase a mesma altura que o próprio púlpito. Os retábulos colaterais e os laterais, dispostos nas quatro capelas rasgadas em arcos de volta perfeita da Capela-mor, têm a mesma estrutura e decoração. No entanto, os colaterais sofreram uma reforma já no séc. XIII, tendo perdido a tela central, que foi substituída por nichos retilíneos, rematados superiormente por lambrequim. Os painéis têm pintadas cenas alusivas à acção do Espírito Santo, e o seu remate, subsistente ainda nos colaterais, com pomba, constitui a representação material do mesmo. O retábulo-mor, exibindo uma linguagem maneirista tardia, distingue-se, quer pela concepção, quer a nível decorativo, visto conjugar uma estrutura invulgar, semelhante a um arco de triunfo, com uma decoração profusa reunindo folhagem, pássaros, carrancas, querubins e meninos segurando cestos na cabeça. Esta gramática decorativa caracterizou o período compreendido entre 1650 e 1680. De grande destaque são também os cadeirais da Confraria do Espírito Santo, executados por volta de 1716, com espaldar profusamente decorado no estilo Barroco nacional, e o amplo lavabo, com duas bicas carrancas e bacias individualizadas. O silhar de azulejos da sacristia, tipo tapete, data do final do séc. XVII.

A igreja possui um órgão histórico

Igreja Matriz de Arcos de Valdevez

[ Igreja Paroquial ] [ São Salvador ]

Igreja Matriz de Arcos de Valdevez

Igreja Matriz de Arcos de Valdevez

Dedicada a São Salvador, que é também o orago da freguesia da margem direita do rio Vez, a Igreja Matriz que hoje conhecemos testemunha as diferentes campanhas de obras de que foi objecto, entre 1690 e 1770. Este longo tempo, conferiu-lhe múltiplos aspetos que podem ser integrados num gosto Barroco austero, como é o caso da própria arquitetura, numa linguagem definida por Barroco pleno ou Estilo Nacional, bem presente nas talhas douradas do interior, ou ainda numa opção Rococó, esta última visível na Capela do calvário, cujo traçado tem vindo a ser atribuído a André Soares. A edificação da igreja teve início na última década do século XVII, sobre as ruínas de um templo anterior, estando concluída dez anos mais tarde, em 1700. A planta, de cruz latina, com nave única, duas capelas laterais, Capela-mor retangular e uma série de edifícios anexos, reflete-se na volumetria exterior, à qual se reúne, ainda, a torre sineira, ligeiramente recuada em relação à fachada principal. Esta, talvez mais tardia do que a estrutura arquitetónica do templo, é flanqueada por pilastras com fogaréus no remate, constituindo o frontão contracurvado, com escudo central, o elemento de maior dinamismo do conjunto. Ao centro, abre-se o portal, de moldura reta, com ligação ao janelão retilíneo que se lhe sobrepõe, coroado por frontão triangular curvo.
No interior, a nave é coberta por abobada de berço pintada, no que poderá ser uma reminiscência dos antigos caixotões. O arco triunfal é revestido por talha dourada, que se liga aos altares colaterais, colocados de forma a cortar os ângulos da nave. As capelas laterais são abertas por arcos de volta perfeita com impostas salientes, cobertas por abóbadas de caixotões de talha dourada, e os seus retábulos inscrevem-se, tal como a restante obra de talha, nos modelos do denominado Estilo Nacional. O do lado da Epístola, dedicado ao Santíssimo Sacramento, é formado por colunas torças que enquadram o sacrário, e no frontal de altar encontra-se esculpida a Última Ceia de Cristo, possivelmente executada entre o final do século XVIII ou o início da centúria seguinte. Do lado oposto, o retábulo da Capela de Nossa Senhora da Dores exibe, também, colunas torças, mas intercaladas por mísulas com imagens, e a tribuna é fechada por vitrais que protegem a imagem de Nossa Senhora. Na Capela-mor, o retábulo da mesma época, exibe uma tela com a Ascensão de Cristo. Nas paredes laterais abrem-se duas portas sobre as quais foram pintados, sobre estuque, representações de um cordeiro e um pelicano a alimentar os filhos. Ainda neste espaço, destacam-se os anjos tocheiros, de época joanina (GONÇALVES, 1973, p. 1). O silhar de azulejos de padrão setecentista que reveste este espaço é original, testemunhando uma situação que deveria ter abrangido toda o templo, mas que foi anulada em data incerta, pois os azulejos da nave são recentes. A Capela do calvário, adossada ao exterior, do lado da Epístola, no espaço correspondente ao transepto, é atribuída ao arquiteto bracarense André Soares, na sua última década de actividade (1760), devendo ter sido edificada a par da igreja da Lapa, obra que justificou a presença de Soares em Arcos de Valdevez.

Fonte: DGPC, Rosário Carvalho

A Igreja Matriz de Arcos de Valdevez possui órgão histórico.